terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Banda Larga Popular em São Paulo

A Net anunciou hoje a disponibilização da chamada Banda Larga Popular no Estado de São Paulo, a R$ 29,80 por mês, com velocidade de 200kb. Ao mesmo tempo uma boa e uma má notícia.

O lado bom do anúncio foi o esforço institucional do governo de SP, ao considerar a internet como um insumo básico e isentar o serviço de ICMS.  Pode haver um repique da concorrência e mesmo a cópia desse modelo em outris estados. Deve contribuir para a inclusao digital.

O lado ruim é que 200kb só é banda larga no Brasil. Na maioria das nações, especialmente aquelas cujo grupo pretendemos participar, banda larga só recebe esse nome quando a velocidade é superior a 1Mb.

Em todo caso, uma iniciativa louvável. E a primeira reação do mercado foi positiva, subindo o valor das ações da Net.

Tomara que a moda pegue e outras esferas de tributação façam a mesma coisa, tornando a banda verdadeiramente larga uma realidade para a maioria de nossa população, dada a popularização dos computadores e a importância da internet nessa virada de década.

Por essa velocidade, valeria a pena considerar estender a isenção de imposto à rede 3G de celulares, e estimular as operadoras a concorrer com a Net.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Balanço da Tecnologia 2009

O 2009 tecnológico foi marcado pela avalanche das redes sociais, do trabalho colaborativo e de muitas, mas muitas ameaças digitais. Vejam só:


  • *170 milhões de celulares para 190 milhões de habitantes.  Aparelhos de graça, ou comprados em banca de revistas e até em supermercado.  Com todas as queixas, melhor do que nada, não?
  • *A explosão do Twitter (79 milhões) e do Facebook (370 milhões), um pouco na esteira da campanha do Barack Obama em 2008.
  • *Banda larga crescendo, atingindo já 30 milhões de acessos.
  • *90.000 lan-houses em todo o país, mais do que agências bancárias, tornando-se talvez o maior fator de inclusão digital por nossas plagas.
Mas as ameaças à nossa privacidade, à segurança de nossos dados, as fraudes com operações financeiras, o Big Brother de Orwell se desenhando no horizonte.  Essas não são boas notícias.

Tem gente querendo voltar ao bom e outrora popular cheque bancário, enquanto que, na Inglaterra, depois de 2018, ele será totalmente banido

O dinheiro vivo é um problema, não só pelo risco de sermos assaltados, mas, principalmente depois das últimas cenas vistas na TV e na internet, parece menos higiênico do que nunca, após largas somas de nossos fortalecidos reais terem frequentado cuecas, meias e sutiãs, fora as bolsas, sacolas e pastas.  E, na região de Nova Iorque, o fraquinho dolar serve mais para vetor de pó do que como meio de pagamento, depois que o FBI encontrou resíduos de cocaina na maioria das notas que por lá circulavam.

Eu costumo dizer que a tecnologia é neutra, podendo ser usada para o bem ou para o mal.  Cabe a nós usufruir de seus benefícios e usar seus recursos para prevenção contra malfeitorias.  Exatamente como no mundo real.

E, em um mundo cada vez mais digital, fazer restrições ou muxoxos à evolução tecnológica só vai atrasar a vida de quem reage.

Em 2010 teremos muitas novidades.  Muitas coisas boas, muitos problemas.  Mas devemos começar a olhar a tecnologia digital também como uma poderosa aliada na melhoria da qualidade de nossa vida como indivíduos e como coletividade.

Nessa linha, estou em sintonia com o cético dinamarquês Bjorn Lomborg, que vê o combate ao aquecimento global baseado fortemente na aplicação de tecnologia.

Mensagem de Natal de meus netos Beatriz, Diego e Guy Neto

Natal 2009: Esperanças renovadas pelo olhar da Beatriz (4), Diego (2) e Guy Neto (1), meus netos do século 21.

Eles enxergam coisas que não podemos ver, embora tenhamos sido crianças.
Eles olham para cima, sorrindo, felizes, puros de alma e com crença no futuro, tão simples lhes parece...
Nós precisamos melhorar o legado que nossa geração vai lhes passar algum dia.
Cuidar mais do planeta, do meio ambiente.
Elevar os referenciais mínimos que aceitamos de justiça, ética, solidariedade, amor.

Fazê-los capazes de repassar o bastão às gerações que os sucederão com muito mais competência e qualidade.
Com mais orgulho do que terá sido feito.
Com valorização do conhecimento, do saber.
Sabendo usar melhor os finitos recursos de nós mesmos, de nossa vizinhança, de nosso planeta.


Encerrarei o ano de 2009 com o sorriso das crianças tão queridas.  Só isso já terá valido a pena.
Ao compartilhar esses sorrisos com você, quero que a alegria, a paz, o amor neles contidos sejam contaminantes e fiquem com você e com todos os seus.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fones de Ouvido: sons que alegram a alma e não agridem o bolso nem os vizinhos

Sua lista do Papai Noel sempre esbarra naquele nome que já tem de tudo, mas a alternativa de um "vale treco" não é adequada, pela importância dessa pessoa. Então, para ele ou ela, ou mesmo para você, hoje comentamos as alternativas dos fones de ouvido para serem curtidos em casa, seja no computador, no Home Theater ou ainda no poderoso videogame.

Os foninhos de espetar no ouvido até que melhoraram, e existem modelos de marca que surpreendem pela qualidade, mas nunca vão se comparar aos melhores supra-auriculares, aqueles que parecem um protetor de orelha.

Na verdade, esses fones supra-auriculares acabam também protegendo os ouvidos alheios, coisa importante hoje em dia, com os ambientes domésticos cada vez menores e com as paredes cada vez menos isolantes.

Faz sentido?  Então, se a idéia é partir para um bom fone de ouvido, melhor pensar na qualidade, dentro de seu orçamento.

Ele é pequeno e você ainda deseja a boa qualidade?  A Philips tem o SHP1900, que apresenta um bom desempenho em todo o espectro audível, embora, como todos os produtos do fabricante, exagere um pouco nos baixos e perca um pouco do brilho nas frequências intermediárias. Mas, por R$ 54,90, é uma boa relação custo/benefício.

Subindo um pouco mais na qualidade e no preço, a Sony oferece um modelo com melhor definição sonora e conforto ao curtidor de música, filme ou games.  É o MDR-XD200, que vai estar na faixa de R$ 170,00.

A surpresa, na faixa premium, é o TriPort on-ear, da Bose, que está disponível por R$ 700,00. Ele é levíssimo e tem um lindo estojo para você guardá-lo e transportá-lo. E vem junto com o brilho inconfundível, e, para muitos incomparável, das caixas Bose.

Correndo por fora, como pechincha, você pode optar pelo Multilaser PH52202, que conta com o recurso de redução de ruído externo, de razoáveis 15 decibéis, que pode ser prático se você quer curtir seu som em ambiente barulhento. E o preço é  bem razoável, R$ 119,00.

Mas cuidado!  Volumes muito altos podem causar danos irreparáveis em seu aparelho auditivo... É bom lembrar que o ouvido humano percebe aumento de som em escala logarítmica, ou  seja, para cada 6 db de aumento de volume, a potência sonora precisa ser dobrada.





Aproveite as diversas alternativas de bons fones de ouvido e crie um diferencial para o seu presenteado. E para os que o cercam, também! 


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Google Multiuso

Quando o Google lançou o Chrome, como um revolucionário browser, eu até que fiquei animado. Mas depois de testá-lo em vários releases e até mesmo desculpá-lo por suas falhas, achei-o simples demais, despretensioso demais e... sem a cara do Google. Voltei ao trio Firefox/Safari/IE, cada um com seus pontos positivos e negativos.

Não mais! O release 3.0.195.33 está muito bom, rápido, seguro, fácil de customizar e bonito de ver, até porque ele pode ficar do jeito que você gosta.

Mas isso não é tudo.  O Google põe no forno as versões Leopard e Linux, cobrindo assim, junto com a versão Windows, todo o espectro de sistemas operacionais que realmente contam no mercado.

A estratégia do  Google é ambiciosa.  Basta ver as primeiras avaliações do Google Chrome OS na versão para desenvolvedores. Simples de usar, rápido e fácil de fazer a migração. Especialmente do Windows Vista.

Vamos adiante. O Android nas plataformas de dispositivos móveis está mexendo com o mercado, e vai brigar com a Apple e sua dianteira nos sistemas operacionais de smartphones.

E os aplicativos? O Google Docs está cada vez mais compatível com o Microsoft Office, fora os Picasa, GMail, Images, Maps, Earth, e mais uma miríade de soluções cada vez mais usadas.  E tudo grátis para o indivíduo e cobrável de empresas em versões mais abrangentes e integradas.

Chega? Acho que não. O Google desperta a ira de muitos, inclusive do magnata Rupert Murdoch, que busca uma impensável aliança com a Microsoft para poder cobrar por seu conteúdo através das plataformas da gigate de Redmond. Ele e Bill Gates correndo atrás do prejuízo... Aliás, nessa linha, a Microsoft disponibiliza na "nuvem" muitas funções de seu Office 2010 que já existem no Google Docs.

E, finalmente, como o Google domina amplamente o suculento mercado de anúncios por links patrocinados (que eufemismo brilhante!) e tem milhões de usuários do AdWords e mais milhões de canais de distribuição de seus anúncios através do AdSense, eu vejo os tentáculos dessa empresa com 11 anos de vida abraçarem todos os caminhos conhecidos da internet.

Não vou aqui afirmar que o Google vai reescrever a visão de George Orwell, em seu memorável 1984, na versão corporativa. Mas o Google ficou suficientemente grande para incomodar de vez o establishment global, e não só da área de TI. As agências de publicidade, os veículos de comunicação, os provedores de serviços de localização, as operadoras de telecomunicações, dentre tantos outros, sentem urticárias ao ouvir  o nome Google...

Isso sem falar no sabor original, o mecanismo de busca.

Ah! Eu postei um video dos primeiros passos de meu neto no YouTube. E daí? Daí que o YouTube, comprado pelo Google, responde por 20% de todo o tráfego da web. Um endereço www.youtube.com = 20%. Quanto vale isso? Operadoras de TV por assinatura, tremei!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Compras Seguras pela Internet

Já postei várias dicas de compras para seu Natal Digital. Mas... e se você não tem aquele tempo todo de ir ao shopping, enfrentar monumentais congestionamentos e prefere o conforto de seu lar e da internet para fazer a lista do Papai Noel? Como estão as compras pela internet: seguras?

Vale consolidar e atualizar o tema.

As vendas pela internet neste final de 2009 serão 30% maiores que em 2008, ou seja, crescendo quantidade, qualidade e também os problemas.

Para começar, um paralelo com o mundo real: cuide de sua segurança. Assim como você não iria fazer compras em uma loja situada em uma região barra pesada, ostentando um Rolex no pulso, joias e roupas de grife, você também deve certificar-se de que as regiões e sites onde você navega são referenciados, protegidos e seguros.

Seu computador também deve estar devidamente protegido contra virus, spyware, phishing e outras pragas. E o programa deve sempre estar atualizado!

Mas, acima de tudo, você só deve comprar de lojas na internet que tenham bom conceito, além do bom preço. Outro dia, procurava na internet uma bateria de reposição para minha câmera digital e as diferenças de preço eram assustadoras, a mais cara custando 10 vezes que a mais barata, do mesmo tipo e modelo.  Adiei a compra...

Lembre-se que você vai comprar bens ou serviços reais e pagar com seu suado dinheirinho, logo a reputação de entrega da loja, as condições de garantia e a própria qualidade do que você está comprando são fatores decisivos.  Busque  avaliações de outros internautas sobre a loja e sobre aquilo que você pretende comprar, veja a garantias do fabricante e a estendida que muitas vezes é oferecida pela loja.

Veja se a loja não está na lista de campeões de reclamações no Procon!

Essa época, além dos congestionamentos dos shoppings, os serviços de entrega das lojas da internet também ficarão sobrecarregados, quanto mais próximo estivermos do Natal. Pode valer mais a pena encarar o shopping e ter o produto em mãos do que arriscar uma entrega problemática que você vai ter de ficar reclamando em call centers com atendentes sobrecarregados e por vezes mal formados.

Nunca forneça seus dados pessoais a um site que não tenha certificado  de segurança, e sempre leia as condições gerais de sua compra, que são representadas por um contrato digital em letrinhas miudas e que podem mudar a qualquer tempo, sem aviso prévio. Não lê-las significa que você ganha tempo mas pode ter uma enorme ressaca lá na frente.

Na dúvida entre a loja real e a virtual, agora que ainda faltam mais de três semanas do Natal, fique com as duas: pesquise antes na internet, cheque nas lojas reais e decida! Você pode estar fazendo o segundo melhor negócio neste final de ano.

O melhor deles, provavelmente, você poderá  fazer se conseguir adiar suas compras para depois do Natal, quando os preços caem, e tudo fica mais descongestionado. Ainda vamos chegar à situação dos Estados Unidos onde o dia 26 de dezembro é o segundo dia de maiores vendas. O primeiro é o Black Friday, a sexta-feira depois do Dia de Ação de Graças, onde os lojistas vendem mais  em dolares. O 26/12 sempre é o de maior venda em volume de mercadorias.

Pense nisso e boas compras...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Redes Sociais no Trabalho: Proibir, Liberar ou Controlar?

Quantas empresas reclamam do uso descontrolado, da parte de funcionários -e mesmo de dirigentes- das redes sociais e das mensagens instantâneas? Se liberar geral, a produtividade cai, a atenção ao trabalho some; se proibir, gera insatisfação e, em alguns casos, também há perdas de produtividade, dependendo da atividade exercida.

Não é algo de resposta simples, única. 

De um lado, o uso indiscriminado pode trazer sim, sérios problemas, não só de produtividade como também de segurança, ao abrir o ambiente de TI da empresa a acesso de sites nem sempre confiáveis, a downloads maliciosos e de atenção dos colaboradores com seu trabalho. Existem casos reportados de acidentes de trabalho oriundos da distração de colaboradores acessando redes sociais.

De outro lado, vedar o acesso pode tirar agilidade da empresa ou de um grupo de colaboradores que precisam de insumos ali contidos para melhor desempenho. Isso ocorre quando a empresa trabalha em múltiplos ambientes físicos que requerem contatos frequentes entre esses locais, sem excluir desse universo os fornecedores, parceiros e, cada vez mais no radar, os próprios clientes.

Estudos de mercado dizem que hoje, 7% dos celulares no mercado possuem recursos de acesso à internet, seja pela própria rede da operadora, seja direto na internet através de um ponto de acesso WiFi.  Ora, isso já representa mais de 11 milhões de aparelhos, um universo nada desprezível, tanto em termos de público interno quanto externo.  Vale dizer que, com toda a certeza, o "proibir geral" cria uma casta de privilegiados que podem acessar a internet independentemente das regras da empresa, e no horário de trabalho, enquanto a maioria silenciosa -e potencialmente revoltada- vai ficar frustrada.

Mais:  em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, esse percentual deve subir para 40%, de uma base de 180 milhões de aparelhos, ou mais de 70 milhões de celulares.  Aí, tentar vedar o acesso só pela rede corporativa vai ser tarefa muito próxima do impossível, dadas as portas alternativas disponíveis.

Com esse crescimento, as empresas precisam estar atentas também a novas oportunidades de comunicação com seu público alvo.  Afinal, é pouico provável que alguma empresa não tenha, nesses 70 milhões de consumidores, uma parte de seu mercado potencial.

Outro problema: para cada barreira de bloqueio tecnológico, existem várias ferramentas livres na web que podem burlá-la, ou, no mínimo, tornar cada vez mais inglória a tarefa do administrador da rede corporativa.

Eu entendo que a solução está num meio termo, que passa por liberar acesso, de forma controlada, em períodos como o horário de almoço, ou no início e no final do expediente.  Em casos de empresas que podem ter benefícios para seus produtos ou serviços com o uso de redes socias e ferramentas de mensageria instantânea, um pacto negociado com os colaboradores pode funcionar.

Partir do princípio de que a empresa está de um lado e os colaboradores de outro, nesse caso das redes sociais, é um esférico engano...  Dá para conciliar os interesses, e transformar o problema em uma baita solução.

Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos a mesma coisa que proibir ou liberar acesso dos funcionários ao internet banking. Se proibir, o colaborador vai ter de sair em horário de expediente, ou sacrificar seu almoço, para ir ao banco.

É verdade que as redes sociais trazem muito tráfego para a rede interna, e isso pode prejudicar atividades produtivas.

Mas... hoje em dia muitas empresas já usam ferramentas como o Skype para comunicação interna e com o mercado. Limitar a comunicação pessoal é um problema, e os benefícios de seu uso superam largamente os custos, na grande maioria dos casos.

Como disse no começo desse post, não existe uma solução única.  Mas o que não dá para fazer é proibir geral ou liberar geral.  O modelo ideal para cada empresa existe, sim, e deve ser continuadamente buscado e evoluido.

Afnal, a tecnologia não para, e um modelo bom hoje pode ser um problema em seis meses.

Antena ligada, gente!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - IV: Televisores

Muita gente anda de olho nos televisores LED, LCD ou plasma neste Natal.  Aliás, quem quiser comprar um televisor de qualquer tamanho dificilmente encontrará um modelo novo com tubo de imagem e no formato da TV analógica, 4x3, salvo algumas honrosas excessões de 14" ou menores.


Lembrando que o formato das emissões da TV Digital é 16x9, e que o 4x3 desaparecerá gradualmente, parece que o Natal de 2009 também anuncia o réquiem dos televisores de tubo.

Mas se você vai mesmo comprar um televisor novo, pense apenas na opção Full HD, que é a que dá a resolução de 1080p, ou seja, o padrão máximo da TV Digital. Ideal se você também optar por um modelo que tenha o conversor digital embutido, que economiza mais uns R$ 200, e evita mais uma caixinha conectada por cabos difíceis de esconder e fáceis de enroscar com os tantos outros que você precisa para conectar seu home theater, o DVD ou BluRay, os altofalantes e por aí vai.

Opte por um modelo que tenha mais de uma conexão HDMI, que, além de poder quase sempre ser o único cabo de sinal entre o televisor e o home theater ou o player de DVD/BluRay, é o que assegura a melhor qualidade de sinal.

Aí entramos na tecnologia da tela do televisor, hoje com 3 opções: as tradicionais LCD e plasma e a novíssima LED, introduzida no mercado brasileiro este ano pela Samsung e já seguida pela LG.

Inegavelmente o visual de um televisor LED impressiona mais pela sua espessura de no máximo 3 cm, menos da metade do que exibem as de plasma e LCD.  O contraste também é significativamente melhor, o que aumenta a sensação de profundidade da imagem.

Mas os preços dos televisores LED ainda são, em média, 40% mais caros que os de plasma ou LCD em configuração semelhante.  A exemplo dos carros, os fabricantes tendem a colocar novidades nos modelos na ponta superior, como, por exemplo, os discos rígidos embutidos para gravação em alta definição.

Lembrem, no entanto, que por vezes esses "extras" já estão ou no decodificador da operadora de TV por assinatura ou no próprio home theater.  Então, antes de decidir, pense no todo de suas necessidades.

Exija também que a instalação seja feita por uma revenda autorizada e, de preferência, que venha também com o suporte de parede no pacote, pois aí você ganha espaço e, quase sempre, uma melhor solução estética.

Como referência de valores médios na data da postagem, para TVs Full HD com conversor digital embutido:

LCD e plasma:
32" de R$ 2.400 a R$ 2.500
42" de R$ 3.300 a R$ 4.500
52" de R$ 10.900 a R$ 12.000
55" R$ 14.000



LED:
32" de R$ 4.000 a R$ 4.200
42" de R$ 5.800 a R$ 6.900
46" de R$ 7.900 a R$ 8.500

E, como isso não é a compra de um pé de alface, antes de fechar negócio, busque os preços em outras lojas, não sem antes verificar as ofertas dos principais sites confiáveis de comércio eletrônico.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - III

Hoje vou dar dicas de "Compra Zero", ou de presentes de Natal que são extremamente úteis e servem tanto para quem tem tudo como para quem está com o orçamento, digamos... "limitado".


São dez opções de presentes a custo zero, ou, no máximo, que usam um pouco do tempo de quem dá e pode ser muito apreciado por quem recebe.

Meu público-alvo dessas dicas de hoje é a turma que já tem muitos aparelhos digitais mas não usa nem uma fração de suas funcionalidades. Pior: algumas delas estavam na lista de itens que justificariam a compra mas, no dia-a-dia, acabaram esquecidas ou abandonadas.

Na ponta de quem dá o presente, é requerida uma certa familiaridade com produtos digitais, mas não necessariamente passa por um domínio pleno, com formação acadêmica profunda ou anos de experiência no ramo.

As dicas são auto-explicativas.  Você pode aprender sozinho ou se oferecer a ensinar a quem você destina um ou mais dos seguintes presentes digitais:

1- Skype, como utilizá-lo para melhorar a qualidade da comunicação pessoal e profissional;
2- OpenOffice, como complemento ou reposição do MS Office
3- GoogleDocs, a esperta versão "na nuvem" que compete com o MS Office e com o OpenOffice;
4- Ganhar dinheiro com o AdSense em seu site ou blog
5- Usar bem os programas delocalização disponíveis em smartphones, como o Google Maps
6- Conectar seu desktop, laptop ou smartphone na TV grande e usar para videoconferências com amigos pelo mundo, tudo de graça e que nem a turma dos telejornais faz.
7- Baixar livros gratuitos em seu smartphone ou computador, sem apelar para pirataria
8- Usar programas organizadores de fotos e vídeos que devem estar espalhados aos milhares por aí.
9- Consolidar suas fotos e vídeos favoritos em uma produção personalizada com jeitão profissional, usando um Moviemaker ou um iVideo, para depois publicá-los no YouTube
10- Selecionar as redes sociais que melhor se adequam ao perfil da pessoa, aprender suas melhores funcionalidades e ter um desfrute diferenciado delas.

Essa lista não é completa nem abrangente. É uma lista de "10 mais" apenas para começar. O fato é que a maioria dos cidadãos digitais do século 21 ainda gasta muito e usa mal seus dispositivos digitais, eu incluido...

Então, vamos fazer um esforço neste Natal e nos presentear e aos nossos parentes e amigos com um melhor uso desses fantásticos recursos que estão à nossa disposição?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - II

Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto.  Eu sou do tempo que:
  1. O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
  2. O computador fazia processamento de dados
  3. O arquivo estava em disco ou fita magnética
  4. A câmera fotográfica só tirava fotos
  5. O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
  6. O som estéreo ficava na sala principal da casa
  7. Torpedo era coisa mandada por submarino
 Às vésperas do Natal de 2009 e do Ano Novo de 2010, a coisa ficou  mais ou menos assim:
  1. O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
  2. O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
  3. O arquivo que eu mais preciso eu guardo na 'nuvem'
  4. Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
  5. O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
  6. O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
  7. O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares
Então, reforçada a dificuldade de posicionar um produto no mercado digital, ouvi de um dos criadores do telefone celular, Martin Cooper, que o melhor mesmo são os aparelhos mais simples. Esse cara que é nostálgico!

Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento.  Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!

Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.

Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?

Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar.  Ao menos à luz de premissas saudosistas...


 

Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital?

A cada ano que passa, a tecnologia avança, os preços se reduzem, as opções aumentam, a decisão então...


Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da "Lei de Moore Expandida".

Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore "chutou" aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).

Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!

Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.

O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um "smartphone". Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são "dumbphones", ou "telefones burros".

No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.

Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:
  • Os televisores e os receivers estão recheados de portas HDMI, USB e acesso à internet;
  • 1 em cada 3 ofertas de player BluRay também acessam a internet e navegam direto no YouTube
  • Câmeras fotográficas e filmadoras de ponta trabalham com imagens 1080p, algumas também podem postar conteúdo na internet
  • Quem tem essas geringonças todas usa muito pouco de suas funcionalidades e tem um monte de cabos e fios que fazem verdadeiros ninhos de rato nos lares
Para minimizar o investimento e maximizar o desfrute, temos de pensar de nova perspectiva: integrar e conectar todas essas coisas, aí incluidos o GPS do carro e os dispositivos de monitoramento e segurança pessoais e domiciliares.

Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.

Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.

Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do "backup" raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.

Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas,  um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.

A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.

Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.




Então, pense nisso:  Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater.  Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Senhas, senhas...

Hoje o Wille me chamou para falar sobre senhas, as dezenas -no mínimo- que temos de guardar. De login nas redes, de bancos, de comércio eletrIonico, enfim, um monte! A maioria ainda precisa ser atualizada de vez em quando, e o formato de cada uma é diferente. Como fazer?

Bem, não há milagres. Assim como as chaves físicas, de metal, precisamos guardar essas chaves eletrônicas, chamadas senhas, e mudá-las de vez em quando. E adicionar outras 'trancas', que nem fazemos em casa, no carro, no trabalho.

Uma forma de consolidar as senhas é criar um cofre (vault) eletrônico com uma senha complicada mas lembrável e armazená-la em local seguro. Pode ser em um arquivo que permita ser salvo com senha, por exemplo, mas ele não deve ser guardado no computador. O problema é que com um mínimo de conhecimento técnico é possível quebrar essa senha mestra...

Outra alternativa, mais segura, é usar um recurso disponível na maioria dos programas de proteção (anti-virus, anti-spam, anti-...) que possuam um gerenciador de senhas. Quebrar a criptografia desses programas já requer mais prática e habilidade, mas como o computador vai estar conectado na internet, as chances de achar um pirataço especialista é a mesma que você tenha sua máquina infectada por virus.

Na linha dos cofres eletrônicos, recomendo analisar as alternativas de programas de segurança de senhas que estão no site da revista INFO. Lá você tem um leque de opções, alguns gratuitos, que podem ajudar.

Mas nunca anote no mesmo local uma senha de acesso ao site de seu banco e a senha do cartão, ou do teclado eletrônico, por exemplo.

No futuro, os acessos por reconhecimento de impressões digitais ou de iris, por exemplo, tendem a se tornar mais frequentes, mas é improvável que fiquemos livres das senhas de números, letras e símbolos que tanto embaralham nossas cabeças.

O jeito é partir para a prevenção, e ter seus dados de senha seguros e em mais de um lugar. Salvo se você tiver poucas senhas para decorar ou tiver uma memória privilegiada. Aí fica mais fácil...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Smartphones: a Hora e a Vez do Android

Ano passado, a essa época, a maioria dos que buscavam um smartphone tinha um desejo explícito ou oculto: ter um iPhone 3G. As principais operadoras ofereciam planos interessantes e o 3G era a primeira oferta oficial de celulares com a marca Apple. Sucesso total de vendas.

Já se falava muito do Android, o sistema operacional do Google para celulares que, segundo a empresa e a maioria dos analistas, poderia fazer a Apple, a Nokia e a RIM (Blackberry) tomarem verdadeiros suadouros, tantas inovações traria.


Isso de fato começa a ocorrer agora, no final de 2009, com a disponibilização da versão 2.0 do Android (nunca confie em um software versão 1.0, diziam antigamente) e o lançamento do badalado Motorola Droid, disponível apenas nas prateleiras norteamericanas, e assim msmo daqui a umas 2 semanas.

Mas o produto vem recebendo avaliações ultra favoráveis, especialmente pela integração perfeita com os serviços do Google, como os mapas e os serviços de localização GPS.

O tecladinho QWERTY físico é bem prático, mas requer olho de lince para enxergar e dedos finos ou apontados para não teclar errado.

A HTC, que se firma como uma importante player do mercado de telefonia móvel e vai de Android em vários produtos, e tem a versão 2.0 no forno.

Parece que a tendência do Android é pegar mesmo, até por conta do envolvimento de uma imensa comunidade de desenvolvedores parceiros do Google, o que assegura um leque enorme de aplicativos. Alguns deles -incusive do próprio Google- podem estar disponíveis em outras plataformas, incluindo aí as da Apple, da RIM, e, por que não, da Nokia e Microsoft.

Mas dá para dizer que os atores do ambiente de smartphones vai estar no mundo do software. Dificilmente haverá espaço, nos próximos anos, para algo diferente do Symbian, do OSX, do Android, do Linux e do RIM. E eu acho que a batalha final pode ficar entre o OSX e o Android, por conta dos aplicativos disponíveis.

Ano passado, fui de iPhone. Este ano, se fosse trocar, provavelmente esperaria as ofertas baseadas no Android.

O Droid, da Motorola, e seu sucedâneo GSM podem até ter o condão de ressucitar a divisão de celulares da empresa, que já foi lider de mercado com seus produtos inovadores e hoje amarga um ostracismo que pode estar com os dias contados.

Enfim, no mundo cada vez mais conectado e com toda a mobilidade, os smartphones ganham importância e sua opção deve estar focada, neste Natal, nos aplicativos disponíveis das diversas ofertas do mercado, ou seja, no software. E fique Vivo, Claro! Antes de fazer Tim Tim, dê um "Oi" para o vendedor, leia bastante, converse com os amigos, pois essa sua decisão de comprar um novo smartphone provavelmente vai ser mais do que uma mudança de telefone ou de operadora. Vai ser a mudança de plataforma de conectividade e mobilidade na internet. Isso requer um planejamento para o longo prazo.

Pense nisso!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

TV Digital e Alta Definição: Preços Menores, Conteudo Diminuto

Já no radar de mais um Papai Noel, a TV Digital brasileira segue tímida, sem grandes novidades, com poucos adeptos. Muito embora a emissão de sinais de TV aberta já chegue a várias cidades e centros metropolitanos, e os provedores de TV por assinatura já ofereçam vários canais, a coisa não decola...

Os televisores Full-HD já são maioria dentre as ofertas de plasma, LCD e o novíssimo LED, estreado no Brasil pela Samsung, e os preços, dada a concorrência, até que estão menores.

O que caiu bastante nestes últimos 12 meses foi o preço dos players BluRay, o padrão de disco de video que a Sony conseguiu emplacar. Hoje em dia, existem muitas ofertas abaixo de R$ 1.000, e seguem caindo.

Hoje, 23/10, estive em uma grande loja em um shopping de Curitiba e vi um BluRay player da LG que pode ser conectado à internet via cabo de rede e acessa o YouTube de R$ 1.700 por R$ 999, "mas peraí, isso aí é em 10 vezes sem juros, à vista tiramos uns 10%, numa dessas dá para fazer por uns R$ 700 e um pouquinho, vamos negociar", diz o vendedor.

Aí eu perguntei a ele sobre o conteudo, os BluRay discs, e ele concordou comigo que a oferta é limitada, muito limitada mesmo, o que faz com que o investimento, embora bem menor, possa ficar pegando teia de aranha por conta da falta de uso. Parece que um fabricante de DVDs vai lançar uma linha de títulos BluRay em escala decente, o que pode ampliar a oferta, tomara!

Ainda é cedo para dar uma opinião conclusiva, mas parece que esse tema da TV Digital no Brasil está mais devagar do que deveria, e muita gente que pretendeu entrar deixou para mais tarde para ver como fica, tanto quuem fornece como quem consome.

Tudo bem que teve a crise, ou "marolinha" do ano passado, mas, mesmo assim, está devagar. Se fizermos uma comparação com a adoção do videocassete ou do DVD, a velocidade não é tão diferente, mas agora, no final da primeira década do século 21, as coisas precisam andar mais rápido.

Em resumo, falta fazer o motor pegar. Será que não está faltando algum tranco ou do governo ou dos produtores de hardware e de conteudo? Ninguém vai ousar? E o Ginga, ginga com interatividade antes do carnaval de 2010?

Windows 7: Novas Surpresas

Depois do lançamento com menos agitos que as versões anteriores, o Windows 7 tomou de assalto as prateleiras de lojas reais e virtuais, e os grandes fabricantes já disponibilizam ou o 7 pré-instalado ou então uma carta que dá direito ao upgrade do Vista.


Pois bem: O windows 7 é mais leve, mais rápido, mais fácil de usar. Aliás, comparado com o Vista, isso não é lá grande coisa, pois todo mundo sabe que o Vista está na lista dos piores, gerando controvérsias se ele tem mais ou menos críticos que o Windows Me, por exemplo.

Eu já andava incomodado com o peso do Vista, que me deu o empurrão -ou o pretexto- que necessitava para aderir de vez ao Mac, embora essa postagem esteja sendo escrita em um PC com Vista...

Eu acho que o Windows 7 será melhor, mas, por uma série de razões, representa o começo do fim de um ciclo de sistemas operacionais que fazem quase tudo na estação cliente e são compatíveis com um monte de versões anteriores e com um legado enorme de aplicativos.

Por várias razões, a primira delas o cansaço do modelo que já tem mais de 20 anos, e isso em tecnologia é uma eternidade; a alternativa dos tigres da Apple, com seus processadores Intel deu mais argumentos a quem queria ter um Mac mas ficva com preguiça por conta de incompatibilidades; as diversas distribuições do Linux mostram que as soluções abertas vieram para ficar; finalmente, a internet de banda larga e o cloud computing tiraram a razão de ser de um sistema operacional pesado, complexo, abrangente.

Os resultados dessas variáveis no market share do Windows não serão significativamente impactados com a chegada do 7 e a sobrevida do XP, pois as corporações devem ir por inércia para essa nova versão e, para os indivíduos, a maioria dos fabricantes de peso no mercado continuará a carregar suas máquinas com o novo sistema operacional da Microsoft.

Mas, descrito o cenário segundo minha perspectiva, registro aqui minha ira pelo tratamento discrimnatório que os brasileiros tiveram da Microsoft, ao que não deu aos pobres sofredores atuais e aos desavisados futuros do Vista a opção mais suave de pagar pelo upgrade. Se eu fosse a Microsoft, daria de graça o Windows 7 e ainda um rebate de preços para futuros produtos para sacar da sua base instalada o máximo possível de cópias do Vista. Mas isso talvez abalasse suas cotações em bolsa.. (ou não?)..

Aí, para fechar,algo que não entendi: se até a turma da Microsoft impõe reservas à qualidade do Vista, hoje, 23/10/2009, com o Vista já com seu visto vencido, é oferecido em lojas brasileiras a um preço maior do que o novíssimo e bem avaliado 7. A versão Ultimate do 7 vale R$ 699,00 e a mesma do Vista, nada modestos R$ 899,90.

Seria como se uma montadora lançasse no mercado um carro novo, modelo 2010, cheio de inovações tecnológicas, mais rápido, mais econômico, mais bonito, com mais acessórios e bem mais barato que o modelo que substitui. E o modelo antigo seguindo à venda sem qualquer desconto.

Voltando ao Windows 7 Ultimate: A Amazon vend lá nos Estados Unidos por US$ 319,99 (full) e US$ 219,99 (upgrade). A R$ 1,70 o dolar, isso equivale a... R$ 543,98 e R$ 373,98.

É verdade que os americanos ainda pagam os impostos da venda, e tlvez a diferença na versão full não seja assim tão escorchante como nos carros. Mas a o upgrade? Menos US$ 100 (antes dos impostos locais) valem R$ 170 aqui.

Alguém da Microsoft pode explicar a lógica da não disponibilidade do upgrade? E, aproveitando, porque não consumir todas as cópias ainda não vendidas do Windows Vista, e, para arrematar, fazer um recall e oferecer a troca de toda a base do Vista pelo 7?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Outubro 22

Aqui estou, no dia do lançamento do Windows 7 só com curiosidade profissional e pessoal, mas sem depender, desde o MSDos, de um sistema operacional da Microsoft...

Mas torço que dê certo e que o 7 martele o Vista rapidinho!

referente a: CW Connect - A primeira rede social para profissionais de TI e Telecom (ver no Google Sidewiki)

Usability

Sidewiki may be an interesting help. I have to get used to it to state my opinion.

I just hope my browser does not get too crowded.

referente a: Google Sidewiki (ver no Google Sidewiki)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nook: A Barnes & Noble Esquenta a Guerra dos eBooks

O Kindle mal chegou aqui no Brasil, lançado entre nós nesta última segunda, 19, quando o mercado estremece com o lançamento do Nook, da Barnes & Noble. Embora só chegue ao mercado norteamericano em novembro, a tempo de esquentar as vendas de Natal, ele sinaliza as armas que serão utilizadas nos próximos lances desse novo mercado de eBooks. E a guerra promete ser feroz...

Para começar, a B&N é, para o mundo das livrarias de tijolo, o que a Amazon representa no mundo virtual, a lider de mercado.

E ela posiciona o Nook para competir direto com o Kindle, da Amazon. O tamanho é parecido, a tecnologia de tinta eletrônica também, o que assegura a legibilidade em qualquer ambiente.

O preço é idêntico ao do Kindle 2, ou US$ 259 lá. Mas ele vem com um acervo de mais de 1 milhão de títulos, ou seja, o conteudo do Nook é pelo menos o triplo do disponível no Kindle.

O Nook tem ainda uma telinha inferior colorida, sensível ao toque, que permite ao seu dono navegar com os dedos sobre as capas dos títulos, similar ao que existe hoje -também lá fora- para o iPhone e iPod, com as músicas. Uma bela sacada!

O download de livros também é feito pela rede celular 3G, nada inovador, mas já provado e testado, e que sinaliza uma tendência que veio para ficar.

Uma das características mais criticadas do Kindle é o "mico" dos títulos adquiridos, que não podem ser emprestados ou revendidos, salvo se o Kindle for junto. Pois bem, a B&N inovou, criando a figura do "loan", onde você pode, a exemplo do que acontece no mundo dos livros de papel, emprestar o conteúdo do seu Nook a outra pessoa que tenha não só o Nook como também notebooks e players de video. Ponto para a B&N, o Nook pode ser um bom exemplo da "evolução da espécie", emprestando o termo do genial Charles Darwin.

Para nós, brasileiros, pouco muda, por enquanto. Quem quiser ter uma oferta local de eBook vai ter de optar pelo Kindle ou outro menos cotado, que tende a desaparecer do mercado.

Mas dá para antever o aquecimento da disputa pelo mercado dos eBooks, justamente entre as que mais distribuem conteudo no mundo, a Barbes & Noble e a Amazon. E, claro, outros atores vão entrar em cena.

Bom para os devoradores de livro..
.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Universalizar Internet: Meta Possível?


A polêmica está aí: a Finlândia determinou que o acesso à internet por banda larga é direito de cada cidadão. Cumpra-se. A Itália vai no mesmo caminho.

Eu tuitei essas informações e lancei a dúvida para discussão: Aqui no Brasil estamos prontos? O projeto do governos de ampliar acesso vai dar certo?


Muitos leitores deste blog questionaram, com razão, que o Brasil não é nem a Finlândia nem a Itália, seja por critérios de renda, de área, de demografia, de IDH, o que seja.

Mas eu sou otimista, e creio que algum ou mais de um projeto de ampliação de acesso à internet com banda larga vai acabar vingando. Por questões de justiça social ou mesmo de puro interesse econômico de atores privados.

Aí hoje dei uma passada no banco e vi um cartaz na porta que mostra que não devemos deixar de acreditar no possível. Tirei uma foto com meu celular para mostrar.


A cidade indiana é Mysore, e está, segundo o anúncio do HSBC, 100% coberta por uma rede WiFi.

A Índia é um país que tem quase todos os indicadores econômicos, sociais e ambientais inferiores aos nossos. E os indianos têm programas agressivos de disponibilizar acesso à internet. A China e a Rússia, demais componentes do BRIC, idem.

Não é para polemizar, apenas para registrar que é inevitável que busquemos ampliar fortemente a cobertura de internet banda larga no Brasil.

Faz sentido político, econômico, social, educacional...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DDA inova cobrança de boletos. Mas, e as tarifas?

Esta segunda, 19 de outubro, marca o início de mais um serviço integrado da rede bancária, o Débito Direto Autorizado, ou DDA, para os íntimos.

Em sua essência, o DDA elimina o boleto de papel, uma vez que permite aos fornecedores/credores emitirem o boleto eletronicamente e esse chega ao cliente/devedor da mesma forma, com aviso pelo site do banco na internet, por e-mail, por telefone celular e por outras formas que prometem acabar com o papel.

Além de ecologicamente correto, o DDA pretende facilitar a organização desses títulos de cobrança, tanto para credores quanto para devedores. Ele elimina um intermediário que volta e meia entra em greve, o Correio.

A adesão ao DDA é, de início, voluntária. O site da Febraban diz que “O novo sistema deve tirar de circulação em torno de 520 milhões de boletos físicos. Só para dar uma idéia, em 2007, circularam em torno de 1,3 bilhão de boletos pela CIP-Câmara Interbancária de Pagamento, 30% a mais, comparado ao ano anterior “. Ou seja, levando em conta o crescimento das transações, algo como 25% dos boletos viram eletrônicos, nessa fase.

O sistema deve ganhar em agilidade, custos e praticidade. Além da eliminação física do papel, as filas para pagamento de contas em bancos e lotéricas pode diminuir, os riscos de assaltos também.

Podemos esperar alguns problemas na fase de decolagem do DDA. Um deles é a possibilidade dos avisos falsos, já que uma das formas de apresentação de contas –o e-mail- vive recheado de avisos piratas. É bom ficar atento!

Mas a maior vantagem que poderia ser ofertada tanto a quem emite quanto a quem paga um boleto segue mudinha da silva: a redução das tarifas bancárias em geral, já que os custos dos bancos também se reduzem.

As campanhas de lançamento do DDA, que recheiam os jornais e revistas de belos anúncios não falam que essa redução de custos será repassada aos clientes, de alguma forma. Isso aí ainda não está claro, mas, se tudo for como sempre foi, parece que o DDA vai tender a aumentar a rentabilidade dos bancos, não a dos seus clientes.

Em todo caso, do ponto de vista tecnológico, parece que o DDA pode encorpar as vantagens do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro - que já nos oferece coisas pioneiras como a TED, que transfe instantaneamente valores superiores a R$ 5.000 entre contas de bancos diferentes, algo inusitado nesse mundo globalizado.

Também o DDA pode ficar na história da tecnologia digital brasileira como uma boa inovação, ao lado do voto eletrônico e do Imposto de Renda pela internet.

Se as tarifas bancárias baixassem… Mas ainda resta uma esperança: afinal de contas, dentro de pouco mais de dois meses, Papai Noel deve chegar com seu trenó carregado de bondades.

Seria pedir muito que ele trouxesse para todos nós, além de um serviço mais ágil e seguro, tarifas mais palatáveis? Hein? Hein?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

LinkdIn: 50 milhões de usuários, focada e crescendo

Mais uma rede social atinge um número expressivo de usuários. Agora é o LinkedIn que atingiu hoje 50 milhões de usuários.


A maior rede social de relacionamento profissional atinge um número expressivo de usuários, sete anos depois de fundada. Embora não tenha crescido tanto quanto o Facebook, por exemplo (300 milhões em 5 anos), o LinkedIn representa como poucas a tendência de especialização.

No caso, o relacionamento entre profissionais no mercado de trabalho.

Já é prática comum dos departamentos de RH das empresas e dos head hunters garimparem informações sobre profissionais no LinkedIn, especialmente para carreiras e postos de trabalho que requeiram perfís mais sofisticados.

Um marco a registrar, 50 milhões!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Kindle: A Hora e a Vez do Livro Eletrônico

A Amazon anuncia a venda de sua nova engenhoca, o Kindle, no Brasil e em mais 100 países. O mercado já recebeu com ceticismo várias ofertas de livro eletrônico, mas nenhuma pegou. Será que uma engenhoca portátil, com tela pequena, de 6,5", monocromática, vai cair no gosto dos apreciadores de livros no Brasil?

Eu acho que sim. A hora e a vez do livro eletrônico chegou para ficar, com certeza não com essa versão do Kindle, mas esse é talvez o equivalente ao que foi o Apple II para os computadores pessoais, o viabilizador de um conceito.

O preço é salgado, cerca de R$ 1.100, e nem é o modelo mais sofisticado disponível para os consumidores americanos da Amazon, que tem tela de 10", mais parecida com a página de um livro comum, mas vem com uma boa ergonomia, peso adequado, capacidade de armazenamento de até 1.500 livros, com o download de cada unidade em menos de 1 minuto através de uma rede celular 3G e, especialmente, ótima legibilidade até em ambientes com pouca ou muita luz.

É verdade que a maioria dos títulos ainda está em inglês, mas eles são cerca de 30% mais baratos do que os preços de livraria. E, pelo nível de agito entre as editoras nacionais, espero que a partir da Feira do Livro de Frankfurt, que está começando, város acordos de comercialização sejam fechados com a Amazon, disponibilizando a curto prazo centenas de títulos consagrados em português.

Além da praticidade e da legibilidade do Kindle, se você é um rato de livraria, como eu, o investimento deve se pagar em pouco tempo, menor até do que o necessário para esperar a hora de trocar seu Kiindle por um modelo colorido, previsto para 2011, ou outro qualquer lançaddo pelos grandes fabricantes de hardware.

Com fenômenos globais como o Google Books, em português, inglês e dezenas de outras linguas, você já tem acesso a milhões de títulos na web, mas sem o conforto da leitura em uma tela de alta definição.

No campo local, a existência de sites como o Estante Virtual, um charmoso sebo eletrônico que pegou entre nós, e a venda crescente de livros de papel pela internet e nas excelentes livrarias que surgiram no Brasil nos últimos anos, pode parecer um contrasenso apostar em mais um dispositivo digital se nunca foi tão fácil ter bons livros de papel a preços quase razoáveis.

Mas eu entendo que o eBook, personificado entre nós com o lançamento do Kindle, não está aqui para concorrer diretamente com o mercado tradicional de livros, e sim para complementá-lo, como mais uma opção de leitura, para quem quer ter acesso imediato a um título, precisa de mobilidade, não tem mais onde guardar seus livros já lidos ou, simplesmente pelo charme da novidade.

Afinal, os apelos ecológicos de conservação da natureza podem conscientizar milhões de leitores a trocar o livro de papel pelo eBook. E a venda desses dispositivos, com bom conteudo associado, definitivamente vai decolar.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vendas recordes de PCs este ano no Brasil. Isso é bom?

Notícia do Computerworld mostra otimismo da indústria de computadores no Brasil, com vendas recordes no final do ano. Isso é necessariamente bom?

Chama atenção que "A consultoria IT Data está projetando vendas de 3,34 milhões de PCs entre outubro e dezembro de 2009, número 26% superior ao mesmo período do ano passado. No ano completo, no entanto, a empresa estima uma queda de 3%".

Ora, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e só 3% menos que todo 2008 no acumulado certamente é motivo de comemoração. Afinal, mostra que o Brasil entrou depois e saiu antes da crise, que nossa economia está arrumada e tudo mais.

Pegando o número de uma pesquisa recente, vemos que, em fevereiro deste ano, existiam 63 milhões de internautas no Brasil, de tudo que é tipo, incluindo aí os que acessam eventualmente do celular, de lan houses, de bibliotecas, da casa de amigos ou parentes. Isso dá cerca de 1/3 da população. Pouco, muito pouco...

Aí comparamos preços daqui e dos Estados Unidos. Um netbook médio entre nós sai por R$ 1.500. O equivalente lá, vem por US$ 290, ou R$ 510, ao câmbio de R$ 1,76 por dolar. Um iPhone está a bagatela de R$ 3.000 no pré-pago, ou com sorte, se a operadora vai com sua cara, por R$ 990,00, enquanto que o plano padrão da AT&T, o iPhone sai por US$ 199(3GS), ou R$ 350. O "velho" 3G sai por US$ 99, ou R$ 174...

E olhem que estamos ainda sob a tal "Lei do Bem", uma evolução da "MP do Bem", que isentou ou reduziu tributos e contribuições para computadores até um certo porte. Em 31/12 deste ano isso acaba, embora a indústria esteja negociando a sua manutenção por mais tempo, com razoáveis chances de sucesso.

Ainda assim é caro comprar um treco digital no Brasil. Muito caro!

Suspeito que, mesmo com a redução tributária a carga ainda é alta, e, quem sabe, as margens da cadeia produtiva e do varejo também.

Suponhamos, por um momento, que nossos preços aqui no mercado fossem "" uns 40% mais do que lá fora. Então, esse mesmo netbook de US$ 250 ou R$ 440 sairia aqui por R$ 616,00, ou menos da metade do preço atualmente praticado, com impostos baixos e tudo. E um iPhone seria ofertado por R$ 490,00, ou metade da melhor oferta atul.

Façam as contas com qualquer outra linha de produtos digitais. Tentem câmeras fotográficas, filmadoras, outros modelos de celular, pendrives, players de música, HDs externos, enfim... achem algo que aqui no Brasil, comprado em loja real ou virtual, tenhamos preços decentes.

MP do Bem? Lei do Bem?

Viva o povo brasileiro que compra tudo mais caro e ainda acha bom. Eu incluido nesse meio.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Redes Sociais: Modismo, Revolução ou Mais do Mesmo?

Aqui o link para a apresentação que fiz hoje no evento organizado pela AmCham Curitiba, na PUC-PR, Panorama de TI: Cenário Atual e Futuro Próximo.

O que mais me preocupa, no momento, é a baixa taxa de adoção, pelas empresas, das plataformas de redes sociais para comunicação com seus públicos-alvo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Fraude Chegou ao Papel

Para os que não dispensam o papel: O prejuizo causado por malfeitores com o vazamento das provas do ENEM, já impressa, daria para o MEC comprar 6 milhões de livros.

Longe de querer fugir ou desviar do assunto do voto impresso na urna eletrônica, posto aqui esse tópico para reflexão. Afinal de contas, é possível fazer fraude com papel também. Infelizmente, para os mais de 4 milhões de candidatos às provas do ENEM, as provas tiveram seu sigilo criminosamente vazado.

A essas alturas, pouco importa se o crime foi cometido por pessoas interessadas em vender as questões da prova para benefício pessoal de poucos em detrimento de muitos ou se foi uma tentativa deliberada de desacreditar um novo e promissor modelo de seleção ao terceiro grau.

O fato é que os bandidos atingiram ambos os objetivos, para prejuizo geral.

Mas eles conseguiram provar, de forma dramática, que a fraude tem menos a ver com o processo, tenha ele papel ou não, e sim com a natureza humana.

Lamentável tudo isso.

Mas minha reflexão desanimada de hoje fica por conta de que a propalada segurança do voto impresso pode não ser absoluta, como enfaticamente defendido por comentaristas deste blog. Sempre existirão malfeitores com cabeça voltada a oportunidades escusas que podem tentar fraudar o novo processo aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula.

Mas agora isso é menos importante. Registro aqui minha solidariedade aos milhões de frustrados estudantes e suas famílias. E também minha indignação pelo atentado à nossa cidadania.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Twitter: Um Fenômeno de Mobilidade

O Twitter vem crescendo em número de usuários a taxas recordes e já é apontado como um fenômeno da era digital, talvez semelhante ao Google, que neste domingo, 27, completou 11 anos de vida.

Mas o que pouca gente vem falando é que o Twitter é menos um fenômeno da internet do que uma ferramenta poderosa para dispositivos móveis, sobretudo os smartphones.

Um estudo do blog Crowd Science mostra a que a taxa de acesso ao Twitter via dispositivos móveis sempre bem maior do que a de outras redes sociais, como o Facebook, o MySpace e o LinkedIn.

E o curioso é que, mais e mais pessoas vão ao Twitter quando estão dirigindo, em restaurantes, cinemas e... no banheiro! Isso mesmo, 11% das pessoas mapeadas por essa pesquisa do blog acessam o Twitter quando sentados no "trono".

O maior problema que os que acessam o Twitter do banheiro podem causar é o aumento da fila em um restaurante ou show, mas, com certeza, os motoristas estarão cometendo infração sujeita a multa e perda de pontos na carteira se vão ao Twitter enquanto dirigem.

A taxa elevada de uso do Twitter via dispositivos móveis pode estar associada a dois fatores: o limite de 140 caracteres e a velocidade de atualização, ideais para esses aparelhos menores, com teclados limitados e para pessoas que estão se deslocando e buscam passar e receber novas informações.

A Crowd Science descobriu que 27% dos Twitters postam mensagens diariamente, e 46% checam atualizações todos os dias.

Com o crescente uso do Twitter por empresas, inclusive em atividades de marketing, parece ter ficado impossível criar uma estratégia de comunicação digital com potenciais clientes sem levar em conta essa dupla Smartphone + Twitter.


Os números são impressionantes: os Twitters usam o serviço a uma taxa que é o dobro de outras mídias sociais, quando em um cinema ou teatro (8% to 4%). No banheiro, a relação é de 17% a 12%. Em restaurantes, então, o Twitter tem a preferência quase três vezes maior, 31% a 12%. 



Já os usuários relutantes não são tão poucos assim, ainda segundo a pesquisa da Crowd Science. Dos usuários do Twitter, 17% o fazem por conta da "Síndrome do Eu Também", ou seja, usam porque seus amigos ou contatos o fazem, ou, se eles não o fizerem, vão ter perda de status (15%).

De outro lado, 32% dos Twitters acham que estão gastando tempo demais na rede, o que pode apontar para uma futura redução ou racionalização do seu uso. E mais: 22% deles disseram já ter escrito coisas em mídias sociais que depois se arrepanderam, e 16% deixam de fazer atividades relevantes para passar mais tempo navegando nas mídias sociais.

O número que de certo modo explica o crescimento desse fenômeno, é o dos 25% de Twitters que encontram nas mídias sociais a sua atividade preferida de lazer, comparado com apenas 14% dos não Twitters.

Mas, para fechar essa postagem com uma provocação para aqueles mais maduros que são refratários ao Twitter por achar que isso é brincadeira de adolescente: 54% de seus usuários têm mais de 30 anos, 18% são empresários ou empreendedores, 24% gostam de coisas de tecnologia, 48% criaram seus próprios sites, e 37% mantêm seus próprios blogs.

Ao contrário de pesquisas convencionais, essa da Crowd Science buscou dados com mais de 600.000 visitantes aos sites que são monitorados em tempo real pela ferramenta da empresa, todos com mais de 12 anos, entre 5 e 13 de agosto deste ano.

Enfim, parece que o Twitter é coisa séria mesmo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quem tem medo do Comércio Eletrônico?

Quem mora em cidade grande ou pequena, no centro ou no bairro, quem mora no campo sabe: a insegurança aumenta a cada dia, a questão deixou de ser se você vai ser assaltado, mas quando vai.

É só ler jornal, ouvir rádio, ver telejornais ou mesmo participar de uma roda de amigos que os temas violência, assalto, roubo, assassinato são predominantes.


Aí você sai à rua assim mesmo, com todo cuidado, e é assediado por camelôs, que vendem desde balas penduradas no retrovisor de seu carro nos sinaleiros a CDs e DVDs piratas,isso sem falar no pedágio a flanelinhas, alternativas aos estacionamentos pagos, onde você desembolsa um valor por metro quadrado muito maior do que um aluguel na Vieira Souto no Rio.

Mas você consegue chegar ao templo do consumo seguro, o shopping center, e lá olha as vitrines, se encanta com alguma coisa, saca seu cartão de crédito e... pronto, sai de lá feliz da vida, não sem antes ter de pagar o estacionamento e depois encarar o congestionamento do trânsito, isso se seu carro não tiver sido riscado por algum pivete quando estacionado, ou seu retrovisor não ficar pendurado pelo fio depois de uma cotovelada de um motoqueiro esgueirado entre duas filas de carros.

E o comércio eletrônico? Muita gente ainda evita comprar pela internet, mesmo em sites renomados e através de conexões seguras...

Mas, assim como você tem de tomar cuidados no seu cotidiano fora de casa, ao "sair" para uma comprinha na internet, se você está seguindo um script de cautela, com seu computador devidamente protegido contra virus, spam, spywares e outras arapucas, será que hoje a compra pela internet, comparada com a compra física, já não é mais segura?

Eu ainda não vi um estudo comparativo sério, mas minha percepção diz que comprar pela internet já é bem mais seguro do que a compra no comércio físico.

E você, ainda tem medo do comércio eletrônico?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tribunal de Justiça PR responsabiliza site P2P

O site iPlay foi responsabilizado pelo Tribunal de Justiça do Paraná por conta do uso de seu portal e do software K-Lite Nitro que facilitava a troca de músicas pela internet pelo processo P2P (Peer-to-Peer).

Adianta? Ouça o que disse à CBN, e acompanhe no próprio site os desdobramentos da decisão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Voto Impresso: Volta ao Século XX

Está nas mãos do presidente Lula a versão final da chamada “mini-reforma eleitoral”, que de “reforma” não tem nada e só é “mini” porque não aborda os temas principais e, no que muda, na essência, remete ao passado e à falta de transparência.

Desabafo feito, vou comentar as duas vertentes, digamos assim, “tecnológicas” dessa mudança: as regras para a internet e o voto impresso.

As regras para o uso da internet, não terão eficácia e só gerarão polêmicas e demandas judiciais. Poucos candidatos se darão conta do potencial democrático da rede e das vantagens de bem utilizá-la para sensibilizar os eleitores, que depois poderão cobrar dos eleitos.

Mas o que passa desapercebido é a enésima tentativa de criar a impressão do voto confirmado na urna por amostragem de 2%, a parir de 2014, um verdadeiro absurdo.
Essa discussão só interessa a três tipos de pessoas: aos desinformados que fazem alarido por qualquer motivo, aos vendedores de impressoras, tinta e papel e aos derrotados, que, por não terem o voto impresso, podem achar desculpa, ou melhor, culpar a urna eletrônica e questionar a própria democracia.

Os programas das urnas são extremamente seguros. E eles são disponibilizados aos partidos políticos que podem auditá-los antes, para ver da possibilidade de furos ou fraudes. Essa versão debulhada a muitas mãos é então carregada nas 400 e tantas mil urnas que vão a todos os recantos do Brasil e lá se vota.

Fechada a eleição, qualquer dúvida pode ser dirimida simplesmente cotejando o programa da urna com o programa original, auditado e aprovado por todos os interessados.

Se não houve divergência, é claro que não houve erro.

E o voto impresso tem três defeitos insanáveis: (a) o custo é muito maior, (b) a possibilidade de quebra de um dispositivo eletromecânico é enorme e (c) escancara as portas para o voto de cabresto, uma vez que o eleitor pouco instruído pode ser induzido a fotografar seu finalizado e confirmado voto com o celular para comprovar um compromisso com cabos eleitorais a serviço de candidaturas espúrias.

Assim, espero que presidente Lula, que tem até o início do mês para sancionarr a tal lei, vete, no mínimo, essa parte da exigência do voto impresso, pois é um desserviço à democracia e ao bolso de nós, contribuintes.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Radiação de Celulares - o Ranking

Muito se fala sobre os possíveis danos ao ouvido humano e mesmo a outros órgãos por conta da radiação emitida por telefones celulares, sem que nada definitivamente conclusivo.

Pois bem, a organização Environment Working Group publicou um ranking de radiação emitida por todos os celulares do mercado.

Interessante saber que nível de radiação o seu aparelho está gerando no seu ouvido. Eu, que uso o iPhone, fiquei pensando num zumbidinho que me incomoda de vez em quando, pois meu smartphone, além de todo seu charme e funcionalidade, parece que ele é bem... radiante!

E o seu celular, como está?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Facebook Quebra a Barreira de 300 Milhões

Está na mídia de hoje: Facebook chega a 300 milhões de contas. É conta que não acaba mais, mais de 10% dos internautas do planeta.

O Facebook olha o Twitter e aproxima funcionalidades, como que a perceber a melhor forma de crescer e valorizar o passe, seja para receitas de anúncio ou para uma futura fusão bilionária.

Mesmo com tantos ataques de hackers, o crescimento de 50 milhões de novas contas em dois meses é extraordinário, mesmo para os padrões da Web 2.0.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Geração Digital 2.0 está aí: como conviver com as diferenças?

A nova geração nascida após 1995 já dá o ar de sua graça no mercado de consumo e, logo, logo, estará disputando o mercado de trabalho. Vamos convencionar chamá-la, para efeito de raciocínio, de "Geração Digital 2.0", por terem nascido após a disponibilização da internet em escala global. É que a diferença de percepção desses jovens em relação a todos os seres humanos anteriores, que, por contraposição, seriam os das "Gerações Analógicas" é tão grande que gerou dificuldades de ajustar produtos e serviços a essa turma e, ao mesmo tempo, fazer os "analógicos" -ainda hoje a maioria- migrarem para a nova realidade.

Como criar produtos e serviços que sejam igualmente aceitos, em um extremo, por quem já viveu a era dos telefones de disco, dos discos de vinil, da enciclopédia Barsa, dos televisores de antena interna com BomBril e sem controle remoto e, no outro, por quem, desde sempre, o celular é um acessório pessoal e obrigatório, a música vem e vai pela internet, o verbete está na Wikipedia, o clipe da TV está mais no YouTube do que em qualquer outro lugar?

Aqui, dois problemas: (a) a turma do marketing vem andando devagar demais tanto para fazer a turma antiga perceber essa nova realidade quanto criar linguagem própria para os seres digitais e (b) talvez porque embora o market share desses dois grupos esteja rapidamente se invertendo, pode ser que ainda exista muita grana e conforto no modo antigo de comunicar.

Poucos se deram conta que a intuitividade das novas interfaces como a tela sensível ao toque e as onipresentes webcams nos dispositivos indicam claramente a perda da relevância do teclado e do mouse, ícones da revolução digital, digamos... 1.0. Os bem mais jovens, nascidos a partir de 2005 vão achar essa forma tão popular de "teclar" algo no mínimo incômodo, talvez como se hoje fôssemos obrigados a usar uma velha Remington para escrever e postar textos.

Então fica realmente muito difícil produzir estímulos adequados a todo o tipo de indivíduo, até porque hoje existem muitos canais e mídias diferentes e diferenciados.

Mas a principal reflexão que quero deixar aqui hoje é dirigido a quem convive com crianças bem pequenas a quem é dada a oportunidade de interagir, sem explicação prévia, com uma interface com tela sensível ao toque. Dá para ver que eles, de forma natural, aceitam essa forma de interação e seguem adiante. Não é preciso explicar nada, salvo, talvez, quando eles começarem a se expressar pelo verbo, que "naquele tempo" não existiam iPods, celulares, internet e coisas do gênero.

Assim como há uma década atrás era difícil mostrar à criança por que um disco de vinil não era um "CDzão preto", talvez daqui a alguns anos seja impossível explicar aos jovens da geração digital 2.0 o que é um CD.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O GMail saiu do ar hoje. E o Cloud Computing, virou uma fria?

Hoje, no meio da tarde, o GMail, do Google, ficou fora do ar por muitos loooongos minutos. Aí foi uma chiadeira global, gerando congestionamento em outros sites, notadamente no Twitter. E a pergunta mais comum foi: será que dá para confiar em um serviço pela internet, na tão badalada filosofia de Cloud Computing?

A resposta é sim, e, queiramos ou não, os aplicativos no conceito de nuvem vieram para ficar, e, independente de nossas preces, eles eventualmente vão ficar fora do ar, ou com capacidade limitada, capengas mesmo.

O melhor comparativo que me ocorre é com a energia elétrica entregue em nossos lares, escritórios ou fábricas, que só notamos que existe quando ela falha. E o uso de geradores de emergência ou mesmo a geração própria só são considerados em caso de usos muito críticos, como em hospitais, data centers, torres de controle aéreo, só para citar os mais óbvios, ou então em lugares onde a distribuição de energia é inexistente ou pouco confiável.

O que dá para levantar a lebre é para a efetiva entrega de dados essenciais de uma pessoa ou uma organização a um serviço que vive "nas nuvens" e ninguém sabe como acionar em caso de pane ou indisponibilidade. Aí aparecem os contratos de garantia de nível de serviço, os SLA (Service Level Agreement, em inglês).

Esse tipo de contrato, cada vez mais comum, vai assegurar um nível mínimo de qualidade e de disponibilidade, por um preço combinado. Mas o problema é que ninguém vai oferecer um serviço com 100% de qualidade e 100% de disponibilidade assegurados, pois isso é impossível. E, quanto mais próximo da perfeição, mais caro os serviços vão ficando.

Assim, um SLA com disponibilidade assegurada de 99,5%, por exemplo, vai ter um preço de R$ 100, por exemplo, mas se essa disponibilidade não for suficiente e o mínimo for de 99,8%, é provável que o custo seja multiplicado por um fator de 10 ou mais.

Lembrando que, para a maioria esmagadora dos usuários do GMail o preço pago é ter de conviver com os links patrocinado na coluna da direita, até que um probleminha aqui e outro ali de vez em quando não é nada de mais. Até porque, na maioria dos casos, a conta GMail não é a única do usuário, existem serviços alternativos como o Twitter, o Skype e até mesmo o bom e velho telefone, seja fixo ou celular.

Uma dica que vale a pena, se você tem receio da integridade dos dados de sua caixa de correio do GMail: crie um back-up local deles e use a modalidade off-line do GMail quando ele estiver fora do ar.

Então, a falha do GMail nesta terça até que está dentro dos limites do aceitável, e devemos esperar outras falhas lá na frente. Sem que, por conta desses problemas, devamos desistir do GMail ou esquecer qualquer oferta de serviços de TI usando o conceito de Cloud Computing.

sábado, 29 de agosto de 2009

O Cérebro de um Jazzista, avaliado digitalmente

O debate da CBN Curitiba deste sábado, 29/08. foi sobre "como usar bem seu cérebro", que você pode ouvir clicando aqui. Estava ladeado por duas feras em cérebro, o neurocirurgião Luiz Ernani Madalozzo, e o neuropediatra Nelson Guerchon, com a provocante moderação do Álvaro Borba. Aprendi muito!

O debate foi tão envolvente e com tamanha participação de ouvintes que acabei não podendo falar do tópico que agora posto aqui no blog, o estudo feito na escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sobre o cérbro de um músico de jazz quando está tocando e, especialmente, quando improvisa.

Esse tema cabe no blog por dois motivos: (a) ele foi baseado em dados de um aparelho de resonância magnética funcional, um computador extremamente sofisticado (a sigla é fMRI) que (b) estava grudado nas cabeças de músicos fazendo improvisações jazzísticas (é que eu gosto muito de jazz...).. Se você clicou no link do estudo, você acessou o artigo original. Mas aqui eu vou resumi-lo e elaborar um pouco sobre o mesmo. As conclusões em itálico são minhas, como especialista em tecnologia digital e fã de jazz.

Uma dupla de pesquisadores americanos, um da Universidade Johns Hopkins (este também um jazzista) e outro do governo, descobriram que quando os músicos improvisam, seus cérebros "desligam áreas ligadas à autocensura e à inibição e liberam o fluxo de auto-expressão".

O interessante do estudo são as conclusões sobre as possíveis alterações durante o estado de quase transe que os músicos entram na fase do improviso espontâneo. Seis diferentes pianistas de jazz fizeram suas artes em um teclado especialmente projetado para evitar interferências do fMRI, todos dentro de um mesmo roteiro, gerando uma boa amostra para a pesquisa. É, os temas e a sequência de quatro exercícios foram iguais para os seis músicos, mas os improvisos diferentes, claro!

O pesquisador/músico Dr. Charles J. Limb faz um comentário interessante, ao dizer que
"... de repente, o músico está gerando música que nunca antes foi ouvida, pensada, praticada ou tocada..."

Eu não entendo muito de anatomia cerebral, mas a parte frontal do cérebro desses músicos - o cortex pré-frontal dorsolateral, no jargão médico- teve sua atividade reduzida durante os improvisos. É essa a área ligada à auto-censura, como quando você vai medir cuidadosamente as palavras durante uma entrevista para avaliação de desempenho no seu emprego, por exemplo. Se essa área está inibida, seus atos nem tanto.

De outro lado, o cortex medial prefrontal cortex teve sua atividade aumentada. É essa parte do cérebro que tem a ver com a individualidade.

Como o perfil de atividade cerebral dos músicos foi semelhante, um melhor entendimento dos comandos do cérebro foi possível, usando uma gostosa experiência uunindo tecnologia digital, medicina e música.


Os detalhes desse estudo podem ser conferidos no artigo original, e mais nos links abaixo:

http://hopkinsmedicine.org/otolaryngology/limb.html
http://www.hopkinsmedicine.org/otolaryngology/
http://www.peabody.jhu.edu/
http://www.peabody.jhu.edu/jazz

Mas, aqui o blog é de tecnologia, então eu faço a reflexão sobre os avanços da tecnologia digital, todas concebidas com o engenho decorrente dessa maravilha que é o cérebro humano, que nos permitem conhecer melhor o cérebro e todo o resto do corpo humano. Com aparelhos cada vez mais sofisticados, entenderemos cada vez melhor o cérebro, e isso pode resultar em melhores diagnósticos e melhores e mais precisos procedimentos médicos.

Mas parece óbvio que jamais chegaremos a entender tudo. E a máquina, por mais poderosa que seja, jamais chegará à perfeição do cérebro humano. Sem mais elaborações filosóficas...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Banda Larga: essa velocidade contratada é real?

Você já percebeu como a internet anda lenta, mesmo com a super banda larga que você contratou? E que ela se parece com o trânsito da cidade às 6 da tarde de um dia de chuva? Já ouvi até comentários do tipo "ai que saudades da internet discada!". E aí, que fazer?

Na verdade, a maioria dos serviços de internet banda larga oferecem uma velocidade nominal, com a capacidade da conexão e do modem de chegar, no mínimo, à velocidade de referência. Mas, na prática, o que acontece é que você terá uma velocidade de download máxima por volta de 70% da velocidade nominal e a de upload metade disso. Traduzindo: Se você contratou um serviço de 3Mb, por exemplo, deve se contentar em ter uma velocidade de download perto de 2Mb e de upload de 1Mb, quando as condições de tráfego dos pacotinhos estiver boa.

Picaretagem? Não... você não deve ter lido -como a imensa maioria dos internautas- o contrato de adesão. A velocidade da banda não é garantida para a maioria dos acessos contratados. Aliás, se você quer banda com velocidade e disponibilidade garantidas, você vai pagar um preço bem maior. Os provedores que trabalham com esse conceito oferecem um contrato de SLA (Service Level Agreement, ou Acordo de Nível de Serviço), onde esses parâmetros têm garantia assegurada dentro do que você estabelece com o fornecedor.

Mas e aí, não posso contratar uma banda "mais larga" sem garantia e ter a velocidade que quero? Em tese, sim, mas na prática, bem na hora que você quer baixar aquele vídeo ele vai engasgar, pois o tráfego está pesado e você não tem aquela via exclusiva de quem tem a banda garantida. Exatamente como no trânsito urbano...

Existe um programa para Windows que é o DU Meter, que serve exatamente para o internauta gerenciar a conexão de internet.

Sua tela apresenta relginhos que mostram a velocidade da conexão de downloads e de uploads, como no painel de um carro. E como opera em tempo real, você terá sempre uma idéia de como vai seu tráfego na internet.

Como ele é um programa shareware, você tem um período de avaliação gratuito, mas o suficiente para avaliar sua conexão e rever seu contrato com o provedor, eventualmente. Se quiser mantê-lo permanentemente, deve pagar uma taxa de aproximadamente US$ 25,00, que pode ser debitada em seu cartão de crédito.

É interessante a funcionalidade que mede o consumo da banda de internet. Outro recurso é o da análise do perfil de sua navegação na internet e fornece uma previsão do consumo de megabytes baixados durante cada dia da semana. Isso é útil se você tem um contrato que dá um limite de consumo em um dado período.

Se quiser avaliar/comprar o DU Meter, clique aqui.

Mas você pode também otimizar seus downloads da internet, coisa que consome muito de sua banda. O Orbit Downloader é um programinha gratuito que otimiza e divide o arquivo a ser baixado em pedaços menores faz com que a velocidade aumente de 40% ou mais, especialmente em downloads maiores.

Ele tem uma funcionalidade interessante que é o agendamento de downloads, que podem ser feitos fora do horário de sua navegação, ganhando tempo para seu sono, por exemplo. E ele tem a funcionalidade de baixar vídeos do YouTube e do Google Videos, de você pretende armazená-los em casa.

Então, resumindo:

1- Leia seu contrato de adesão ao provedor de serviço de acesso antes de reclamar;
2- Monitore a velocidade de seu acesso
3- Otimize seu tempo de uso da internet e de espera por downloads/uploads

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bateria do iPhone: Meia Boca

Antes de mais nada, declaro ser um fã de carteirinha da Apple e do Steve Jobs. Já fui até rotulado de "Comentarista Sectário", por só falar bem dos produtos e da tecnologia da Apple.

Pode ser, mas é fato que a Apple torna seus produtos e serviços únicos no mundo, por ter um apelo de beleza, praticidade, funcionalidade e, sobretudo, charme, muito charme.

Na safra recente dos Mac, iPod e iPhones, é uma boa surpresa atrás da outra - ou quase - mas o iPhone 3G, o mais vendido de todos os smartphones nos ultimos 12 meses, tem um ponto fraco: a duração da bateria.

Em uso normal, ela precisa ser recarregada diariamente, lembrando os nada saudosos tempos do celular analógico. Não por acaso, os acessórios que mais fazem sucesso, depois das capas de silicone são os carregadores de bateria para carro e as "piggyback batteries" uma delas no formato de uma capa, um pouco mais grossa e pesada, mas que dá mais algumas dezenas de minutos de autonomia.

Já ouvi o argumento que, afinal, o iPhone não é apenas um celular ou mesmo um smartphone. Na verdade, é uma nova e completa plataforma digital, um verdadeiro canivete suiço da era da internet. Tudo isso é verdade, mas nos concorrentes que emulam o iPhone, a bateria é mais durável.

Já li que o sistema operacional 3.0 do iPhone deveria ser mais econômico no consumo de energia (versão da Apple), mas os usuários, de modo geral, seguem se queixando, do mesmo jeito.

No meu caso, vou trocar a bateria do meu antes mesmo de um ano de uso. E o "saco" é ter de levar na autorizada para fazer essa operação simples em qualquer outro aparelho, pois, no caso do iPhone, leigos não podem abrí-lo nem mesmo para instalar uma simples bateria.

Provavelmente terei uma surpresa quanto ao preço... Mas será menos ruim do que a que ouvi de um vendedor em uma loja da Apple, que me recomendou usar o iPhone mais como telefone e a desabilitar as funções 3G e WiFi, que a bateria duraria mais.

Pode ser, mas assim eu não preciso do iPhone. E a Apple não pode se dar ao luxo de ter vendedores que pedem para você não usar o aparelho para aquelas funções que fazem do iPhone um produto diferenciado nesse tão competitivo mercado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Reinventando Profissões na era da Gripe A

Leio que o consumo de combustível caiu 30% em relação a iguais períodos anteriores, por conta da Gripe A. Ou seja, o ar que respiramos, o (des)aquecimento global e até o tempo que não desperdiçamos agradecem.


Não seria o caso de tentarmos reinventar algumas profissões que podem dispensar deslocamentos, ou, em outras palavras, aproveitar a deixa da gripe A e dar uma de buscar benefícios?

Dois motivos impedem que avancemos nesse tópico, nenhum deles imexível, como diria o Magri. O primeiro tem a ver com a própria acomodação do ser humano a situações de conforto. "Sempre foi assim" e pronto! O outro é nossa arrastada e tabugenta* CLT, que dificulta o trabalho em casa.


Há pouco, postei no meu Twitter a seguinte reflexão: Cúmulo do desperdício: sair de casa aqui, outro sai de casa em SP, cada um vai ao escritório para conversar pelo Skype: Aquecimento global

Quantos de nós fazemos tarefas que implicam em deslocamentos desnecessários, que consomem boa parte de nosso tempo, de nossa paciência e, por que não, de nosso suado dinheirinho?

Vou chutar, sem medo de estar errando por muito, que 80% ou mais de todas as tarefas internas de um escritório não precisam de presença fisica, em tempo de internet, de "cloud computing"... Hein? Hein? Basta usar com intensidade e sem preconceitos essas tecnologias digitais que tanto aplaudimos, mas no formato e com as premissas do século atual.

Acho que vou mandar esse link para os congressitas do Paraná. Numa dessas, algum deles propõe a boa discussão, e, de for viável, emplacamos um bom benefício da tal da Gripe A. Antes que venha a Gripe B, a Gripe C... (ou as eleições de 2010)

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*tabugenta: neologismo criado aqui de meu home-office. Fusão de tabu com rabugenta. Para mim, dois atributos de nossa CLT. Talvez a Gripe A nos dê o impulso necessário a modificá-la nesse tópico. Alguém no Congresso de habilita?

Gripe A: Fique em casa, e... curta as crianças

Em tempos de gripe A, aulas suspensas, a criançada em casa, fora de período de ferias... Isso pode ter dado um nó em sua organização diária, especialmente se mãe e pai trabalham o dia inteiro.

O que fazer com a turminha, em especial aquelas até 5, 6 anos? Pois bem, em vez de deixá-los passivamente vendo TV, que tal fazê-los aprender coisas úteis e, ao mesmo tempo, ter um pouco de boa diversão interativa?

Um jeito fácil é usar sua conexão à internet para acessar os principais canais infantis, alguns com conteúdo interativo muito interessante. E, mais do que tudo, a meninada vai se identificar com seus personagens favoritos, enquanto aprende, usando a internet e o computador, ferramentas naturais para essa geração.

Dentre os de melhor conteúdo, destaco os seguintes:

Discovery Kids
Cartoon Network
Boomerang
Disney
Disney XD
TV Cultura

Alguns deles têm conteúdos que pecam pela tradução, ou até mesmo são um pouco alienígenas para nossa cultura, mas é inegável que podem entreter e ensinar.

Particularmente eu gosto muito da Discovery Kids, ou melhor, minha neta gosta muito, e eu fico positivamente surpreso pelo conteúdo bem produzido, de bom apelo, com um excelente didática, que deixa a criançada plugada em coisa produtiva, no modo interativo.

domingo, 2 de agosto de 2009

Microsoft + Yahoo! = Consolidação King Size

O anúncio de cooperação entre Microsoft e Yahoo! marca a capitulação de dois gigantes do mundo digital ante o novo rei, o Google. Embora nenhuma das duas empresas tenham inventado nada de novo, foi a Microsoft que liderou o boom da computação pessoal e o Yahoo! que popularizou a busca de informações na internet.

Cada uma a seu tempo e a seu jeito, Microsoft permitiu a massificação do computador pessoal primeiro com o MS-DOS e depois com o Windows; o Yahoo! transformou a busca na internet de uma tarefa de apoio em big business.

O que ocorreu em 29 de julho passado foi o anúncio de que a Microsoft passa a administrar os serviços de busca do Yahoo!, muito embora aquela tenha lançado há poucas semanas o Bing, como "novo" e "revolucionário" mecanismo de busca.

O fato é que os anúncios feitos pelas empresas causaram pouca surpresa, e pareceram algo até envergonhado, conforme podemos ver nos links acima.

Bem contado, não devemos esperar grandes novidades. As ações do Google na bolsa pouco se mexeram, e o mundo digital segue seu curso normal, buscando no Google e usando os sistemas operacionais e aplicativos da Microsoft, ao menos por enquanto.

É duvidosa a estratégia dessa união de interesses, pois é pouco provável que a Microsoft consiga injetar adrenalina nas buscas do Yahoo!, visto que está às voltas com a sucessão de seu pesado e mal sucedido Vista para o Windows 7, e defender sua fonte primária de lucros parece ser sua prioridade número 1.

Do lado do Yahoo!, focar na ampliação de renda e rentabilidade com anúncios online não parece tampouco algo viável, pois a empresa vai carecer de uma base de receita para alavancar novas formas de negócios.

O mais provável é que, num futuro não distante, haja uma efetiva fusão das empresas, ou uma aquisição pura e simples do Yahoo! pela Microsoft, mas sem gerar muita sinergia.

Vamos esperar para ver, mas esse negócio parece que gerou mais espuma do que onda.