segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Compras Seguras pela Internet

Já postei várias dicas de compras para seu Natal Digital. Mas... e se você não tem aquele tempo todo de ir ao shopping, enfrentar monumentais congestionamentos e prefere o conforto de seu lar e da internet para fazer a lista do Papai Noel? Como estão as compras pela internet: seguras?

Vale consolidar e atualizar o tema.

As vendas pela internet neste final de 2009 serão 30% maiores que em 2008, ou seja, crescendo quantidade, qualidade e também os problemas.

Para começar, um paralelo com o mundo real: cuide de sua segurança. Assim como você não iria fazer compras em uma loja situada em uma região barra pesada, ostentando um Rolex no pulso, joias e roupas de grife, você também deve certificar-se de que as regiões e sites onde você navega são referenciados, protegidos e seguros.

Seu computador também deve estar devidamente protegido contra virus, spyware, phishing e outras pragas. E o programa deve sempre estar atualizado!

Mas, acima de tudo, você só deve comprar de lojas na internet que tenham bom conceito, além do bom preço. Outro dia, procurava na internet uma bateria de reposição para minha câmera digital e as diferenças de preço eram assustadoras, a mais cara custando 10 vezes que a mais barata, do mesmo tipo e modelo.  Adiei a compra...

Lembre-se que você vai comprar bens ou serviços reais e pagar com seu suado dinheirinho, logo a reputação de entrega da loja, as condições de garantia e a própria qualidade do que você está comprando são fatores decisivos.  Busque  avaliações de outros internautas sobre a loja e sobre aquilo que você pretende comprar, veja a garantias do fabricante e a estendida que muitas vezes é oferecida pela loja.

Veja se a loja não está na lista de campeões de reclamações no Procon!

Essa época, além dos congestionamentos dos shoppings, os serviços de entrega das lojas da internet também ficarão sobrecarregados, quanto mais próximo estivermos do Natal. Pode valer mais a pena encarar o shopping e ter o produto em mãos do que arriscar uma entrega problemática que você vai ter de ficar reclamando em call centers com atendentes sobrecarregados e por vezes mal formados.

Nunca forneça seus dados pessoais a um site que não tenha certificado  de segurança, e sempre leia as condições gerais de sua compra, que são representadas por um contrato digital em letrinhas miudas e que podem mudar a qualquer tempo, sem aviso prévio. Não lê-las significa que você ganha tempo mas pode ter uma enorme ressaca lá na frente.

Na dúvida entre a loja real e a virtual, agora que ainda faltam mais de três semanas do Natal, fique com as duas: pesquise antes na internet, cheque nas lojas reais e decida! Você pode estar fazendo o segundo melhor negócio neste final de ano.

O melhor deles, provavelmente, você poderá  fazer se conseguir adiar suas compras para depois do Natal, quando os preços caem, e tudo fica mais descongestionado. Ainda vamos chegar à situação dos Estados Unidos onde o dia 26 de dezembro é o segundo dia de maiores vendas. O primeiro é o Black Friday, a sexta-feira depois do Dia de Ação de Graças, onde os lojistas vendem mais  em dolares. O 26/12 sempre é o de maior venda em volume de mercadorias.

Pense nisso e boas compras...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Redes Sociais no Trabalho: Proibir, Liberar ou Controlar?

Quantas empresas reclamam do uso descontrolado, da parte de funcionários -e mesmo de dirigentes- das redes sociais e das mensagens instantâneas? Se liberar geral, a produtividade cai, a atenção ao trabalho some; se proibir, gera insatisfação e, em alguns casos, também há perdas de produtividade, dependendo da atividade exercida.

Não é algo de resposta simples, única. 

De um lado, o uso indiscriminado pode trazer sim, sérios problemas, não só de produtividade como também de segurança, ao abrir o ambiente de TI da empresa a acesso de sites nem sempre confiáveis, a downloads maliciosos e de atenção dos colaboradores com seu trabalho. Existem casos reportados de acidentes de trabalho oriundos da distração de colaboradores acessando redes sociais.

De outro lado, vedar o acesso pode tirar agilidade da empresa ou de um grupo de colaboradores que precisam de insumos ali contidos para melhor desempenho. Isso ocorre quando a empresa trabalha em múltiplos ambientes físicos que requerem contatos frequentes entre esses locais, sem excluir desse universo os fornecedores, parceiros e, cada vez mais no radar, os próprios clientes.

Estudos de mercado dizem que hoje, 7% dos celulares no mercado possuem recursos de acesso à internet, seja pela própria rede da operadora, seja direto na internet através de um ponto de acesso WiFi.  Ora, isso já representa mais de 11 milhões de aparelhos, um universo nada desprezível, tanto em termos de público interno quanto externo.  Vale dizer que, com toda a certeza, o "proibir geral" cria uma casta de privilegiados que podem acessar a internet independentemente das regras da empresa, e no horário de trabalho, enquanto a maioria silenciosa -e potencialmente revoltada- vai ficar frustrada.

Mais:  em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, esse percentual deve subir para 40%, de uma base de 180 milhões de aparelhos, ou mais de 70 milhões de celulares.  Aí, tentar vedar o acesso só pela rede corporativa vai ser tarefa muito próxima do impossível, dadas as portas alternativas disponíveis.

Com esse crescimento, as empresas precisam estar atentas também a novas oportunidades de comunicação com seu público alvo.  Afinal, é pouico provável que alguma empresa não tenha, nesses 70 milhões de consumidores, uma parte de seu mercado potencial.

Outro problema: para cada barreira de bloqueio tecnológico, existem várias ferramentas livres na web que podem burlá-la, ou, no mínimo, tornar cada vez mais inglória a tarefa do administrador da rede corporativa.

Eu entendo que a solução está num meio termo, que passa por liberar acesso, de forma controlada, em períodos como o horário de almoço, ou no início e no final do expediente.  Em casos de empresas que podem ter benefícios para seus produtos ou serviços com o uso de redes socias e ferramentas de mensageria instantânea, um pacto negociado com os colaboradores pode funcionar.

Partir do princípio de que a empresa está de um lado e os colaboradores de outro, nesse caso das redes sociais, é um esférico engano...  Dá para conciliar os interesses, e transformar o problema em uma baita solução.

Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos a mesma coisa que proibir ou liberar acesso dos funcionários ao internet banking. Se proibir, o colaborador vai ter de sair em horário de expediente, ou sacrificar seu almoço, para ir ao banco.

É verdade que as redes sociais trazem muito tráfego para a rede interna, e isso pode prejudicar atividades produtivas.

Mas... hoje em dia muitas empresas já usam ferramentas como o Skype para comunicação interna e com o mercado. Limitar a comunicação pessoal é um problema, e os benefícios de seu uso superam largamente os custos, na grande maioria dos casos.

Como disse no começo desse post, não existe uma solução única.  Mas o que não dá para fazer é proibir geral ou liberar geral.  O modelo ideal para cada empresa existe, sim, e deve ser continuadamente buscado e evoluido.

Afnal, a tecnologia não para, e um modelo bom hoje pode ser um problema em seis meses.

Antena ligada, gente!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - IV: Televisores

Muita gente anda de olho nos televisores LED, LCD ou plasma neste Natal.  Aliás, quem quiser comprar um televisor de qualquer tamanho dificilmente encontrará um modelo novo com tubo de imagem e no formato da TV analógica, 4x3, salvo algumas honrosas excessões de 14" ou menores.


Lembrando que o formato das emissões da TV Digital é 16x9, e que o 4x3 desaparecerá gradualmente, parece que o Natal de 2009 também anuncia o réquiem dos televisores de tubo.

Mas se você vai mesmo comprar um televisor novo, pense apenas na opção Full HD, que é a que dá a resolução de 1080p, ou seja, o padrão máximo da TV Digital. Ideal se você também optar por um modelo que tenha o conversor digital embutido, que economiza mais uns R$ 200, e evita mais uma caixinha conectada por cabos difíceis de esconder e fáceis de enroscar com os tantos outros que você precisa para conectar seu home theater, o DVD ou BluRay, os altofalantes e por aí vai.

Opte por um modelo que tenha mais de uma conexão HDMI, que, além de poder quase sempre ser o único cabo de sinal entre o televisor e o home theater ou o player de DVD/BluRay, é o que assegura a melhor qualidade de sinal.

Aí entramos na tecnologia da tela do televisor, hoje com 3 opções: as tradicionais LCD e plasma e a novíssima LED, introduzida no mercado brasileiro este ano pela Samsung e já seguida pela LG.

Inegavelmente o visual de um televisor LED impressiona mais pela sua espessura de no máximo 3 cm, menos da metade do que exibem as de plasma e LCD.  O contraste também é significativamente melhor, o que aumenta a sensação de profundidade da imagem.

Mas os preços dos televisores LED ainda são, em média, 40% mais caros que os de plasma ou LCD em configuração semelhante.  A exemplo dos carros, os fabricantes tendem a colocar novidades nos modelos na ponta superior, como, por exemplo, os discos rígidos embutidos para gravação em alta definição.

Lembrem, no entanto, que por vezes esses "extras" já estão ou no decodificador da operadora de TV por assinatura ou no próprio home theater.  Então, antes de decidir, pense no todo de suas necessidades.

Exija também que a instalação seja feita por uma revenda autorizada e, de preferência, que venha também com o suporte de parede no pacote, pois aí você ganha espaço e, quase sempre, uma melhor solução estética.

Como referência de valores médios na data da postagem, para TVs Full HD com conversor digital embutido:

LCD e plasma:
32" de R$ 2.400 a R$ 2.500
42" de R$ 3.300 a R$ 4.500
52" de R$ 10.900 a R$ 12.000
55" R$ 14.000



LED:
32" de R$ 4.000 a R$ 4.200
42" de R$ 5.800 a R$ 6.900
46" de R$ 7.900 a R$ 8.500

E, como isso não é a compra de um pé de alface, antes de fechar negócio, busque os preços em outras lojas, não sem antes verificar as ofertas dos principais sites confiáveis de comércio eletrônico.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - III

Hoje vou dar dicas de "Compra Zero", ou de presentes de Natal que são extremamente úteis e servem tanto para quem tem tudo como para quem está com o orçamento, digamos... "limitado".


São dez opções de presentes a custo zero, ou, no máximo, que usam um pouco do tempo de quem dá e pode ser muito apreciado por quem recebe.

Meu público-alvo dessas dicas de hoje é a turma que já tem muitos aparelhos digitais mas não usa nem uma fração de suas funcionalidades. Pior: algumas delas estavam na lista de itens que justificariam a compra mas, no dia-a-dia, acabaram esquecidas ou abandonadas.

Na ponta de quem dá o presente, é requerida uma certa familiaridade com produtos digitais, mas não necessariamente passa por um domínio pleno, com formação acadêmica profunda ou anos de experiência no ramo.

As dicas são auto-explicativas.  Você pode aprender sozinho ou se oferecer a ensinar a quem você destina um ou mais dos seguintes presentes digitais:

1- Skype, como utilizá-lo para melhorar a qualidade da comunicação pessoal e profissional;
2- OpenOffice, como complemento ou reposição do MS Office
3- GoogleDocs, a esperta versão "na nuvem" que compete com o MS Office e com o OpenOffice;
4- Ganhar dinheiro com o AdSense em seu site ou blog
5- Usar bem os programas delocalização disponíveis em smartphones, como o Google Maps
6- Conectar seu desktop, laptop ou smartphone na TV grande e usar para videoconferências com amigos pelo mundo, tudo de graça e que nem a turma dos telejornais faz.
7- Baixar livros gratuitos em seu smartphone ou computador, sem apelar para pirataria
8- Usar programas organizadores de fotos e vídeos que devem estar espalhados aos milhares por aí.
9- Consolidar suas fotos e vídeos favoritos em uma produção personalizada com jeitão profissional, usando um Moviemaker ou um iVideo, para depois publicá-los no YouTube
10- Selecionar as redes sociais que melhor se adequam ao perfil da pessoa, aprender suas melhores funcionalidades e ter um desfrute diferenciado delas.

Essa lista não é completa nem abrangente. É uma lista de "10 mais" apenas para começar. O fato é que a maioria dos cidadãos digitais do século 21 ainda gasta muito e usa mal seus dispositivos digitais, eu incluido...

Então, vamos fazer um esforço neste Natal e nos presentear e aos nossos parentes e amigos com um melhor uso desses fantásticos recursos que estão à nossa disposição?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - II

Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto.  Eu sou do tempo que:
  1. O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
  2. O computador fazia processamento de dados
  3. O arquivo estava em disco ou fita magnética
  4. A câmera fotográfica só tirava fotos
  5. O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
  6. O som estéreo ficava na sala principal da casa
  7. Torpedo era coisa mandada por submarino
 Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou  mais ou menos assim:
  1. O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
  2. O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
  3. O arquivo que eu mais preciso eu guardo na 'nuvem'
  4. Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
  5. O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
  6. O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
  7. O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares
Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!

Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento.  Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!

Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.

Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?

Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar.  Ao menos à luz de premissas saudosistas...


 

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital?

A cada ano que passa, a tecnologia avança, os preços se reduzem, as opções aumentam, a decisão então...


Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da "Lei de Moore Expandida".

Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore "chutou" aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).

Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!

Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.

O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um "smartphone". Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são "dumbphones", ou "telefones burros".

No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.

Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:
  • Os televisores e os receivers estão recheados de portas HDMI, USB e acesso à internet;
  • 1 em cada 3 ofertas de player BluRay também acessam a internet e navegam direto no YouTube
  • Câmeras fotográficas e filmadoras de ponta trabalham com imagens 1080p, algumas também podem postar conteúdo na internet
  • Quem tem essas geringonças todas usa muito pouco de suas funcionalidades e tem um monte de cabos e fios que fazem verdadeiros ninhos de rato nos lares
Para minimizar o investimento e maximizar o desfrute, temos de pensar de nova perspectiva: integrar e conectar todas essas coisas, aí incluidos o GPS do carro e os dispositivos de monitoramento e segurança pessoais e domiciliares.

Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.

Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.

Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do "backup" raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.

Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas,  um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.

A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.

Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.




Então, pense nisso:  Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater.  Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Senhas, senhas...

Hoje o Wille me chamou para falar sobre senhas, as dezenas -no mínimo- que temos de guardar. De login nas redes, de bancos, de comércio eletrIonico, enfim, um monte! A maioria ainda precisa ser atualizada de vez em quando, e o formato de cada uma é diferente. Como fazer?

Bem, não há milagres. Assim como as chaves físicas, de metal, precisamos guardar essas chaves eletrônicas, chamadas senhas, e mudá-las de vez em quando. E adicionar outras 'trancas', que nem fazemos em casa, no carro, no trabalho.

Uma forma de consolidar as senhas é criar um cofre (vault) eletrônico com uma senha complicada mas lembrável e armazená-la em local seguro. Pode ser em um arquivo que permita ser salvo com senha, por exemplo, mas ele não deve ser guardado no computador. O problema é que com um mínimo de conhecimento técnico é possível quebrar essa senha mestra...

Outra alternativa, mais segura, é usar um recurso disponível na maioria dos programas de proteção (anti-virus, anti-spam, anti-...) que possuam um gerenciador de senhas. Quebrar a criptografia desses programas já requer mais prática e habilidade, mas como o computador vai estar conectado na internet, as chances de achar um pirataço especialista é a mesma que você tenha sua máquina infectada por virus.

Na linha dos cofres eletrônicos, recomendo analisar as alternativas de programas de segurança de senhas que estão no site da revista INFO. Lá você tem um leque de opções, alguns gratuitos, que podem ajudar.

Mas nunca anote no mesmo local uma senha de acesso ao site de seu banco e a senha do cartão, ou do teclado eletrônico, por exemplo.

No futuro, os acessos por reconhecimento de impressões digitais ou de iris, por exemplo, tendem a se tornar mais frequentes, mas é improvável que fiquemos livres das senhas de números, letras e símbolos que tanto embaralham nossas cabeças.

O jeito é partir para a prevenção, e ter seus dados de senha seguros e em mais de um lugar. Salvo se você tiver poucas senhas para decorar ou tiver uma memória privilegiada. Aí fica mais fácil...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Smartphones: a Hora e a Vez do Android

Ano passado, a essa época, a maioria dos que buscavam um smartphone tinha um desejo explícito ou oculto: ter um iPhone 3G. As principais operadoras ofereciam planos interessantes e o 3G era a primeira oferta oficial de celulares com a marca Apple. Sucesso total de vendas.

Já se falava muito do Android, o sistema operacional do Google para celulares que, segundo a empresa e a maioria dos analistas, poderia fazer a Apple, a Nokia e a RIM (Blackberry) tomarem verdadeiros suadouros, tantas inovações traria.


Isso de fato começa a ocorrer agora, no final de 2009, com a disponibilização da versão 2.0 do Android (nunca confie em um software versão 1.0, diziam antigamente) e o lançamento do badalado Motorola Droid, disponível apenas nas prateleiras norteamericanas, e assim msmo daqui a umas 2 semanas.

Mas o produto vem recebendo avaliações ultra favoráveis, especialmente pela integração perfeita com os serviços do Google, como os mapas e os serviços de localização GPS.

O tecladinho QWERTY físico é bem prático, mas requer olho de lince para enxergar e dedos finos ou apontados para não teclar errado.

A HTC, que se firma como uma importante player do mercado de telefonia móvel e vai de Android em vários produtos, e tem a versão 2.0 no forno.

Parece que a tendência do Android é pegar mesmo, até por conta do envolvimento de uma imensa comunidade de desenvolvedores parceiros do Google, o que assegura um leque enorme de aplicativos. Alguns deles -incusive do próprio Google- podem estar disponíveis em outras plataformas, incluindo aí as da Apple, da RIM, e, por que não, da Nokia e Microsoft.

Mas dá para dizer que os atores do ambiente de smartphones vai estar no mundo do software. Dificilmente haverá espaço, nos próximos anos, para algo diferente do Symbian, do OSX, do Android, do Linux e do RIM. E eu acho que a batalha final pode ficar entre o OSX e o Android, por conta dos aplicativos disponíveis.

Ano passado, fui de iPhone. Este ano, se fosse trocar, provavelmente esperaria as ofertas baseadas no Android.

O Droid, da Motorola, e seu sucedâneo GSM podem até ter o condão de ressucitar a divisão de celulares da empresa, que já foi lider de mercado com seus produtos inovadores e hoje amarga um ostracismo que pode estar com os dias contados.

Enfim, no mundo cada vez mais conectado e com toda a mobilidade, os smartphones ganham importância e sua opção deve estar focada, neste Natal, nos aplicativos disponíveis das diversas ofertas do mercado, ou seja, no software. E fique Vivo, Claro! Antes de fazer Tim Tim, dê um "Oi" para o vendedor, leia bastante, converse com os amigos, pois essa sua decisão de comprar um novo smartphone provavelmente vai ser mais do que uma mudança de telefone ou de operadora. Vai ser a mudança de plataforma de conectividade e mobilidade na internet. Isso requer um planejamento para o longo prazo.

Pense nisso!