quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Tecnologa e a Lei

Antes de mais nada, uma declaração: sou a favor do cumprimento da lei, embora não concorde com muita coisa que anda por aí. Leis que pegam, leis que não pegam, pouco importa.


Sou especialmente contra leis que nos obrigam a exercer direitos, como é o caso de votar, ou que buscam nos inibir de estar informados por várias fontes, como, por exemplo, a Voz do Brasil e o Horário Político Obrigatório.


Acho uma delícia quando a tecnologia nos habilita a recuperar esses direitos naturais, sem que estejamos ferindo a lei, ao menos até que algum luminar do obscurantismo busque bloqueá-los com uma nova regra oriunda da primeira metade do século XX, quando regimes ditatoriais de direita e esquerda eram a regra em boa parte do mundo.

Dito isso, conto o que ocorreu comigo hoje, pouco antes do meio dia. Estava no carro, com rádio ligado na CBN e a matéria me interessava. Sabia que logo chamariam o Reporter CBN e que, logo depois, por força da lei, teríamos o horário eleitoral gratuito, que de grátis não tem nada, mas isso são outros quinhentos, como se dizia antigamente.

Aí o âncora da CBN nacional avisou que a programação seguia normal pela internet. Eu, que já estava pronto para mudar para a música armazenada no meu iPhone, lembrei que tinha instalado o app* da CBN e resolvi testar... Eureka! Lá estava o som cristalino da CBN, sem horário político e sem infringir a lei!!!!

Eu, que tinha esse app instalado mas com pouquíssimo uso, fiquei feliz da vida com o bom uso da tecnologia, pois não estava nem um pouco a fim de ouvir os programas eleitorais, uma vez que já tenho meus votos definidos e não pretendo mais mudar.

Senti o poder libertador da tecnologia, com seu uso adequado, e com a visão da rádio em ter mais de um canal que não apenas as concedidas ondas hertzianas para comunicar com seu público alvo.

Costumo dizer que a tecnologia digital é uma ferramenta neutra, que tanto pode ser usada para o bem como para o mal.  Nesse caso, foi usada para o bem.

Tomara que o novo Congresso venha renovado não só pela eliminação de trambiqueiros, mas também por parlamentares imbuidos da missão de não obrigar aquilo que não deve ser obrigatório, especialmente em tempos de internet.

Acabemos com a Voz do Brasil, ou no mínimo que ela possa ser transmitida em horário flexível. E com essa horrorosa propaganda eleitoral obrigatória que, além de trazer poucas informações úteis, custa uma fortuna ao contribuinte em termos de renúncias fiscais.

Viva o uso adequado da tecnologia!

*um app, para os não iniciados, significa um programa baixado da loja de aplicativos da Apple para iPhone, iPod e iPad. Programas semelhantes estão disponíveis em outras plataformas de Smartphones.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Smartphones fazem de tudo, até telefonar

Quem tem, sabe. Quem não tem, quer ter um. Os smartphones ganham cada vez maior participação no mercado de celulares e, com isso, mudam hábitos, novas necessidades são atendidas e, eventualmente, eles são usados até para aquela tradicional comunicação por voz. 

Epa! Nem sempre a ligação de voz é feita pela rede da operadora, às vezes é direto em uma conexão WiFi e não custa nada, e pode ter até video. Smartphone, Smartpeople ou um novo ambiente criado a partir de uma engenhoca que fica a cada dia mais sofisticada?



Por partes:

  • Hoje o market share de Smartphones já passa de 30% no mundo, aqui no Brasil ainda abaixo de 20% das novas vendas, mas crescendo.
  • O tráfego de dados nas redes celulares 3G já é maior do que o tráfego de voz tradicional
  • Correio eletrônico já é mais acessado em dispositivos móveis (aí incluidos notebooks e netbooks) do que em computadores de mesa
  • Já existem mais de 1.000.000 de aplicativos disponíveis para Smartphones, aí consideradas as plataforams mais populares, como iPhone, Blackberry, as múltiplas versões do Android e o Symbian, da Nokia.
  • O uso de Smartphones em aplicativos de localização já supera o de aparelhos específicos de GPS para automóveis e pessoais
  • A venda de músicas e jogos para uso em Smartphones já supera todos os outros meios tradicionais
  • Acesso aos principais portais da internet por dispositivos móveis já é a maior fatia da pizza de consumo de tráfego
Ou seja, além de criar novas demandas, os Smartphones mudam hábitos. Tomemos o exemplo de sair com amigos para jantar fora. Hoje é mais fácil fazer tudo, menos ir e comer, com o Smartphone como protagonista principal.

Começa pela comunicação por chat ou e-mail e até mesmo por uma videoconferência sobre a oportunidade de confraternizar. Passa pela seleção do local, através de um guia digital de restaurantes, que vai ter avaliação dos especialistas e também de clientes, para então, fechado o local, é clicar no link do restaurante e ligar para fazer a reserva (ou fazê-la diretamente no site) e depois usar os aplicativos de mapas e trânsito para chegar lá guiado pelo GPS e pelas dicas de trânsito que evitam pontos problemáticos.

Para os mais apressadinhos, um detetor de radares ou pardais ávidos por multar qualquer desvio de conduta com certeza ajuda, e mais ainda, se quiser sofisticar a coisa, dá para usar aplicativos de comunicação de assalto ou sequestro, sem falar nos que podem transformar o Smartphone em uma poderosa central de comando dos acessórios do carro e/ou do controle de acesso a residência.

Conheço gente que chega ao extremo de conectar o aparelhinho com centrais de conforto e entretenimento doméstico, de modo a ligar o ar-condicionado meia hora antes da chegada ao lar, e enviar um comando de gravação de um programa na TV que não havia sido previsto e muito mais.

Eu me dei ao trabalho de checar meu consumo de minutos de voz no ano anterior a minha adesão a um Smartphone e agora, nos ûltimos 12 meses. A queda foi de 58%, para mais ou menos as mesmas condições ambientais de demanda. Já meu tráfego de dados aumentou 10 vezes, ou 1.000% no mesmo período, isso só contando a rede da operadora.

Serei eu um usuário típico?

sábado, 18 de setembro de 2010

De como jogar 534 anos no lixo

O escriba aqui está irado! Ontem foi dia de pagar o licenciamento anual de veículo, coisa que antes era simples: checar o Renavam na internet, emitir a guia, ou recebê-la pelo correio e pagar na rede bancária, tanto na agência como pela rede mundial de computadores. Tecnologia a serviço do contribuinte, do Estado e do órgão gestor dessas coisas que ajudam a fazer com que trabalhemos 5 meses por ano para pagar a tal da carga tributária.


Agora não é mais assim, aqui no Paraná... Os leitores do blog que residem em outros Estados ou países vão rolar de rir, mas a coisa funciona assim:
  1. O Detran emite uma correspondência ao proprietário comunicando a necessidade de pagar o licenciamento e o seguro obrigatório para um determinado veículo, placas tal e Renavam tal, com os valores e data de vencimento informados.
  2. Para efetuar o pagamento (transcrevo parte do comunicado oficial), emitir nos caixas de auto-atendimento do Banco do Brasil o "protocolo para pagamento on-line", informando o número do Renavam que consta do documento do veêculo e dirigir-se ao caixa para pagamento. Só pode ser pago no Banco do Brasil ou correspondentes autorizados.
  3. Aí o motorista entra na sala dos caixas e tem de pegar uma senha e esperar. Mais um papel e mais tempo, seguranças à espreita de possíveis criminosos que estejam usando celulares na agência, que aqui em Curitiba é proibido por lei, sim, isso mesmo... 
  4. Consolo: soube que não estamos sós, existem cidades onde é proibido usar celular na agência bancária, até para evitar sequestros relâmpagos de clientes marcados por marginais que avisam seus comparsas para que os peguem na saída com bolsos ou bolsas fornidas de reais. Proibir celular, tudo bem, prender bandido é secundário.
  5. Como efeito colateral, os funcionários das agências também estão proibidos de usar celular dentro de suas instalações. Ou seja, impede-se de usar o termômetro em vez de cuidar da febre, que é a onda de criminalidade que assola o país.
  6. Depois de estourados todos os prazos previstos em lei e o prescrito no Código de Defesa do Consumidor,  é hora de sair da agência e tentar tirar o carro do estacionamento lotado, claro que só depois de pagar a estada, de mais de uma hora.
  7. E aí, de volta ao trânsito caótico, que poderia ter muitos carros a menos, não fosse a exigência absurda que campeia aqui no Paraná, de só poder pagar os valores devidos ao governo do Estado em um só banco.
Em 2009, o Paraná tinha exatos 4.683.631 veículos licenciados, ou quase 1 veículo para cada 2 habitantes. Começa aí uma insidiosa discriminação do governo estadual, ao concentrar os pagamentos e uma pressão desnecessária sobre o Banco do Brasil que, mesmo remunerado adequadamente pelo serviço prestado, recebe um aumento de tráfego de pessoas em suas agências que, com certeza, prejudica os clientes que lá estão para tratar de outros assuntos.

Em tempo de internet banking, quando as transações pela rede já superam as convencionais, voltar ao passado por conta de uma briga ideológica é um atentado à paciência do cidadão/contribuinte.

Nem dá mais para usar o surrado argumento que diz que o carro é coisa de elite, de rico. Não mais, onde a maioria dos adultos que aqui residem têm carro. Facilitar sua vida é preciso.

Mesmo na hipótese da manutenção do contrato de arrecadação com o Banco do Brasil, nada contra, desde que fosse possível a qualquer cidadão pagar pela internet, ou usando a tradicional ficha de compensação.

Mas não é assim aqui na terra das (poucas) araucárias. Um ex-governador que brigou com todo mundo, inclusive com os bancos, exige um processo absolutamente fora da realidade do ano de 2010. E as coisas ficam assim, e ninguém reclama!

Pois bem, eu reclamo! E tomara que o próximo governador comece revogando essa aberração, onde todos perdem. Usar os recursos da tecnologia para fazer os processos fluirem melhor não custa nada, retira muito CO2 da atmosfera ao eliminar viagens desnecessárias e economiza, no mínimo, 5 milhões de hora/ano dos motoristas, fazendo uma conta simples: 1 hora/carro, contando o tempo de deslocamento e espera. Dividindo por 24 horas de um dia, temos  195.151 dias jogados fora, que, transformados em anos, dá algo como 534 anos no lixo, mais de meio milênio.

Eta birrinha cara!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Tecnologia a serviço do Consumidor

ESTE BLOG AVISA: Essa postagem representa um caso de ataque digital sofrido pelo autor. É real e pode acontecer com cada um de vocês. Mas mostra como a tecnologia adequada e seu uso correto pode proteger o patrimônio do cidadão, aqui vestido de Consumidor.  Ao relato:


O blogueiro aqui dirige pelo trânsito complicado de Curitiba, no meio da tarde, quando toca o celular. Atento às leis de trânsito, peço um segundo ao interlocutor e acho um cantinho para estacionar. Aí veio o pepino.

A pessoa que me chamava, muito gentil, disse ser da TAM, da área de prevenção de fraudes e me perguntou se eu havia comprado uma passagem aérea internacional na madrugada anterior, no valor de quase R$ 6.000, com cartão  de crédito.  Depois de checar a validade do interlocutor, disse-lhe que não e ele me explicou que essa compra fugia do meu padrão normal e que era procedimento de sua área investigar.

Aí ele me explica que iria bloquear o bilhete, ainda não usado, e acionar as polícias competentes, inclusive Interpol, e que eu não me preocupasse, mas que deveria acionar a operadora do cartão.

Ato contínuo, ligo para a operadora e meu cartão Mastercard é bloqueado e cancelado, com outro processo de investigação de fraude iniciado.

O interessante nesse episódio é que a compra inusitada não levantou suspeitas na operadora do cartão, mas sim na ponta da venda do serviço. De todo modo, os sofisticados algoritmos de prevenção de fraude funcionaram bem, sem me causar prejuízos.

Agora aguardo o desfecho das investigações, esperando que o fraudador seja devidamente punido.

Mas o preocupante é ver que, mesmo com a evolução da tecnologia, os bandidos sempre saltam um degrau mais acima. Meu agora ex-cartão tinha chip, o que dificulta o uso por terceiros, mas em compras pela internet não é necessária senha do cartão, mas normalmente os portais de compra pedem dados pessoais, como CPF e nome completo do portador.

Sei lá... Mas, como passei ileso nessa, só tenho a agradecer à prontidão e à eficiência da estrutura de gestão de fraude de uma companhia aérea, mesmo quando a operadora de cartão não acusa nada  de anormal.

Menos mal. Fica a sensação de proteção de uma estrutura eficaz e do uso inteligente da tecnologia a serviço do consumidor.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Software Imperfeito

As relações humanas nesse início de século estão cada vez mais complexas, requerendo codigos cada vez mais complexos e detalhados, tanto pela sofisticação crescente das sociedades como pelo aumento da diversidade das relações em um mundo cada vez mais globalizado. São constituições, leis, decretos, contratos, auto-regulamentações e outros quetais que regem nossas vidas e a maioria deles nem nos damos conta, por rigorosa impossibilidade de conhecê-los todos.

Da mesma forma, no mundo digital conectado e com toda essa variedade de dispositivos, as regras do jogo são ditadas pelo software, ou programas escritos por humanos para que as engenhocas funcionem adequadamente.

Adequadamente? São cada vez maiores as queixas contra o software, que trava, dá pau, vaza dados para terceiros, é inseguro, não funciona direito na nova máquina, é instável, enfim, é o culpado de todas as mazelas dos bits e bytes.

Nos anos 1960, quando os poucos computadores custavam milhões de dólares cada e suas funcionalidades eram extremamente limitadas, o custo do software era uma fração mínima do total do orçamento de informática e sua complexidade era limitada a aplicativos relativamente simples.

Hoje em dia, um simples smartphone tem um poder computacional maior do que a soma de todos os computadores do projeto Apollo da NASA, responsável pela chegada do homem à lua, naquele longínquo 20 de julho de 1969.  Com quase 20% de todos os seres humanos conectados à internet com uma enorme variedade de dispositivos, cada um com sua peculiaridade de tamanho de tela, capacidade de memória, sistema operacional, linguagem natural, linguagem de programação, fora os bilhões de aplicativos que rolam pela rede fizeram do mundo digital algo bem mais intrincado que o mundo das leis analógicas, aquelas que, no começo dessa postagem eu dizia que eram extremamente complexas.

E existe pelo menos uma forte razão para corroborar o que aqui afirmo: no mundo digital, as regras precisam ser obedecidas cada vez mais em tempo real, de execução, sem possibilidade de recurso, ao contrário do mundo das regras do papel.

Daí o peso cada vez maior e os holofotes cada vez mais centrados no software, pois ele governa nossas vidas de maneira cada vez mais invasiva, sem chances de retorno.

Basta ver, por exemplo, a quantidade de recalls feitos pelas montadoras para que os carros sejam levados a oficinas não só para trocar cabos defeituosos que podem causar defeitos, mas também para atualizar programas de gerenciamento do veículo que igualmente podem causar panes fatais. É novamente o software cada vez mais complexo e sempre imperfeito que requer atualizações e correções.

E aí, quando teremos um software perfeito? Provavelmente nunca, salvo para aplicações irrelevantes. Lembro aqui de um colega meu de engenharia que produziu uma engenhoca para seu trabalho de graduação que se chamava "Nãofazímetro de Nada". Era uma caixa que, quando ligada a uma tomada elétrica, abria a tampa superior e de lá saia uma mãozinha mecânica que puxava o fio da tomada, e, ato contínuo, voltava ao conforto da caixa, que se fechava.

Não servia para nada, mas era um sofisticado servomecanismo programado, que ganhou prêmio por demonstrar o conhecimento dos processos de realimentação e da montagem de um dispositivo relativamente sofisticado que funcionava sem falhas. A polêmica ficou por conta de sua utilidade, que o autor justificou pelo próprio nome que deu a sua criação, o "Nãofazímetro de Nada"...

No mundo digital e conectado de bilhões de aplicações, todavia, elas precisam ser úteis, e, por conta disso, ficam cada vez mais complexas.

Torná-las a prova de falhas é tarefa que cada vez mais ocupam os profissionais e empresas do setor. Mas é preciso, igualmente, que os clientes que encomendam esses programas forneçam as especificações exatas, missão cada vez mais difícil.

À medida em que mais e mais dispositivos com novos aplicativos forem conectados por mais e mais pessoas, essa complexidade aumenta, e os problemas também.

Resta cuidar melhor das especificações e da construção do software, mas isso por vezes implica em custos e prazos que não estão disponíveis. Então, para resolver os conflitos, existem as leis do papel e os advogados, que recentemente descobriram o filão do direito digital, cada vez mais suculento. 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

IFA 2010: Ode ao consumidor digital

IFA 2010 é a maior feira de eletrônica de consumo da Europa e está rolando em Belim até quarta, 8 de setembro e representa o contraponto da CES de Las Vegas, que abre o ano mostrando novas tendências. Ao contrário do mercado americano, os europeus são mais exigentes, conservadores e de mão no bolso antes de comprar qualquer gadget. Este ano, eles estão sendo submetidos a uma pressão enorme dado o lançamento de muitos novos produtos e, especialmente, pela consolidação de fornecedores que até poucos anos atrás, estavam só no mercado empresarial e profissional, as empresas de TI.
 


Para variar, a Apple não está lá com stand próprio, mas os fornecedores de acessórios para iPad, iPhone, iPod e os concorrentes desses produtos não deixam a empresa da maçã mordida ausente do trecho. Ao contrário, mostram que o mercado de música, vídeo e livros digitais está em sua fase adulta, quando devemos esperar não só maior variedade de ofertas mas especialmente uma queda forte de preços, por conra da briga por market share.

A novidade marcante este ano está na disputa dos tablets, que muita gente tentou mas que só virou febre depois do lançamento do iPad. Muitos produtos novos e promessas de futuros lançamentos parece sinalizar para a consolidação desse tipo de produto, com tela sensível ao toque entre 7" e 11" e sempre com muitas funcionalidades e enorme gama de conteudo.

A Amazon, por exemplo, já tem um sucessor (ou um upgrade, conforme a análise) do Kindle, que deixa de ser um mero leitor de livros digitais para incorporar novas funcionalidades, e, embora com tela monocromática mas sensível ao toque vem com três apelos fortes: preço lá no porão, peso um terço do iPad e durabilidade da carga da bateria medida em semans em vez de horas.

Em outro segmento, a TV digital parece sinalizar para valer a chegada da 3D, com muitos novos lançamentos e funcionalidades. Isso pode significar um ciclo de vida e de produção mais curto para os televisores de alta definição LED, LCD e plasma, mas 2D, ainda mais com a popularização de simuladores de 3D nos players BluRay mais recentes.

Num panorama mais amplo, podemos ver que o grande movimento de placas tectônicas que antes separavam o mundo pessoal do corporativo parece sinalizar para a mistureba total. Se antes Sony, Panasonic, Philips e outras iam em busca do mercado empresarial, a Apple puxa o carro e arrasta junto Microsoft, IBM, HP e outras tantas, sempre ávidas de novos mercados. Isso sem falar na turma de telecomunicações, hoje fortemente influenciada por chineses e coreanos mas anda com forças dominantes como Nokia e RIM.

Se devemos imaginar futras consolidação de empresas pela chegada da tal da convergência, o ponto maior em jogo é que o foco dessas empresas recaiu sobre a pessoa física, que cada vez mais será tentada e adulada.

É um jogo do ganha-ganha. Ou é isso que eu gostaria de ver...