segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Livros eletrônicos caros demais. Os de papel, mais ainda!

A Amazon, desde o Natal de 2009 já vende mais títulos de livros no formato digital do que os tradicionais de papel. De lá para cá os preços dos leitores cairam rapidamente com a introdução do multifunção iPade agora a tendência é irreversível a favor do livro digital, que em prazo não muito longo, será dominante no mundo.


Enquanto isso, no Brasil...

Elio Gaspari publicou em sus coluna de ontem dois tópicos a respeito,  e com muita clareza foi direto aos dois pontos: (a) "O livro Eletrônico precisa custar menos" e (b) "Saiu Fordlândia, um grande livro".

No primeiro tópico, ele compara os preços dos leitores de livros digitais e conclui que no Brasil é preciso comprar 241 livros para quitar o leitor digital, ou, a dois títulos por mês, o brasileiro levaria dez anos para amortizar seu investimento.
 Já nos Estados Unidos, um cidadão amortiza seu investimento no 28º livro, ou, com os mesmos dois títulos por mês, em 14 meses, ou pouco mais de um ano. Ou seja, o retorno do investimento aqui se dá em um prazo praticamente dez vezes maior do que lá. Um absurdo!

No segundo tópico, ele fala desse livro fantástico sobre a experiência de Henry Ford na Amazônia do início do século passado, tentando criar uma comunidade utópica para cuidar da produção de borracha. O livro é uma delícia para entender o que deu errado, inclusive na seara da corrupção de políticos nativos. Escreve Gaspari: "Desde o ano passado pode-se comprar a edição eletrônica de "Fordlândia", em inglês, por US$ 9,99. A edição brasileira, só em papel, custa R$ 56". E eu acrescento que o preço da edição em papel lá é de US$ 12,50. Ou seja, um pelo outro, dá para comprar 3 livros de papel ou 4 eletrônicos lá pelo preço do mesmo livro de papel aqui.

Como querem os formuladores de políticas aqui na terra de Cabral fomentar a leitura desse jeito? Talvez fosse chegada a hora de estimular a concorrência nos livros de papel e aproveitar a nascente indústria de livros digitais para definir cargas tributárias menores para os tablets fabricados aqui ou importados e zero, zero mesmo de imposto nos livros digitais.


Que tal esse tema sendo debatido agora nas campanhas eleitorais?

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