segunda-feira, 27 de abril de 2009

Uma provocação aos implementadores de programas de computador

Você, profissional implementador, ou trabalha com a geração de código de programas de computador ou tem sua mesa muito próxima de alguém que faz isso, ou que especifica o que deve ser feito, não é verdade?

Então, aqui vai uma pergunta: você já conversou com alguém que usa o código que você escreveu? Ou a soma dos códigos escritos por todos que virou um aplicativo, um sistema informatizado?

Vamos deixar essas perguntas no ar, por alguns momentos, e vamos a outras, onde você é o usuário. Responda rápido:

Você sabe qual o sistema operacional de seu celular? Se sabe, você optou por ele por causa do sistema operacional ou da linguagem de programação? E de suas funcionalidades, você usa qual percentual? Quais você não usa por dificuldades de navegação, ou de velocidade de acesso?

Você escolhe um banco por causa da arquitetura de seu sistema de internet banking? Aliás, você sabe qual é a infra que seu banco possui?

E o software embutido em seu aparelho de DVD ou mp3 player? Foi decisivo na hora da compra?

Então... com base nessas suas respostas, pense nos nossos clientes finais, aqueles que vão usar o código que fazemos. Além de, por óbvio, estarem com zero erro, sem faltar nada, ele deve ter bom desempenho, não pode travar, fazer aquilo que foi descrito nas especificações (e mais um pouco também) e, especialmente, ser atrativo, agradável ao uso.

Experiências globais com usuários de internet mostram que a média de cliques por site acessado é de 1,15, ou seja, a maioria dos usuários abre a página principal e vai embora.

Mesmo os sites mais visitados, uma boa média é de 2 acessos por visita.

Considerando que as modernas aplicações são baseadas (ou deveriam ser) nos princípios da navegação por browser, é provável que um fator crítico de sucesso esteja na facilidade de navegação entre as diversas páginas ou funções do sistema. Será que o software que está sendo codificado neste momento leva isso em conta?

Outra coisa que é mais antiga, mas não menos importante, e cito aqui o grande poeta e compositor, por vezes diplomata, Vinícius de Morais: “As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”.

Mesmo supondo que ele escreveu isso numa época em que o politicamente incorreto era a voga, e indo direto aos aplicativos, será que cuidamos adequadamente da apresentação, da beleza, da arte?

Tudo isso pode parecer irrelevante, desde que entreguemos o código funcionando bem. Mas, numa época onde a concorrência é grande, esses cuidados são fundamentais.

Um artefato que funciona rigorosamente segundo suas especificações não é garantia de sucesso. Décadas atrás, um engenheirado do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) fez como trabalho de graduação uma caixinha que provava exatamente isso. Chamava-se “Nãofazímetro de Porra Nenhuma”. Era uma caixa com uma tomada que, ligada na energia abria-se a tampa da caixa, saia a mãozinha mecânica que pegava o fio e puxava da tomada, desligava o engenho, e a mão voltava à caixa e ela se fechava, exatamente como antes de ser ligada.

O trabalho passou com louvor, por se tratar de demonstrar duas coisas: (1) a possibilidade de fazer a custo baixo um dispositivo de robótica muito sofisticado, seguindo estritamente o teorema de realimentação de Lyapunov e (2) a possibilidade de se fazer algo tecnicamente sofisticado que não serve para..., bem, para porra nenhuma.

O engenheirando tirou nota máxima no trabalho, mais pela sofisticação do seu engenho. Hoje talvez o Nãofazímetro de Porra Nenhuma ganhasse louvor por demonstrar que é preciso gerar utilidade a um produto ou serviço, aliado a confiabilidade, custo adequado e facilidade de uso, tudo isso num ambiente agradável aos sentidos, como tão bem descrevia Vinícius.

domingo, 26 de abril de 2009

O Twitter é tudo isso que falam?

Eu acho que o Twitter é a onda do momento nas redes sociais. Não é simplesmente o que os americanos chamam de "fad", ou "moda". Mas, certamente é um elo da evolução tanto das redes sociais como da internet, como um todo.


Provocando: daqui a dois ou três anos, o Twitter já terá sido digerido por um gigante do setor (hoje falam do Google, mas pode ser outro, vide a compra da Sun pela Oracle, contra todas as apostas que se dividiam entre a IBM e a Microsoft), estará pasteurizado e surgirão novidades. Essa é a essência do roadmap da internet.

Quando algo como o Twitter decola como ocorre hoje, todo mundo vai de roldão -é o tal "efeito manada"- e buscor replicar sucessos pontuais, como é o duvidoso caso do Marcelo Tas aqui e do bem sucedido modelo do Barack Obama lá.

Dá para prever que, em 2010, as campanhas políticas estarão twittando de tudo que é jeito, mas pouca gente vai chegar lá por causa do Twitter. Vide exemplo em 2006 da Manuela, lá no Rio Grande do Sul, que se elegeu deputada federal pelo PCdoB com uma inteligente campanha usando o orkut e outras redes menos cotadas então.

O que se pode imaginar é que, camando mais atenção, como agora, o Twitter vai gerar a fama de 15 minutos de muita gente; alguns vão saber tirar proveito disso em várias áreas.

Resta saber se a essência do conceito do micro-blogging (atenção filólogos, a grafia está correta??) está captada e, mais do que tudo, se os usuários do Twitter vão evitar cair em tentação com os scripts destinados a forjar audiência e chamar a atenção de poucos até serem rapidamente desmascarados...

Mas a coisa é um fenômeno... Vamos lá, estou no Twitter como GuyManuel e vocês também podem me achar por lá.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Internet Explorer 8 com Windows Vista? Problemas à vista...

Você tem um computador com o Windows Vista? Então deve pertencer à legião dos descontentes com sua performance, sua instabilidade e sua aversão a programas de terceiros. Aqui, por "sua" eu quero dizer do Windows Vista. Você já sua o bastante...

Agora, se você soube que o Internet Explorer na sua versão 8 está mais rápido e melhor e quer baixá-la na versão recém-liberada pela Microsoft, meu conselho é: ESQUEÇA! Você já tem dores de cabeça suficientes.

Até que no bom e velho Windows Xp o IE 8 manda bem. Está bem mais rápido, trava muito menos que a versão 7. Parece ser um concorrente sério ao Firefox 3 e aos menos cotados Safari e Chrome. E você não pode dispensar o IE se tem o Windows, até porque alguns sites que você vai acabar tendo que usar não são plenamente compatíveis com outros browsers.

Com o Xp, o maior incômodo que achei até agora foi que ele desconfigurou minha página do GMail, com o 'skin' que decidi usar. Nada sério...

Interessante que, para usuários do Xp a atualização para o IE8 aparece como recomendada pelo Windows Update, enquanto que, para os usuários Vista, é preciso uma busca no site da Microsoft. Eu fiz isso com um computtdor que tenho em casa e me dei mal. O acesso à internet simplesmente desapareceu mesmo com a conexão normal, e a solução encontrada foi fazer uma restauração do sistema para uma data anterior à atualização para o IE8.

Essa mudança é trivial para os iniciiados, mas, como dizem os americanos, um "pain in the ass" para o comum dos mortais.

Assim, fica minha recomendação: Se você tem um computador com Windows Vista, esqueça o IE8, ao menos até que a Microsoft arrume os bugs. Tenha ao menos o Firefox 3 instalado e use-o como alternativa ou mesmo como seu browser padrão. E fique, ao menos por enquanto, no IE7!