quarta-feira, 25 de maio de 2011

Somos todos Afonsos! Pena...

Hoje no programa 91 Minutos, da Rádio Rock, falávamos sobre uso corporativo de redes sociais, limites aos colaboradores, e tal, quando o Alvaro Borba deu a notícia que o Afonso Pena estava fechado para pousos e decolagens e que um número consideráve de voos estava cancelado. E chamou o intervalo.


Aí me veio à cabeça um trocadilho infame, mas aplicável à realidade de quem viaja de avião nessa época do ano e precisa chegar ou sair através de nosso aeroporto dito internacional: 


Um aviso da Infraero diria assim: "Afonso? Pena! Seu voo foi cancelado..." 

E isso explicaria a realidade sobre o batismo do aeroporto, que nada teria com uma homenagem a um ilustre ex-presidente.

Pensando que a Copa de 2014 acontecerá também aqui em Curitiba e que a possibilidade do cancelamento de voos pode prejudicar, digamos, um excitante e emocionante jogo entre Nigéria e Dinamarca, por exemplo, leva à conclusão de que aqui, em nossa região, com a infra aeroportuária que dispomos, cada um de nós é um Afonso. Pena!

Desculpas antecipadas aos Afonsos de batismo, alguns deles meus amigos, mas, ao meu ver, o caos aéreo ainda está na sua infância. Se hoje está ruim, ainda vai piorar muito.

domingo, 15 de maio de 2011

Pensando em um Tablet novo? Espere um pouco e ganhe muito!

OK, a coceira é grande para comprar um primeiro tablet ou então trocar aquele "velho" que você adquiriu ano passado e tanto sucesso fez. É que os novos lançamentos oferecem muito mais funcionalidades e a variedade de opções certamente vai cair como uma luva em cima de suas expectativas.


Mas, se der, e se o impuso comprador não for maior do que a rcionalidade, vale a pena esperar um par de meses.


A razão não é tecnológica, mas puramente econômica.

Os preços devem despencar nos próximos dois meses por dois motivos simultâneos:

1- Os tablets foram incluidos na Lei do Bem, aquela que desonera a carga tributária de computadores. Isso representa algo como 10 a 15% no valor final do produto, que, se repassados ao consumidor, já vale a espera.
2- Em função dessa desoneração e da maturidade da tecnologia dos tablets, o mercado ganha corpo e todos os fabricantes vão querer estar presentes, forçando uma queda ainda maior.

Assim, sejam os tablets fabricados aqui ou não, os preços vão cair, talvez para uma relação mais próxima entre um laptop vendido aqui e nos Estados Unidos.

Comparando um laptop Sony Vaio da mesma família, e com pequenas diferenças de configuração, vendido aqui no Brasil na Fnac e nos Estados Unidos pela Amazon, 

Aqui no Brasil: VPC-CW13FB custa R$ 2.229,00 na loja, já com impostos.

Nos Estados Unidos (com taxas locais): VPC-CW14FB custa US$ 1049,60, e, com taxas, cerca de US$ 1.160,00, ou, usando uma taxa de R$ 1.62/ US$ 1 chegamos a um valor de R$ 1.879,00, ou aqui pagamos um sobrepreço de 18,6%.

Esses valores de lá são aproximados, até porque a configuração não é exatamente igual, apenas parecida. Mas dá para dizer que fica entre 15% e 20% a mais se estamos considerando coisas absolutamente iguais.

Vamos ao tablet e nossa comparação é sobre um Motorola Xoom, com tela de 10,1", Wifi e 32Gb de memória. Aqui ele custa R$ 1.899,00, lá US$ 598,00 sem taxas e US$ 660,00 com taxas, ou cerca de R$ 1.056. A relação do cá dividido pelo lá é quase 79% mais cara.

Deduzindo só o efeito Lei do Bem, esse valor poderia cair, sem esforço, para R$ 1.582 (menos 20%), ainda acima do piso da relação do Sony Vaio, que seria de R$ 1.252,00 (preço externo mais 18,6%).

O potencial de redução causado pela desoneração tributária mais a aumento da concorrência seria, pois, de R$ 637,00 (R$ 1899, preço atual, menos R$ 1.252, preço possível).

Resumidamente, eliminando diferenças pontuais de premissas de cálculo, daqui a pouco com a grana para comprar dois tablets hoje você comprará três.

Assim sendo, salvo você esteja indo ao exterior ou tenha alguém que possa trazer um tablet estalando de novo, vale a pena esperar um pouco.

Afinal, os principais fabricantes de tablets no mundo estarão mudando seus planos para o Brasil, agora que os tributos para fabricação local são menores.

Assim como hoje já se vendem mais computadores do que televisores, mais laptops do que computadores, aqui na nossa Pindorama, prevejo que entre a Copa e a Olimpíada, o mercado de tablets será maior do que o de computadores com teclado e mouse!

Para fechar a reflexão dominical: se essa esperada queda se dará pelo gatilho da Lei do Bem, então dá para inferir que hoje os tablets são ainda regidos pela Lei do Mal, que tanto pode ser o conjunto de leis que favorecem a produção local quanto a interpretação mais simples de que pagamos imposto demais aqui por nossas bandas.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fusões & Confusões

Sátira de sarcasticgamer.com
O Skype foi comprado pela Microsoft por US$8,4 bilhões neste 10 de maio. Bom para seus investidores, que planejavam talvez metade disso em um futuro IPO.

Um Steve Ballmer eufórico com as 170 milhões de contas ativas do Skype no dia do anúncio mostrava que a empresa de Redmond enxergou um poderoso atalho para o mundo da mobilidade e da comunicação.


A Microsoft vem sendo uma ávida compradora de empresas de sucesso com tecnologias, produtos e serviços que possam ampliar seu leque de atuação para além do Windows, do Office e do Windows Live.

A recente compra da TellMe pode significar a maturidade de uma tecnologia que há tempos anda por aí sem escala: a do reconhecimento de voz. De outro lado, a aliança com a Nokia parece indicar fichas caídas para ambas as empresas de que algo precisa ser feito para alcançar os lideres do mercado de smartphones e tablets. Correr atrás dos líderes para quem modelou para as massas a computação pessoal e a telefonia celular, respectivamente.


É possível argumentar que tanto a Microsoft como a Nokia são especialistas em ocupar mercados criados por terceiros, lembrando que computador pessoal, interface gráfica, planilha eletrônica, processador de textos, celular digital, smartphone, nada disso a dupla Microsoft-Nokia saiu na frente. Mas cada uma soube ocupar e liderar com maestria esses enormes mercados.


Talvez agora as coisas sejam diferentes. Ou não.  Afinal, os mercados que esses movimentos tectônicos de Microsoft+Nokia+Skype estão visando já possuem atores entrincheirados e com parcelas significativas de mercado. Aqui falamos do Google, da Apple e do Facebook, para ficar nos mais evidentes. Bater essa turma é tarefa de fôlego, embora não impossível.

E os resultados podem não estar a altura das expectativas da Microsoft. As grandes fusões e aquisições da ultima década no mundo da tecnologia evocam, para mim, um único e solitário sucesso: a compra do YouTube pelo Google.

As demais, em maior ou menor grau, podem ate ter adicionado valor à empresa compradora e muito dinheiro aos bolsos dos vendedores, mas, para nós, meros compradores, significou quase sempre menos evolução, mais custos ou ambos.

Não que esteja cético, mas, por cautela, vou deixar por uns tempos de fazer minha barba para poder deixa-la de molho.

Tomara que essa compra do Skype seja boa para nós, usuários. Pode até ser que a Microsoft saiba transformá-lo em uma útil plataforma corporativa, sem esquecer as pessoas físicas. Mas eu temo por possíveis restrições do serviço, pela inclusão de um excesso de propagandas chatas ou mesmo pelo direcionamento do uso da evolução do Skype para plataformas  Microsoft.

O bom seria replicar o sucesso da parceria Google-YouTube, com a Microsoft encarando de frente a concorrência e trabalhando com todas as principais plataformas de mobilidade.

Aí sim, ganharíamos todos e minha barba poderia sair do molho.