sexta-feira, 23 de outubro de 2009

TV Digital e Alta Definição: Preços Menores, Conteudo Diminuto

Já no radar de mais um Papai Noel, a TV Digital brasileira segue tímida, sem grandes novidades, com poucos adeptos. Muito embora a emissão de sinais de TV aberta já chegue a várias cidades e centros metropolitanos, e os provedores de TV por assinatura já ofereçam vários canais, a coisa não decola...

Os televisores Full-HD já são maioria dentre as ofertas de plasma, LCD e o novíssimo LED, estreado no Brasil pela Samsung, e os preços, dada a concorrência, até que estão menores.

O que caiu bastante nestes últimos 12 meses foi o preço dos players BluRay, o padrão de disco de video que a Sony conseguiu emplacar. Hoje em dia, existem muitas ofertas abaixo de R$ 1.000, e seguem caindo.

Hoje, 23/10, estive em uma grande loja em um shopping de Curitiba e vi um BluRay player da LG que pode ser conectado à internet via cabo de rede e acessa o YouTube de R$ 1.700 por R$ 999, "mas peraí, isso aí é em 10 vezes sem juros, à vista tiramos uns 10%, numa dessas dá para fazer por uns R$ 700 e um pouquinho, vamos negociar", diz o vendedor.

Aí eu perguntei a ele sobre o conteudo, os BluRay discs, e ele concordou comigo que a oferta é limitada, muito limitada mesmo, o que faz com que o investimento, embora bem menor, possa ficar pegando teia de aranha por conta da falta de uso. Parece que um fabricante de DVDs vai lançar uma linha de títulos BluRay em escala decente, o que pode ampliar a oferta, tomara!

Ainda é cedo para dar uma opinião conclusiva, mas parece que esse tema da TV Digital no Brasil está mais devagar do que deveria, e muita gente que pretendeu entrar deixou para mais tarde para ver como fica, tanto quuem fornece como quem consome.

Tudo bem que teve a crise, ou "marolinha" do ano passado, mas, mesmo assim, está devagar. Se fizermos uma comparação com a adoção do videocassete ou do DVD, a velocidade não é tão diferente, mas agora, no final da primeira década do século 21, as coisas precisam andar mais rápido.

Em resumo, falta fazer o motor pegar. Será que não está faltando algum tranco ou do governo ou dos produtores de hardware e de conteudo? Ninguém vai ousar? E o Ginga, ginga com interatividade antes do carnaval de 2010?

Windows 7: Novas Surpresas

Depois do lançamento com menos agitos que as versões anteriores, o Windows 7 tomou de assalto as prateleiras de lojas reais e virtuais, e os grandes fabricantes já disponibilizam ou o 7 pré-instalado ou então uma carta que dá direito ao upgrade do Vista.


Pois bem: O windows 7 é mais leve, mais rápido, mais fácil de usar. Aliás, comparado com o Vista, isso não é lá grande coisa, pois todo mundo sabe que o Vista está na lista dos piores, gerando controvérsias se ele tem mais ou menos críticos que o Windows Me, por exemplo.

Eu já andava incomodado com o peso do Vista, que me deu o empurrão -ou o pretexto- que necessitava para aderir de vez ao Mac, embora essa postagem esteja sendo escrita em um PC com Vista...

Eu acho que o Windows 7 será melhor, mas, por uma série de razões, representa o começo do fim de um ciclo de sistemas operacionais que fazem quase tudo na estação cliente e são compatíveis com um monte de versões anteriores e com um legado enorme de aplicativos.

Por várias razões, a primira delas o cansaço do modelo que já tem mais de 20 anos, e isso em tecnologia é uma eternidade; a alternativa dos tigres da Apple, com seus processadores Intel deu mais argumentos a quem queria ter um Mac mas ficva com preguiça por conta de incompatibilidades; as diversas distribuições do Linux mostram que as soluções abertas vieram para ficar; finalmente, a internet de banda larga e o cloud computing tiraram a razão de ser de um sistema operacional pesado, complexo, abrangente.

Os resultados dessas variáveis no market share do Windows não serão significativamente impactados com a chegada do 7 e a sobrevida do XP, pois as corporações devem ir por inércia para essa nova versão e, para os indivíduos, a maioria dos fabricantes de peso no mercado continuará a carregar suas máquinas com o novo sistema operacional da Microsoft.

Mas, descrito o cenário segundo minha perspectiva, registro aqui minha ira pelo tratamento discrimnatório que os brasileiros tiveram da Microsoft, ao que não deu aos pobres sofredores atuais e aos desavisados futuros do Vista a opção mais suave de pagar pelo upgrade. Se eu fosse a Microsoft, daria de graça o Windows 7 e ainda um rebate de preços para futuros produtos para sacar da sua base instalada o máximo possível de cópias do Vista. Mas isso talvez abalasse suas cotações em bolsa.. (ou não?)..

Aí, para fechar,algo que não entendi: se até a turma da Microsoft impõe reservas à qualidade do Vista, hoje, 23/10/2009, com o Vista já com seu visto vencido, é oferecido em lojas brasileiras a um preço maior do que o novíssimo e bem avaliado 7. A versão Ultimate do 7 vale R$ 699,00 e a mesma do Vista, nada modestos R$ 899,90.

Seria como se uma montadora lançasse no mercado um carro novo, modelo 2010, cheio de inovações tecnológicas, mais rápido, mais econômico, mais bonito, com mais acessórios e bem mais barato que o modelo que substitui. E o modelo antigo seguindo à venda sem qualquer desconto.

Voltando ao Windows 7 Ultimate: A Amazon vend lá nos Estados Unidos por US$ 319,99 (full) e US$ 219,99 (upgrade). A R$ 1,70 o dolar, isso equivale a... R$ 543,98 e R$ 373,98.

É verdade que os americanos ainda pagam os impostos da venda, e tlvez a diferença na versão full não seja assim tão escorchante como nos carros. Mas a o upgrade? Menos US$ 100 (antes dos impostos locais) valem R$ 170 aqui.

Alguém da Microsoft pode explicar a lógica da não disponibilidade do upgrade? E, aproveitando, porque não consumir todas as cópias ainda não vendidas do Windows Vista, e, para arrematar, fazer um recall e oferecer a troca de toda a base do Vista pelo 7?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Outubro 22

Aqui estou, no dia do lançamento do Windows 7 só com curiosidade profissional e pessoal, mas sem depender, desde o MSDos, de um sistema operacional da Microsoft...

Mas torço que dê certo e que o 7 martele o Vista rapidinho!

referente a: CW Connect - A primeira rede social para profissionais de TI e Telecom (ver no Google Sidewiki)

Usability

Sidewiki may be an interesting help. I have to get used to it to state my opinion.

I just hope my browser does not get too crowded.

referente a: Google Sidewiki (ver no Google Sidewiki)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nook: A Barnes & Noble Esquenta a Guerra dos eBooks

O Kindle mal chegou aqui no Brasil, lançado entre nós nesta última segunda, 19, quando o mercado estremece com o lançamento do Nook, da Barnes & Noble. Embora só chegue ao mercado norteamericano em novembro, a tempo de esquentar as vendas de Natal, ele sinaliza as armas que serão utilizadas nos próximos lances desse novo mercado de eBooks. E a guerra promete ser feroz...

Para começar, a B&N é, para o mundo das livrarias de tijolo, o que a Amazon representa no mundo virtual, a lider de mercado.

E ela posiciona o Nook para competir direto com o Kindle, da Amazon. O tamanho é parecido, a tecnologia de tinta eletrônica também, o que assegura a legibilidade em qualquer ambiente.

O preço é idêntico ao do Kindle 2, ou US$ 259 lá. Mas ele vem com um acervo de mais de 1 milhão de títulos, ou seja, o conteudo do Nook é pelo menos o triplo do disponível no Kindle.

O Nook tem ainda uma telinha inferior colorida, sensível ao toque, que permite ao seu dono navegar com os dedos sobre as capas dos títulos, similar ao que existe hoje -também lá fora- para o iPhone e iPod, com as músicas. Uma bela sacada!

O download de livros também é feito pela rede celular 3G, nada inovador, mas já provado e testado, e que sinaliza uma tendência que veio para ficar.

Uma das características mais criticadas do Kindle é o "mico" dos títulos adquiridos, que não podem ser emprestados ou revendidos, salvo se o Kindle for junto. Pois bem, a B&N inovou, criando a figura do "loan", onde você pode, a exemplo do que acontece no mundo dos livros de papel, emprestar o conteúdo do seu Nook a outra pessoa que tenha não só o Nook como também notebooks e players de video. Ponto para a B&N, o Nook pode ser um bom exemplo da "evolução da espécie", emprestando o termo do genial Charles Darwin.

Para nós, brasileiros, pouco muda, por enquanto. Quem quiser ter uma oferta local de eBook vai ter de optar pelo Kindle ou outro menos cotado, que tende a desaparecer do mercado.

Mas dá para antever o aquecimento da disputa pelo mercado dos eBooks, justamente entre as que mais distribuem conteudo no mundo, a Barbes & Noble e a Amazon. E, claro, outros atores vão entrar em cena.

Bom para os devoradores de livro..
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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Universalizar Internet: Meta Possível?


A polêmica está aí: a Finlândia determinou que o acesso à internet por banda larga é direito de cada cidadão. Cumpra-se. A Itália vai no mesmo caminho.

Eu tuitei essas informações e lancei a dúvida para discussão: Aqui no Brasil estamos prontos? O projeto do governos de ampliar acesso vai dar certo?


Muitos leitores deste blog questionaram, com razão, que o Brasil não é nem a Finlândia nem a Itália, seja por critérios de renda, de área, de demografia, de IDH, o que seja.

Mas eu sou otimista, e creio que algum ou mais de um projeto de ampliação de acesso à internet com banda larga vai acabar vingando. Por questões de justiça social ou mesmo de puro interesse econômico de atores privados.

Aí hoje dei uma passada no banco e vi um cartaz na porta que mostra que não devemos deixar de acreditar no possível. Tirei uma foto com meu celular para mostrar.


A cidade indiana é Mysore, e está, segundo o anúncio do HSBC, 100% coberta por uma rede WiFi.

A Índia é um país que tem quase todos os indicadores econômicos, sociais e ambientais inferiores aos nossos. E os indianos têm programas agressivos de disponibilizar acesso à internet. A China e a Rússia, demais componentes do BRIC, idem.

Não é para polemizar, apenas para registrar que é inevitável que busquemos ampliar fortemente a cobertura de internet banda larga no Brasil.

Faz sentido político, econômico, social, educacional...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DDA inova cobrança de boletos. Mas, e as tarifas?

Esta segunda, 19 de outubro, marca o início de mais um serviço integrado da rede bancária, o Débito Direto Autorizado, ou DDA, para os íntimos.

Em sua essência, o DDA elimina o boleto de papel, uma vez que permite aos fornecedores/credores emitirem o boleto eletronicamente e esse chega ao cliente/devedor da mesma forma, com aviso pelo site do banco na internet, por e-mail, por telefone celular e por outras formas que prometem acabar com o papel.

Além de ecologicamente correto, o DDA pretende facilitar a organização desses títulos de cobrança, tanto para credores quanto para devedores. Ele elimina um intermediário que volta e meia entra em greve, o Correio.

A adesão ao DDA é, de início, voluntária. O site da Febraban diz que “O novo sistema deve tirar de circulação em torno de 520 milhões de boletos físicos. Só para dar uma idéia, em 2007, circularam em torno de 1,3 bilhão de boletos pela CIP-Câmara Interbancária de Pagamento, 30% a mais, comparado ao ano anterior “. Ou seja, levando em conta o crescimento das transações, algo como 25% dos boletos viram eletrônicos, nessa fase.

O sistema deve ganhar em agilidade, custos e praticidade. Além da eliminação física do papel, as filas para pagamento de contas em bancos e lotéricas pode diminuir, os riscos de assaltos também.

Podemos esperar alguns problemas na fase de decolagem do DDA. Um deles é a possibilidade dos avisos falsos, já que uma das formas de apresentação de contas –o e-mail- vive recheado de avisos piratas. É bom ficar atento!

Mas a maior vantagem que poderia ser ofertada tanto a quem emite quanto a quem paga um boleto segue mudinha da silva: a redução das tarifas bancárias em geral, já que os custos dos bancos também se reduzem.

As campanhas de lançamento do DDA, que recheiam os jornais e revistas de belos anúncios não falam que essa redução de custos será repassada aos clientes, de alguma forma. Isso aí ainda não está claro, mas, se tudo for como sempre foi, parece que o DDA vai tender a aumentar a rentabilidade dos bancos, não a dos seus clientes.

Em todo caso, do ponto de vista tecnológico, parece que o DDA pode encorpar as vantagens do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro - que já nos oferece coisas pioneiras como a TED, que transfe instantaneamente valores superiores a R$ 5.000 entre contas de bancos diferentes, algo inusitado nesse mundo globalizado.

Também o DDA pode ficar na história da tecnologia digital brasileira como uma boa inovação, ao lado do voto eletrônico e do Imposto de Renda pela internet.

Se as tarifas bancárias baixassem… Mas ainda resta uma esperança: afinal de contas, dentro de pouco mais de dois meses, Papai Noel deve chegar com seu trenó carregado de bondades.

Seria pedir muito que ele trouxesse para todos nós, além de um serviço mais ágil e seguro, tarifas mais palatáveis? Hein? Hein?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

LinkdIn: 50 milhões de usuários, focada e crescendo

Mais uma rede social atinge um número expressivo de usuários. Agora é o LinkedIn que atingiu hoje 50 milhões de usuários.


A maior rede social de relacionamento profissional atinge um número expressivo de usuários, sete anos depois de fundada. Embora não tenha crescido tanto quanto o Facebook, por exemplo (300 milhões em 5 anos), o LinkedIn representa como poucas a tendência de especialização.

No caso, o relacionamento entre profissionais no mercado de trabalho.

Já é prática comum dos departamentos de RH das empresas e dos head hunters garimparem informações sobre profissionais no LinkedIn, especialmente para carreiras e postos de trabalho que requeiram perfís mais sofisticados.

Um marco a registrar, 50 milhões!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Kindle: A Hora e a Vez do Livro Eletrônico

A Amazon anuncia a venda de sua nova engenhoca, o Kindle, no Brasil e em mais 100 países. O mercado já recebeu com ceticismo várias ofertas de livro eletrônico, mas nenhuma pegou. Será que uma engenhoca portátil, com tela pequena, de 6,5", monocromática, vai cair no gosto dos apreciadores de livros no Brasil?

Eu acho que sim. A hora e a vez do livro eletrônico chegou para ficar, com certeza não com essa versão do Kindle, mas esse é talvez o equivalente ao que foi o Apple II para os computadores pessoais, o viabilizador de um conceito.

O preço é salgado, cerca de R$ 1.100, e nem é o modelo mais sofisticado disponível para os consumidores americanos da Amazon, que tem tela de 10", mais parecida com a página de um livro comum, mas vem com uma boa ergonomia, peso adequado, capacidade de armazenamento de até 1.500 livros, com o download de cada unidade em menos de 1 minuto através de uma rede celular 3G e, especialmente, ótima legibilidade até em ambientes com pouca ou muita luz.

É verdade que a maioria dos títulos ainda está em inglês, mas eles são cerca de 30% mais baratos do que os preços de livraria. E, pelo nível de agito entre as editoras nacionais, espero que a partir da Feira do Livro de Frankfurt, que está começando, város acordos de comercialização sejam fechados com a Amazon, disponibilizando a curto prazo centenas de títulos consagrados em português.

Além da praticidade e da legibilidade do Kindle, se você é um rato de livraria, como eu, o investimento deve se pagar em pouco tempo, menor até do que o necessário para esperar a hora de trocar seu Kiindle por um modelo colorido, previsto para 2011, ou outro qualquer lançaddo pelos grandes fabricantes de hardware.

Com fenômenos globais como o Google Books, em português, inglês e dezenas de outras linguas, você já tem acesso a milhões de títulos na web, mas sem o conforto da leitura em uma tela de alta definição.

No campo local, a existência de sites como o Estante Virtual, um charmoso sebo eletrônico que pegou entre nós, e a venda crescente de livros de papel pela internet e nas excelentes livrarias que surgiram no Brasil nos últimos anos, pode parecer um contrasenso apostar em mais um dispositivo digital se nunca foi tão fácil ter bons livros de papel a preços quase razoáveis.

Mas eu entendo que o eBook, personificado entre nós com o lançamento do Kindle, não está aqui para concorrer diretamente com o mercado tradicional de livros, e sim para complementá-lo, como mais uma opção de leitura, para quem quer ter acesso imediato a um título, precisa de mobilidade, não tem mais onde guardar seus livros já lidos ou, simplesmente pelo charme da novidade.

Afinal, os apelos ecológicos de conservação da natureza podem conscientizar milhões de leitores a trocar o livro de papel pelo eBook. E a venda desses dispositivos, com bom conteudo associado, definitivamente vai decolar.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vendas recordes de PCs este ano no Brasil. Isso é bom?

Notícia do Computerworld mostra otimismo da indústria de computadores no Brasil, com vendas recordes no final do ano. Isso é necessariamente bom?

Chama atenção que "A consultoria IT Data está projetando vendas de 3,34 milhões de PCs entre outubro e dezembro de 2009, número 26% superior ao mesmo período do ano passado. No ano completo, no entanto, a empresa estima uma queda de 3%".

Ora, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e só 3% menos que todo 2008 no acumulado certamente é motivo de comemoração. Afinal, mostra que o Brasil entrou depois e saiu antes da crise, que nossa economia está arrumada e tudo mais.

Pegando o número de uma pesquisa recente, vemos que, em fevereiro deste ano, existiam 63 milhões de internautas no Brasil, de tudo que é tipo, incluindo aí os que acessam eventualmente do celular, de lan houses, de bibliotecas, da casa de amigos ou parentes. Isso dá cerca de 1/3 da população. Pouco, muito pouco...

Aí comparamos preços daqui e dos Estados Unidos. Um netbook médio entre nós sai por R$ 1.500. O equivalente lá, vem por US$ 290, ou R$ 510, ao câmbio de R$ 1,76 por dolar. Um iPhone está a bagatela de R$ 3.000 no pré-pago, ou com sorte, se a operadora vai com sua cara, por R$ 990,00, enquanto que o plano padrão da AT&T, o iPhone sai por US$ 199(3GS), ou R$ 350. O "velho" 3G sai por US$ 99, ou R$ 174...

E olhem que estamos ainda sob a tal "Lei do Bem", uma evolução da "MP do Bem", que isentou ou reduziu tributos e contribuições para computadores até um certo porte. Em 31/12 deste ano isso acaba, embora a indústria esteja negociando a sua manutenção por mais tempo, com razoáveis chances de sucesso.

Ainda assim é caro comprar um treco digital no Brasil. Muito caro!

Suspeito que, mesmo com a redução tributária a carga ainda é alta, e, quem sabe, as margens da cadeia produtiva e do varejo também.

Suponhamos, por um momento, que nossos preços aqui no mercado fossem "" uns 40% mais do que lá fora. Então, esse mesmo netbook de US$ 250 ou R$ 440 sairia aqui por R$ 616,00, ou menos da metade do preço atualmente praticado, com impostos baixos e tudo. E um iPhone seria ofertado por R$ 490,00, ou metade da melhor oferta atul.

Façam as contas com qualquer outra linha de produtos digitais. Tentem câmeras fotográficas, filmadoras, outros modelos de celular, pendrives, players de música, HDs externos, enfim... achem algo que aqui no Brasil, comprado em loja real ou virtual, tenhamos preços decentes.

MP do Bem? Lei do Bem?

Viva o povo brasileiro que compra tudo mais caro e ainda acha bom. Eu incluido nesse meio.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Redes Sociais: Modismo, Revolução ou Mais do Mesmo?

Aqui o link para a apresentação que fiz hoje no evento organizado pela AmCham Curitiba, na PUC-PR, Panorama de TI: Cenário Atual e Futuro Próximo.

O que mais me preocupa, no momento, é a baixa taxa de adoção, pelas empresas, das plataformas de redes sociais para comunicação com seus públicos-alvo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Fraude Chegou ao Papel

Para os que não dispensam o papel: O prejuizo causado por malfeitores com o vazamento das provas do ENEM, já impressa, daria para o MEC comprar 6 milhões de livros.

Longe de querer fugir ou desviar do assunto do voto impresso na urna eletrônica, posto aqui esse tópico para reflexão. Afinal de contas, é possível fazer fraude com papel também. Infelizmente, para os mais de 4 milhões de candidatos às provas do ENEM, as provas tiveram seu sigilo criminosamente vazado.

A essas alturas, pouco importa se o crime foi cometido por pessoas interessadas em vender as questões da prova para benefício pessoal de poucos em detrimento de muitos ou se foi uma tentativa deliberada de desacreditar um novo e promissor modelo de seleção ao terceiro grau.

O fato é que os bandidos atingiram ambos os objetivos, para prejuizo geral.

Mas eles conseguiram provar, de forma dramática, que a fraude tem menos a ver com o processo, tenha ele papel ou não, e sim com a natureza humana.

Lamentável tudo isso.

Mas minha reflexão desanimada de hoje fica por conta de que a propalada segurança do voto impresso pode não ser absoluta, como enfaticamente defendido por comentaristas deste blog. Sempre existirão malfeitores com cabeça voltada a oportunidades escusas que podem tentar fraudar o novo processo aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula.

Mas agora isso é menos importante. Registro aqui minha solidariedade aos milhões de frustrados estudantes e suas famílias. E também minha indignação pelo atentado à nossa cidadania.