terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Descompasso Mental

Estranho o mundo da tecnologia digital... Os avanços ocorridos crescem exponencialmente, ao passo que os preços –quase sempre- despencam, fazendo com que cada vez mais pessoas tenham acesso às maravilhas do progresso tecnológico.

No Brasil, já existem mais celulares do que habitantes, conexões à internet por banda larga já superam os 40 milhões, sem contar a turma que usa a rede 3G, o iPod e concorrentes redefiniram a forma como ouvimos música e o YouTube exibe 1 bilhão de vídeos ao dia.

Para as casas, a venda de televisores LCD, LED ou plasma já domina o mercado, e há dificuldades em explicar às novas gerações o que é um rolo de filme de uma câmera fotográfica analógica.

Provavelmente, uma criança média com 10 anos de idade nos dias de hoje (nascida no novo milênio) já tirou mais fotos do que seus pais até o final do século XX, e com certeza mais do que a soma de todas as fotos tiradas pela turma de faculdade dos avós até o nascimento de seus filhos.

SMS, MMS, Google, Orkut, Twitter, Gigabyte, Wikipedia, Smartphone e tantas outras palavras e siglas que não existiam há poucos anos agora são comuns.

Eu costumo dizer que é difícil explicar aos mais jovens que antigamente, o telefone era caro, raro,  tinha disco, raramente falava e ficava pendurado na parede, que já houve um tempo sem internet e que o grande bolachão de vinil não é um "DVDzão”. Mais fácil contar que não existe Papai Noel.

Até aqui, nada de muito novo, em termos de constatações. Mas o que vejo é que os cidadãos digitais desse século XXI aderem muito rapidamente a essas novidades enquanto pessoas físicas. Já no mundo corporativo a coisa é muito mais lenta.

Como a velocidade dessas mudanças cresce cada vez mais, o descompasso entre o mundo pessoal e corporativo, como regra, segue aumentando.

Claro está que existem excessões e muitas empresas buscam atualizações de seus produtos e processos usando intensivamente a tecnologia digital. Mas elas são minoria.

Provocação feita, como está você nesse cenário? Tome como referência você apenas como indivíduo e se atribua um 10, no quesito de uso de tecnologias digitais. Exclua a atividade profissional.

Agora dê uma nota para sua atividade digital no trabalho. E outra para a média de sua empresa.

Surpreso? Pois é, se você é como a maioria dos mortais, você é mais digital em casa do que no trabalho. Por óbvio, você poderia ser muito mais produtivo...


Como consequência, podemos dizer que aqui existem muitas oportunidades a explorar!

Pense nisso!

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