quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Seus presentes de Natal podem ter incompatibilidade de gênios!

Se você foi bonzinho(a) durante o ano e Papai Noel atendeu sua lista de presentes, é provável que você tenha ganho um iPod, um iPhone ou um iPad, de um lado e, de outro, um belo par de óculos de sol de qualidade, levinho, charmoso, com lentes protegidas de irradiação UVA e UVB e... polarizados!

Pois é... as telas desses produtos da Apple são polarizadas. Assim, se você está visualizando algo que requeira a mudaã de orientação da tela, aproveitando o acelerômetro dessas engenhocas, prepare–se para ter que tirar os óculos de sol ou virar a cabeça junto com a tela, pois em uma posição combinada tela/lentes a polarização de ambas faz com que a imagem "desapareça"...

Assim, se você tem ou vai ter esses eletrônicos de desejo dessa virada de década e tem planos de comprar aqueles óculos de sol, cuide para que suas lentes não sejam polarizadas, mas sempre com a proteção aos raios infravermelhos, para eliminar esse problema causado pela polarização da tela e das lentes.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Privacidade nas redes sociais

Fim de ano é bom para refletir, avaliar erros e acertos, fazer planos para o futuro... Então, fugindo um pouco do que é publicado nesse blog, que geralmente tem uma linha entusiasmada das novidades tecnológicas, deixo aqui um alerta sobre sua privacidade nas redes sociais em geral, no Facebook em particular.

A maioria de nós nem se dá ao trabalho de ler a política de privacidade das redes sociais. Muito menos em acompanhar as mudanças que ocorrem, muitas das quais raramente são adequadamente anunciadas.

Pior do que isso são as políticas dos parceiros dessas redes, como a dos aplicativos do Facebook, normalmente jogos ou ferramentas de apoio que, em tese, tornam sua navegação e visibiidade nessas redes mais fácil.

Pois é... O Facebook, por exemplo, já testa o limite de 700.000.000 de contas ativas, e já patinou mais de uma vez ao modificar sua política de privacidade sem deixar claro a seus membros das aberturas criadas na divulgação de seus dados pessoais, hábitos de navegação e até de informações de segurança, como senhas de acesso.

Muitas vezes, violações ou, diríamos de modo mais eufemístico, interpretacões mais liberais das políticas de privacidade do Facebook fazem com que você libere não só seus dados pessoais, mas também sua lista de amigos, até dos amigos dos amigos. Em um universo de 700.000.000 de pessoas, dispor de informações privilegiadas em tempo real é um maná para quem quer ascender na venda de produtos e serviços pela internet, lícitos ou não, consentidos ou não.

É aí que reside o problema: seus dados podem estar sendo utilizados indevidamente e você nem sabe. Mesmo que isso não represente um perigo imediato, você está em desvantagem, pois eles sabem sobre você e você não sabe sobre eles. E isso, em um mundo conectado, não é bom.

Por enquanto, eu procuro ser muito seletivo na escolha desses aplicativos e jogos das redes sociais, e recomendo o mesmo a meus amigos, reais ou virtuais. Entendo que enquanto essas práticas não estiverem claras e, sobretudo amparadas em uma legislação adequada, o risco é muito maior do que os possíveis benefícios.

Partindo da premissa de que é difícil ficar de fora das principais redes sociais, em um mundo onde mais de 2.000.000.000 de pessoas estão online, um pouco de cautela não faz mal a ninguém.

Assim, peço publicamente desculpas a amigos e conhecidos que me chamam para aplicativos como Farmville, Hearts e tantos outros do Facebook. Eu também não os chamo nem mando dados de minhas listas de contato para ampliar minha rede virtual.

Minha bisavó me dizia há muito tempo que prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. E eu adicionaria que Farmville, Hearts e tantos outros podem fazer mal a muita gente. E fico, por enquanto, prudentemente na defensiva. Minha e de meus amigos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma reflexão de Natal

Neste Natal de 2010, um pensamento especial para a todos os que precisam de alento, afeto, atenção e amor. Que as pessoas do outro grupo -no qual me incluo-, através de suas ações devidamente contaminadas pelo genuino Espítito de Natal possam ajudar a tornar a vida de todos um pouco melhor, mais alegre, com muito mais amor.

E agora e para 2011, compartilho o olhar de meus netos 2.0, nascidos em um ambiente de interatividade total e das telas touch-screen... Eu recomendo que, para fazermos de 2011 um ano melhor, é mais importante procurar entendê-los, e não só fazê-los entender o nosso complicado mundinho.

Talvez esse tenha sido o erro maior das gerações anteriores, de buscar fazer os novos fazerem como nós fazíamos, pensar como nós pensávamos. Esses aí e todos os nascidos nessa era da web 2.0 estarão naturalmente conectados de uma forma que mesmo os mais antenados de hoje serão seres off-line, menos em tempo de conexão e mais em atitudes.

Não será nada fácil fazê-los mudar segundo aquilo que achamos correto, se eles terão acesso a todo o conhecimento humano desde o tempo das fraldas e a eles será dada uma capacidade de discernir e decidir baseado em múltiplas variáveis, algumas delas fora de nosso alcance para controlar e buscar influir.

Isso é bom? Isso é ruim? Sei lá, mas afirmo que é o futuro. E começarmos a aprender em 2011 pode ser uma decisão sábia!

Aqui estão Diego (3), Beatriz (5) e Guy Neto (2). Eles devem ter idéias que eu, seguramente, não poderia sequer imaginar. Vou procurar acompanhar.



E que 2011 seja um ano campeão!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Apple: Casos de fracasso explicam seu sucesso

2010 encerra com a Apple sendo a empresa de tecnologia de maior valor de mercado. Nos últimos anos ela emplacou um sucesso atrás de sucesso, criando novos referenciais em diversos segmentos. Já falaremos deles, todos conhecidos da maioria dos nossos leitores. Mas primeiro, quero lembrar de seus fracassos.


O Lisa, lançado em 1983 como o primeiro computador pessoal com interface gráfica, custava inacreditáveis US$ 10.000, grana que dava para comprar um Cadillac completinho e ainda sobrava um bom troco... Falhou por ser muito caro, fraquinho e com poucos aplicativos. Nem suas versões posteriores mais potentes e menos custosas conseguiram emplacar. Para quem conhece os carros americanos, o Lisa foi o Edsel da Ford.

Em 1996, a Apple lança o Pippin, por US$ 600, para ser um aparelho de videogame em rede. Mas, com menos de 20 títulos e performance fraca, vendeu pouco mais de 40.000 unidades para uma produção total de mais de 100.000. Um encalhe enorme, muita grana de pesquisa e desenvolvimento jogada fora. Alguém aí já teve um Pippin? Para a Apple, um verdadeiro pepino...



Hoje em dia, o MacBook é objeto de desejo de quase todo mundo que usa um laptop. Mas nem sempre foi assim. Mesmo com o sucesso do conceito do Macintosh, lançado como computador de mesa em 1984, O Macintosh Portable, lançado em 1989 por US$ 6.500 não emplacou, mais ou menos pelos mesmos motivos da falha do Lisa.

Essa máquina foi o símbolo dos momentos tortusoso pelos quais passou a Apple e que levou Steve Jobs a ser demitido.


O G4 Cube já é da fase nova, após o retorno triunfal de Steve Jobs. Lançado em 2000, com a assinatura do guru de design da Apple, Jonathan Ive (o mesmo do iPhone, do MacBook, do iPod e tantos outros), era um cubo com 20 cm de lado, custava US$ 1.600 (preço razoável para a época) mas falhou por não ser nada mais que um Mac em formato de cubo, sem grandes possibilidades de encaixar ezpansões e periféricos, prioridades básicas do início do século.



Dá para registrar no mínimo mais uns 10 produtos da Apple que não deram certo, independente de quem estava à frente das decisões da companhia.

Os sucessos da Apple, de outro lado, começam com o Apple II (sim, houve o Apple I, alguém viu?), o primeiro computador pessoal que podia justificar esse nome, o Macintosh, que virou cult entre estudantes e designers, e, mais recentemente, o iPod, o iTunes, o MacBook em suas várias versões, o iMac e o iPad.

O Apple II, o Macintosh de 1984 definiram novos padrões de mercado, inventando novas necessidades para os usuários antes de resolver seus problemas. Mas a concorrência estava mais alerta, e apareceram, respectivamente, o MS-DOS e o Windows da Microsoft para colocar esses dois produtos inovadores em nichos bem específicos.

Já os novos produtos deste milênio mudaram a face da indústria, e passaram a uma posição de dominância de mercado, embora não tenham sido inovadores nos conceitos. Já existiam players digitais e lojas de vendas de música e antes do combo iPod+iTunes; o Macbook entrou para valer em um mercado de notebooks muito concorrido e com produtos muito bem aceitos, como a linha Vaio da Sony; o iMac criou novas estéticas para o desktop, mas não grandes novidades de uso; o iPhone foi, em essência, a inserção de circuitos de telefone celular em um iPod Touch; o iPad fez furor como o produto de mais rápida adoção no mercado na esteira do sucesso do iPod e do iPhone, mas o conceito de tablet já existia há mais de 15 anos. A Apple apenas criou um produto charmoso e usável. 

Esse modelo de sucesso, além da inegável competencia do time da Apple, deve permanecer viável por um bom tempo. A analogia que faço com casos de sucesso do passado, como o da Microsoft, é que a Apple agora inova em cima de conceitos já lançados e ainda em busca de uma boa posição no mercado.

De certa forma, a empresa da maçã adota em 2010 a mesma receita já testada pelos concorrentes do final do século XX que tanta dor de cabeça lhe causaram.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O vazamento do vazamento: Nova fronteira da internet?

Pois é, aconteceu: o vazador foi vazado! Julian Assange agora é vítima, pois o processo que ele responde na Suécia por assédio sexual, vazou para a imprensa, embora corresse sob segredo de justiça. Os advogados de Assange dizem que seu cliente será prejudicado. Será?

A notícia correu mundo com a velocidade e viralidade típicas da internet. Em poucas horas, estava no topo dos Trending Topics do Twitter, e o curioso é que Assange diz ter sido "vítima de vazamentos mal-intencionados", argumento idêntico ao usado por altas autoridades mundo afora para criticar o WikiLeaks.

Será esse mais um episódio de uma história que parece começar a ser escrita e que pode levar a um disciplinamento da internet? Ontem mesmo, a Venezuela do coronel Chavez teve aprovada uma lei que impõe restrições e sanções a internautas. Para lá vamos na escala de um voo que termina na Coréia do Norte?

Por enquanto, mais perguntas do que respostas. Mas a mim fica óbvio que aqueles defensores da censura à internet ganham pontos. E os que curtem a liberdade da rede, muito parecido com o "é proibido proibir" da geração 1968, ficaram na defensiva.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um presente para quem tem um monte de arquivos

Naquela corrida antes da chegada do Papai Noel, sempre falta o presente para alguém, normalmente o mais difícil de achar ou para a pessoa mais complicada de agradar, aquela que "tem tudo".


Pois bem, se essa pessoa tem desktop, laptop, tablet, smartphone, câmeras de áudio e de vídeo, então ele ou ela pode gostar de receber de presente um HD externo de alta capacidade, como o Seagate ST315005EXB101-RKagate, que custa nas principais lojas virtuais R$ 599,00. Com 1,5Tb de capacidade de armazenamento e 7.200 rpm de velocidade do disco, ele conecta-se a computadores com sistema operacional Windows ou Mac via porta USB 2.0.

Os produtos da Seagate são tradicionalmente de boa qualidade e o preço é razoável, quando comparado com produtos equivalentes de capacidade menor, igual ou superior. A balança do preço só é desfavorável se comparado com ele mesmo ou outros vendidos no exterior, mas como não é sempre que essa pessoa vai lá fora ou dispõe de um portador, vale a pena considerar que essa peça é vendida com dois anos de garantia.

Com 1,5Tb dá para armazenar um monte de fotos, vídeos, imagens, textos e o que seja. O difícil é manter esse acervo disponível e organizado, mas isso é outra história.

Então, achou uma boa alternativa? Confira as especificações do produto e veja se estão de acordo com o seu potencial presenteado. Se a resposta for positiva, pregue fogo. Com certeza você vai dar um útil presente!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Evitando surpresas com a bateria do iPhone

Recebo do Vinicius Sgarbe, da CBN, uma consulta de um ouvinte, via Twitter:  Vinícius Sgarbe 


Pergunte ao @. Ele dá tips and tricks. RT @: cmo fas para a bateria do iphone durar mais?

Aí vão as dicas.

Eu sou um usuário antigo do iPhone, e, no começo me frustrei bastante. Depois eu vi que os demais smartphones têm o mesmo problema e, por fim, conclui que um dos fatores de descarga rápida da bateria deve-se ao uso bem mais intensivo da engenhoca. No meu caso, diga-se de passagem, raramente para falar ao telefone.

Comparando com um carro, o iPhone seria um Hummer, um Bentley ou uma Ferrari, onde o consumo não deve ser uma preocupação do dono. Então eu me adaptei ao consumo alto do meu iPhone, da minha Ferrari digital...

No Settings, eu deixo como padrão o WiFi em Off (desligado). Igualmente com o Bluetooth (em General>Bluetooth>Off). No Settings>General>Auto-Lock eu deixo o tempo de desligar a tela em 1 minuto. Ainda nos Settings, eu vou a Brightness (brilho) e ajusto o cursor na intensidade menor possível que não atrapalhe a visualização, pois o brilho da tela é um ogre de consumo.

Essas providências ajudam, mas o consumo de bateria de meu iPhone ainda fica longe daquela de um celular basicão de telinha pequena. Comparando de novo, minha Ferrari nunca vai ser tão econômica quanto o de um carro de entrada com motor 1.0, quem mandou querer ser upscale no mundo da mobilidade?

Então eu minimizo o inconveniente, com um Mophie Juice Pack Air, que é uma bateria adicional fininha que serve como uma capa protetora do iPhone e, em essência, dobra o tempo entre cargas. Mas isso eu só uso quando vou ficar muito tempo longe de uma tomada ou de meu laptop, que também pode recarregar o iPhone.

Além disso, eu tenho um carregador veicular no meu carro, que mantém a carga da bateria no máximo, e eu aproveito o iPhone para colocar minhas músicas preferidas e também para ligar o GPS do iPhone para me orientar em rotas que não estou muito seguro. Aí já estão duas aplicações do iPhone que me aplacam a dor de consciência de gastar muita energia...

Finalmente, tenho uma docking station na minha mesinha de cabeceira, onde deixo o iPhone carregando e pronto para me despertar no dia seguite com uma música específica para calibrar meu humor do dia.

Ou seja, eu superei o problema do consumo excessivo reduzindo aonde dá, mas essencialmente colocando no caminho de meu iPhone diversas fontes de reabastecimento e, de quebra, criei novas demandas que não existiam antes dele. 

Mas é exatamente esse o objetivo da Apple e do Steve Jobs, enriquecer a experiência do usuário e ao mesmo tempo enriquecer os bolsos deles.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O tempo passa...

Lendo a postagem e revendo o programa gravado com meu amigo jornalista José Wille, vejo que o tempo passa rápido! Mas, enfim, esse é um testemunho meu sobre a informática no Paraná



O Pioneiro da Informática no Paraná

Escrito por José Wille | 10 Dezembro 2010



 Eduardo Guy de Manuel foi o primeiro paranaense a trabalhar com computadores no começo dos anos 1960. Ele era aluno do ITA, Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Com este conhecimento, criou a Sigma Dataserv, que apurava eleições e selecionava os aprovados dos vestibulares. Veja a entrevista no programa Paraná Business, clicando aqui.

domingo, 12 de dezembro de 2010

orkut e eu

Quando surgiu, o orkut virou uma febre. Especialmente entre os brasileiros, que logo estavam em maioria absoluta dentre os frequentadores. Talvez por causa disso o Google, seu dono, passou a manutenção da rede social para o Brasil, e alocou menos recursos para sua evolução.

Enquanto isso, apareceram novas alternativas, logo tornadas irrelevantes pela falta de evolução das propostas ou mesmo falta de apelo das novas funcionalidades. Aqui destaco o MySpace, que fica atrelada à figura de seu criador, e que criou um rótulo de ser a rede social de músicos, afastando os não-músicos.

Vale mencionar também o Second Life, que permitia ao internauta criar um completo espaço virtual, com área e construção própria, sem falar no seu avatar e no dinheiro próprio para lá viver e transacionar. Grandes empresas fizeram apostas pesadas comprando ilhas e países para mostrar novos lançamentos e até idéias em laboratório. Talvez tenha assustado o comum dos mortais ou este achou que não era o caso. Serviu de inspiração a Rod Cameron para seu filme genial. Só.

Aí temos as menos cotadas, como Tagged e Plaxo, uma que conta hoje com quase 100 milhões de perfis cadastrados, a imensa maioria de fakes, e a outra que mal e mal serve para atualizar cadastro de telefone, e-mail e aniversário dos participantes. Dessa última, como só a data de aniversário não muda, seus usuários cansaram de receber avisos que, de outro modo, já estavam na agenda ou eram de pessoas com pouca ou nenhuma interação.

Voltando ao orkut, eu recebi recentemente uma medalha virtual, ou selinho, sei lá, por ter um perfil há mais de 5 anos. Mas notei, também, que a maioria dos meus amigos reais ou virtuais estão mais ativos no Facebook, no LinkedIn e no Twitter.

Embora não tenha adicionado nem deletado amigos no orkut (até por passar raramente por lá), vejo que meus amigos também estão cada vez mais ausentes, e os assuntos interessantes igualmente rareiam. Proliferam as mensagens massificadas e animadas, que são mandadas por alguns renitentes em agitar o orkut que não pensam muito no perfil das pessoas que vão recebê-las.

Recebi também reclamações de amigos e amigas que tiveram seus perfís clonados ou então passaram a receber mensagens indesejadas e inconvenientes, o que mostra uma falta de ação por parte do orkut para tornar sua rede brazuca mais segura.

Pensei em deletar meu perfil do orkut, assim como já fiz, cronologicamente, com o Tagged, o Second Life e mais recentemente o MySpace. Mas, levando em conta que o orkut é um sobrevivente graças à teimosia dos brasileiros e por eu ser um estudante curioso das redes sociais, decidi manter meu perfil ativo, apenas para observar o que vai acontecer.

Sobram com vitalidade o Facebook, o LinkedIn e o Twitter, cada um com sua proposta e com facilidade de conexão entre eles. Vida longa aos três, ao menos até o final de 2011.

E lá ficarei em atividade, junto com este blog.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Três cuidados básicos antes de comprar seu presente de Natal

Já decidiu o que comprar, dentro da lista de desejos e das possibilidades do bolso? Então é bom minimizar o risco e pagar o menos possível. 


Como fazer?


Três coisas simples:

1- Veja a marca do aparelho que você pretende comprar e pesquise no Google essa marca + a palavra PROCON. Você vai ter uma ideia de como anda a empresa que pode te fornecer em relação ao atendimento pós-venda. Se a quantidade de reclamações for grande, desista.

2- Pesquise preços! A diferença de preços pode ser grande, embora muitos produtos -especialmente entre os lançamentos- sejam tabelados. Um jeito bom de fazer essa pesquisa é primeiro consultar nos sites das principais lojas da internet e depois ir conferir na loja física. Eu já consegui descontos em compras assim ao mostrar a oferta na loja virtual, tanto na loja física da mesma bandeira como em concorrente. Lembre-se que cada loja tem sua meta de quantidade de vendas e de margens a atingir. Como na maioria delas essas metas são diearias, não é incomum, ao final do expediente, você conseguir espremer uns reazinhos a mais de desconto, uma condição de pagamento melhor, um brinde ou uma combinação dos três.

3- Considere produtos alternativos equivalentes.  Às vezes, optar por um produto de outra marca mais mesma tradição pode oferecer melhores condições de preço, mais funcionalidades, melhor desempenho.

Dica de presente alternativo: Pendrive ou espaço na nuvem?

Sábado, 4/12, rolou no debate da CBN a dica de presente baratinho: um pendrive. Muito boa, especialmente agora que os preços estão caindo e você pode comprar vários Gb por poucas dezenas de reais. Se você pode comprar e trazer um do exterior, melhor ainda. Eles cabem em qualquer lugar da mala, do bolso ou da quota e custam menos da metade do preço daqui.


Mas...

Aqui vai um depoimento pessoal: eu acho pendrives muito práticos, e o fato de eles terem cada vez mais capacidade de armazenamento por um preço cada vez menor embutem riscos de perda, roubo ou simples esquecimento de onde ele está. Mas eu fiquei uns três meses procurando não um, mas dois pendrives que tinham informações importantes (felizmente duplicadas em outro lugar) que eu cheguei a pensar que estavam em mãos erradas.

Isso não deve ser empecilho a que você considere um pendrive como presente de Natal. Até porque é algo muito útil e nem todos são tão desorganizados quanto esse veterano escriba.  Você pode achar pendrives de 2Gb a 128Gb que estejam no seu orçamento de Papai Noel.

Considere, porém, as alternativas de nuvem, que vão desde R$ 0 ( 1Gb no Picasa, do Google) até R$ 170 (US$ 99) para 10Gb/ano, no MobileMe da Apple. A vantagem é que as informações estão lá na nuvem, seguras (o que quer que isso seja em tempos de WikiLeaks) mas, sobretudo, acessíveis a qualquer tempo, desde que haja uma conexão à internet.

Outra alternativa é a assinatura de um plano para e-mail e acesso ao portal, como o UOL, que vale R$ 9,90/mês nos 3 primeiros meses e R$ 19,90 após, e dá direito a 5Gb de armazenamento nas 4 caixas postais disponibilizadas.

É verdade que a maioria desses serviços pode estar associado a alguma limitação (fotos/vídeos no Picasa, correio eletrônico no UOL) mas existem outros serviços associados, gerando mais valor. E as informações estão lá, não perdidas em alguma gaveta ou achadas por alguém que não deveria vê-las, no assento de um taxi, na calçada de uma rua, por exemplo.


Considere ambas as alternativas como presente. Elas têm bom valor agregado!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

WikiLeaks: Um 1984 ao contrário

Quando publicou seu livro 1984, George Orwell parecia haver antecipado o futuro em varias ocasiões e geografias, como que descrevendo cada uma das principais ditaduras do século e mostrando o apetite dos poderosos de plantão em controlar a vida de seus cidadãos. Mas a visão orwelliana, descrita em 1949, ficou mais próxima da realidade após a revolução digital da internet, quando todas, ou quase todas as nossas ações parecem monitoradas por uma gigantesca rede de câmeras de vídeo e computadores conectados entre si.


O que ele certamente não imaginou foi a monumental inversão de conceitos, passando do controle de informações e de privacidade do indivíduo pelo Estado para a abertura de segredos desse mesmo Estado ao cidadão comum em escalas tsunâmicas, com o advento do WikiLeaks.

Não adianta questionar, ficar irado, querer fazer picadinho de seu criador, o australiano Julian Assange, 39 -que acaba de ser preso na Inglaterra, enquanto eu escrevo essa postagem- ou mesmo tirar o site do ar, que a mudança de referencial já está feita. A maior parte do conteúdo vazado, na casa de centenas de milhares de documentos secretos, já está armazenado em milhares de computadores do mundo, para o bem ou para o mal.

É razoável supor que medidas punitivas sejam tomadas contra Assange, mas isso coloca alguns argumentos defendidos pelas grandes democracias (Estados Unidos à frente) em cheque no tema de privacidade x liberdade na internet.

Ácidos críticos das restrições de acesso a informações impostas por países como Irã, Cuba, China e Coréia do Norte, em maior ou menor grau, agora o feitiço virou contra o feiticeiro e, seguramente, algumas medidas restritivas de controle de acesso e mesmo os marcos legais e regulatórios serão revistos para impor uma nova ordem que, no mínimo, tornem vazamentos dessa natureza menos prováveis.

Ocorre que essa linha de ação vai contra a própria arquitetuta da internet e mesmo da natureza humana. Se novas restrições forem impostas, novas alternativas serão criadas, numa escalada de forças sem precedentes.

 Vale lembrar que os backbones principais da internet são controlados a partir dos Estados Unidos. Logo, querer ser ingênuo ao ponto de acreditar no poder do clique do mouse nas mãos do internauta individual é entrar no mundo da Carochinha do século 21.

Mas, ao mesmo tempo, e pelas proporções do estrago causado pelo WikiLeaks, com certeza as negociações de alto nível da diplomacia mundial terão de ser revistas, ou ao menos seus métodos de registro.

É razoável supor que a franqueza de argumentos em uma conversação reservada fiquem diluidos por um ritual imposto pela Nova Segurança, atrasando acordos e ações de interesse das nações.

Não nos iludamos. A reação dos governos à ação da Wikileaks, qualquer que seja o desfecho, mostra o poder da internet e das tecnologias digitais e que essa força deve ser cada vez mais levada em conta na formulação de estratégias governamentais, corporativas e individuais.

George Orwell pode até não estar se revirando na tumba, mas, com certeza, seu espírito deve estar refletindo sobre a oportunidade perdida de escrever uma suite de seu best-seller: 2010!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dicas de Natal: Vale a pena comprar TV 3D?

Recebi um e-mail de um leitor assíduo do blog que transcrevo:


"Guy, estou pensando em comprar uma TV LED 42" 3D que vem com um player BluRay também 3D. Olhando os preços dos dois isoladamente e comparando com um TV LED equivalente, vejo que a diferença de preço não é alta. O que você acha?"



Eu não gostei muito do que já vi de TVs 3D, muito menos aqueles em telas pequenas, talvez porque minha volta ao mundo de entretenimento digital em três dimensões se deu vendo Avatar em uma tela iMax do tamanho de um prédio.

Assim, minha opinião está contaminada pela limitação do tamanho das telas de TV. Eu cheguei a ver um pedaço do Avatar em um televisor de 70" e depois o mesmo numa tela de 50", e acho que a tela menor perdeu bastante em relação à tela maior.

Eu também pude comparar as duas exibições em BluRay com o som através de um baita sistema Bang & Olufsen com mais de 1.000 watts e apareceu um descompasso entre o áudio e o vídeo. Parecia que os bichos voadores e os tiros daquelas armas da turma do mal estavam comprimidos na imagem, não cabia tanto som em tão pouca imagem. Aí eu pedi para desligar o som do home theater e deixar na TV, e foi a vez do som ficar em desvantagem para a imagem.

Outra coisa que acho incômodo são os óculos 3D, especialmente para quem precisa de óculos de grau para enxergar melhor e tem de sobrepor as lentes 3D. Uma pessoa que estava comigo passou a maior parte do tempo ajustando as duas parelhas de lentes...

Isso vale também para o cinema 3D, mas serve como gancho para o próximo argumento, que é uma provável disponibilização ao mercado brasileiro em 2 anos, no máximo, de televisores com imagens 3D que não vão requerer óculos. Ou seja, é possível que a tecnologia 3D atual fique obsoleta em pouco tempo.

A falta de conteúdo gravado em BluRay ou gerado pelas emissoras de TV poderia ser outro ponto contra, mas normalmente os players BluRay 3D fazem um tipo de upscaling de imagens 2D para uma simulação de 3D que talvez seja a mais grata surpresa!

Depois de escrever tudo isso, devolvo-lhe a bola: se você achar que a diferença de preço compensa, use um ditado antigo que meus avós estavam acostumados: Mais vale um gosto do que dois vinténs, ou seja, a decisão é puramente emocional.

Só não espere, como no anúncio de um desses televisores, que seu gatinho ponha os óculos e saia correndo atrás dos peixes que parecem sair da tela. O efeito 3D não é compatível com o sistema de visão de gatos.

Dicas de Natal: TVs para NÃO comprar

Se você pretende comprar mais um televisor ou repor um que já esteja baleado, aqui vão duas dicas de não-compra, ou aquilo que você deve evitar.



1- NÃO COMPRE televisores de tubo, aqueles antigos, de formato 3x4. Além de consumirem muita energia,  eles só recebem sinais analógicos, que vão deixar de ser gerados em algum momento entre a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Você vai precisar comprar um conversor digital, que hoje custa, no mínimo, R$ 269,00 e pode chegar a R$ 600, dependendo do fabricante e das características. Ele é necessário para exibir programas da TV digital.  Lembrando que a vida útil de um aparelho desses é de no mínimo 10 anos, você já está comprando um lixo eletrônico. ESQUEÇA!

2- NÃO COMPRE televisores de plasma ou LCD que não tenham o conversor digital embutido. Embora eles sejam normalmente de boa qualidade, incluir a caixinha digital como um acessório, além de custar mais, são mais fios e conexões elétricas para complicar e juntar pó. Esses televisores estão sendo ofertados em liquidações, como pechinchas, mas, além de não terem o conversor, normalmente eles oferecem a resolução máxima de 720p, que é abaixo do padrão 1080p. Em telas iguais ou menores que 32", essa resolução menor até que não aparece tanto e uma excessão pode ser aberta desde que a oferta do aparelho + conversor seja menor do que a de um equivalente mas com o conversor integrado.

Aliás, falando em TV Digital, as emissoras ficam devendo mais conteúdo aberto em alta definição, lembrando que na imensa maioria das cidades brasileiras esse sinal ainda não chega, obrigando a contratação de pacotes por assinatura, que estão custando caro demais.

Além disso, a promessa da interatividade na TV digital, por enquanto, está apenas nisso, na promessa. É verdade que existem emissões experimentais em algumas cidades, mas em escala muito limitada. Aparecem agora alguns comerciais chapa-branca apregoando as virtudes da interatividade, mas programas interativos, neca!

Uma palavrinha sobre os conversores: quando do lançamento da TV Digital, o Ministério das Comunicações assegurou que essas caixinhas deveriam custar por volta de R$ 100. Além de termos hoje um preço médio várias vezes superior, elas estão com um nível de oferta baixíssimo, e a diferença de preço entre televisores com e sem o conversor embutido é, por vezes, muito pequena, meio que forçando o consumidor a substituir um aparelho que ainda poderia ser útil por um bom tempo. Falo sobre as primeiras gerações de televisores de plasma e LCD que eram de 720p (ou HDTV ready), ou mesmo Full HD (1080p), mas sem o conversor. Quem embarcou nessa, deve ter pago uma fortuna lá atrás comparado com as opções deste Natal, e induzí-los a trocar não faz sentido.

Parece que houve ou uma precipitação no anúncio das maravilhas e dos custos da TV digital pelo governo, fabricantes e emissoras, ou uma gostosa acomodação dos dois últimos com as bênçãos do primeiro, para aproveitar uma economia aquecida e dar uma faturadinha extra.

Voltando às dicas de não comprar: se mesmo assim você pensa que é uma boa opção ter ou um TV de tubo ou um TV fininho, ambos sem conversor, espere a virada do ano, pois os preços desses aparelhos devem cair ainda mais, por serem ponta de estoque.

Se você não comprou até agora, dá para esperar mais um pouco...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dica de Presente de Natal Fashion e Útil: iPad

Nesta sexta-feira 3, o iPad é lançado oficialmente no Brasil. Estima-se que existam entre 50.000 e 100.000 unidades já disponíveis a moradores do Brasil, importadas diretamente, seja na bagagem de viajantes internacionais, seja pela mão de importadores independentes. E as impressões, de um modo geral,  são altamente favoráveis.



Se você vai comprar nas lojas virtuais brasileiras, sem uma operadora e um plano 3G, prepare-se para desembolsar entre R$ 1.600 e R$ 2.900, dependendo da memória, da configuração híbrida (com 3G) ou não e dos adicionais, como capa protetora, filme anti-gordura para tela e garantia estendida, entre outros.

Se você tem alguém no exterior que pode trazer um, ou ainda vai para os Estados Unidos antes do Natal, compre um lá e declare na chegada, pagando uma taxa de R$ 200 e picos de impostos federais. Isso te economiza uma boa grana, pois lá os preços variam entre 500 e 900 dólares. Faça as contas...

Mas se você pretende emplacar um iPad como substituto de seu laptop, esqueça... Vão faltar muitas funcionalidades, mesmo que você só queira transferir os acessos a internet que normalmente você faz usando o computador. Sempre vai ter um site onde existam videos em Flash (nada feito, a Apple  e a Adobe se detestam!) ou mesmo incompatibilidades técnicas, como em muitos sites de bancos.

Faltam também aplicativos compatíveis com o Office da Microsoft. O que existe é meia boca, logo, se você precisa do Office, babáu!

E tem a limitação de memória e capacidade de arquivamento. o iPad mais parrudo vai a 64Gb, e duvido que seu laptop seja tão fraquinho assim.

O iPad também não substitui o telefone, e quem diz que ele nada mais é do que um iPhonão está redondamente equivocado. Dá para falar ao telefone sim, mas não é nada prático, mesmo usando um Skype, não dá para fazer videoconferência, pois ele não vem com câmera.

Mas, se ele tem tantas limitações, ainda assim vale a pena?  Eu acho que sim, e considero meu iPad como o dispositivo digital mais completo que tenho. Vejam só algumas coisas que posso fazer com ele:

Coisas óbvias:

  • Safari - Acesso a internet
  • Leitura de livros digitais
    • iBooks - livros digitais baixados da iBookstore da Apple
    • Kindle (sim, a Amazon disponibiliza o aplicativo que permite ler no iPad todo seu acervo de livros digitais
  • Skype para chat e ligações de voz 
  • YouTube
  • Acesso a redes sociais
    • Twitter
    • Facebook
    • LinkedIn


Coisas práticas:

  • Flipboard que consolida em forma de revista minhas redes sociais e mais coisas interessantes
  •  Google Maps e aplicativos de localização, como
    • AroundMe, para saber o que tenho de estabelecimentos em geral por perto
    • Veja Comer & Beber 2011, que me dá ótimas dicas de restaurantes e bares, me ajuda na reserva e me mostra como chegar lá
    • Free WiFi, que me localiza hotspots gratuitos perto de onde estou, para economizar o uso da rede 3G
    • iRadar, que me mostra os radares, pardais e semáforos das principais cidades e estradas ( e avisa quando chega perto)
  • Weather Channel Max+ (previsão do tempo)
  • TweetRadar, que localiza tuiteiros ativos perto de onde estou
  • NYT - edição online do NewYork Times
  • Veja - edição online da Veja
  • Estadão 2.0 - edição online do Estado de São Paulo
  • Contatos*
  • Agenda*
  • Calendário*
* Sincronizados com o telefone e o laptop


Brinquedos e jogos:

  • Talking Harry*
  • Talking Robot*
  • Talking Tom*
  • Talking Larry*
  • Match Animals*
  • PocketFrogs*
* para os netos, mas o vovô gosta também


Uso específico:

  • Rádios Web
    • CBN
    • Public Radio
  • Life - acervo de fotografias de uma das melhores revistas mundiais
  • PãoDeAçucar - preços correntes do maior rede de supermercados do Brasil. Para compra e referência de preços
  • Brasileirão/Placar UOL para acompanhar meu time
  • HP 12C para aqueles cálculos que todo executivo de finanças adora
  • Receitas Nestlé
  • All Recipes, que mostra receitas simples e sofisticadas avaliadas por quem fez e por quem comeu ou bebeu 
  • Taxímetro, que calcula o preço de corridas de taxi nas principais cidades
  • Flight Track, que me mostra o painel de chegadas e partidas dos principais aeroportos do Brasil e do mundo
  • Kayak, que me busca as melhores tarifas aéreas, de hotéis e de locação de carros em quase qualquer lugar do mundo
  • RightSize, que faz as conversões de medidas de roupas e calçados de vários padrões do mundo
  • EyeChart Pro, que não substitui o oftalmologista mas mostra que está na hora de agendar uma visita se você não consegue ler as letrinhas
  • Juros - calcula prestações, custos financeiros, retornos de investimentos baseados em taxas de juros fixos ou variáveis
  • Ruler - uma régua de duas dimensões que permite medir, com boa precisão, objetos que sejam menores que a tela do iPad
  • dbMeter - para medir nível de ruido de ambientes
  • Carpenter - inclui em um aplicativo um transferidor, uma régua, dois níveis e um prumo

Isso é só uma parte do que tenho instalado no meu iPad (152) e uma fração ínfima do total disponível (mais de 300.000 aplicativos).

Ou seja, tomando por base o que tenho, vejo que poucos aplicativos estão disponíveis para outras plataformas, e as que estão, eu posso usar em qualquer uma delas.

Comparando o iPad com o tradicional canivete suiço, ele tem bem mais funcionalidades, e muitas delas são extremamente práticas.

E aí, decidiu? Lembre-se que em breve as operadoras de celular vão estar oferecendo o iPad mais em conta, mas atrelado a planos de tráfego de dados na rede 3G delas. Por enquanto, os planos ofertados estão muito caros, e você não deve estar com a rede 3G habilitada de modo permanente, pois a facada assusta. Melhor usar WiFi onde houver e usar a rede celular quando em movimento ou quando não houver WiFi.

Dica de presente de Natal barato e para quem tem de tudo

Talvez você esteja em dúvida sobre que presente comprar para aquela pessoa exigente e que já tem tudo, e não seria adequado comprar uma camisa, uma gravata, uma bolsa, ou mesmo um sofisticado gadget digital. Ele ou ela já tem de tudo!


Um "cinto", ou, grafando corretamente, um "sinto muito" também não dá... 

Identificada essa pessoa, existe uma probabilidade grande que ela esteja apegada a um smartphone, que pode ser um iPhone ou algum modelo equipado com Android, o sistema operacional do Google.

Nesse caso, você pode presentear essa pessoa difícil com um ou mais aplicativos, que podem ser adquiridos nas lojas online respectivas, que variam em valor desde zero até US$ 49,99, que é quanto vale um aplicativo "GPS" da TonTon na AppStore para o iPhone, e que substitui o aparelhinho da mesma marca que vale uns R$ 500 e tem os mapas das principais cidades e estradas do Brasil.

Aqui cabem joguinhos, gratuitos ou não, online ou offline, simples ou sofisticados, programas focados, como o FlightTrack Pro (US$ 9,99), que reproduz os painéis de cerca de 500 aeroportos no mundo, incluindo nossos mais importantes pontos de queixas, reclamações e frustrações, como Guarulhos, Congonhas, Afonso Pena, JK, Galeão, Santos Dumont, Salgado Filho... Lá é possível verificar o status de voos que chegam e saem de um modo bem mais interativo, atualizado e usável do que o site da Infraero, por exemplo.

Os programas gratuitos de acesso a redes sociais -Facebook, LinkedIn, Twitter, dentre outros- são bons se esse seu alvo de presentes delas faz uso via dispositivos móveis mas ainda de forma primitiva, como usando os ainda pouco práticos browsers dos smartphones.

Eu gosto muito do Veja Comer & Beber 2011, na sua versão paga (US$ 4,99), que indica restaurantes, bares e assemelhados das principais cidades brasileiras, está sempre atualizado e apresenta uma boa descrição da maioria dos estabelecimentos, além de permitir com um toque chamar o estabelecimento escolhido para fazer a reserva e, com mais um toque, gerar o mapa com as direções a serem tomadas de onde você está até aonde você quer ir.

O interessante é que o rol de opções é enorme, na casa de centenas de milhares. Assim, você pode presentear essa exigente pessoa com algo realmente único e com um valor alto, preço baixo ou zero, que se traduz em uma relação benefício/custo que pode ir ao infinito.

Então, vamos às compras para esse amigo especial?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Compras de Natal: Respire fundo e pense bem antes de sacar o cartão de crédito!

Os apelos de compras de Natal são enormes. Além da multiplicidade de produtos charmosos, encantadores, com apelos cada vez mais criativos, o clima criado faz que o coração fique mais mole e o bolso, mais flexível.


Onde encaixar um pouco de racionalidade?

Uma delas é pensar nas funcionalidades dos produtos ofertados, e se isso vem acompanhado de algum benefício extra, se houver preço adicional por elas.

Por exemplo, ter um televisor novinho com acesso à internet pode parecer um bonus incrível, mas é melhor antes testar essa funcionalidade e ver que nem sempre o acesso é bom, quando se trata de digitar endereços da web usando um controle remoto tradicional.

Aquela filmadora maravilhosa, que gera filmes HD, alta definição, pode ser mais uma engenhoca que ocupa espaço no armário para algo que, passada a febre inicial da novidade, será raramente usada, visto que você já tem uma câmera fotográfica fenomenal que também grava filmes HD. Ter as duas, pode? Poder, pode, mas converse com seu bolso...

E um computador novo, só porque já vem com Windows 7? Talvez, se seu modelo atual não estiver obsoleto, valha a pena comprar um disco rígido externo, ou trocar o monitor, ou ainda expandir a memória que, se a configuração suportando, dê para instalar o Windows 7, com o preço da licença e dos upgrades sempre menor que o preço de um novo.

Se o apelo é de comprar mais um player de música, lembre-se que os produtos disponíveis no mercado de Smartphones -talvez o próprio que você usa- possuem essa funcionalidade e pode dispensar um novo iPod, por exemplo.

Aliás, acho mesmo que os smartphones deveriam mudar de nome para os verdadeiros canivetes suiços do século XXI, de tantas funcionalidades que possuem. Eu, por exemplo, já identifiquei mais de 100 no meu, e um dia eu vou fazer uma postagem específica sobre o assunto.

Em outras palavras, veja se o que você está tentado a comprar não é puro modismo, ou algo que você já tem ou ainda algo que você não precisa. O mesmo raciocínio vale para o presenteado. Aí, antes de decidir, respire fundo e tome uma decisão.

Numa dessas, você libera uma graninha relevante para ou comprar outro presente realmente diferente ou investir em uma poupança, ou naquela viagem dos sonhos.


Pense nisso antes de ir às compras!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Compras pela internet: Cuidado com as entregas!

Lá na Lapônia, ou onde quer que seja sua casa, Papai Noel está colocando a turma para trabalhar nas encomendas dos presentes e fazendo a revisão do trenó e das renas, para enfrentar a maratona de entrega nas casas de todo o mundo.

Espera aí: Mas todas as entregas vão ser feitas por Papai Noel? Nem todas... As compras pela internet dependem da logística das empresas de entrega ou dos Correios, e neste Natal de 2010 as vendas pela internet devem crescer uns 40%. E...

E aí que suas preocupações devem estar focadas este ano. Mesmo com o aprimoramento dos processos logísticos, estamos com nossa infraestrutura no talo, sem margens para erros ou imprevistos. No dia que faço esta postagem, a Anac proíbe a TAM de vender passagens novas para voos até o final da semana, dado o mini-apagão desta segunda, 29/11, que fez com que mais de 100 voos seus tenham sido cancelados.

E é bom lembrar que a alta temporada de festas sequer começou e que aviões transportam muita carga, em especial as encomendas urgentes.

Assim, se você quer dar um bom presente aos que você ama (você incluido) e aos que você -noblesse oblige- precisa, e pretende usar a internet para essas compras, cuidado! Eu, se fosse você, adotaria as seguintes margens de segurança:

  • De hoje até 10 de dezembro,  dobraria o prazo em relação ao prometido de entrega pela empresa vendedora;
  • De 11 a 17 de dezembro, eu dobraria de novo a margem, o que, à medida em que o tempo passa, acaba limitando compras a situações onde o vendedor promete entregar no máximo em um ou dois dias úteis.
  • De 18 de dezembro em diante, eu ou pensaria em encarar aqueles shoppings lotados ou prepararia uma boa desculpa preventiva com os potenciais presenteados, dizendo que o presente depois do Natal será melhor curtido ou coisa que o valha.
Eu já cansei de, todo ano, ver na TV, ouvir no rádio e ler em jornais, revistas e na internet sobre os problemas de entrega em cima da hora, nessa época de festas. E, com vendas crescendo 40% ao ano, mais a infraestrutura pedindo água, a certeza de uma dor de cabeça fica óbvia, caso cuidados adicionais não sejam tomados.

No sábado, 4/11, vou debater na CBN Curitiba sobre quais as melhores opções de presentes digitais para este Natal. Já estou pensando no assunto e, durante a semana, espero fazer algumas postagens que sinalizem aquilo que tenho observado.

Mas, para realmente poder colaborar, comecei por essa dica: se for comprar pela internet, comece já. Afinal, você não quer se sentir mal e levar tristeza aos presenteados em potencial.

Até porque existe uma perspectiva de um Natal quentíssimo em vendas, e pode ocorrer que aquilo que você pretenda comprar esteja em falta, mais para frente.

Está dada a primeira dica!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Internet a US$ 13/mês para 15Mb. Na Bulgária...


Tive retorno de meus comentários no Bulgaria Gazette. Sobre banda larga, meu correspondente búlgaro me diz:

“Quanto à penetração da banda larga - um dos principais fatores é o custo para o consumidor. Eu pago cerca de 13USD/mês, para 15 Mbs, o que é um preço razoável. Há uma competição em nível saudável. Apenas um par de anos atrás, haviam muito poucos concorrentes no mercado: a ex-estatal BTC (Bulgarian Telecommunications Company) representava uma espécie de monopólio, e então era capaz de proporcionar uma qualidade de internet e velocidade razoáveis com ADSL (baseada nas redes de telefone), mas a preços exagerados. Os pequenos provedores de acesso pequeno não podiam entregar velocidade e qualidade aceitáveis.
No entanto, com a ajuda de algumas normas legislativas e ao desenvolvimento de linhas ópticas, as coisas mudaram…”



Eu pago em Curitiba R$ 91,84 por 6Mb, ou USD 54 ao câmbio de hoje. Ou USD 9 por Mb de velocidade nominal. Meu amigo búlgaro paga USD 0,87 por Mb.
Em termos de velocidade efetiva, eu fico com mais ou menos 1/5 da nominal, logo meu custo efetivo é de USD 45 por Mb. E notem que eu moro em uma cidade com boa infraestrutura de comunicações e um bom nível de competição.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No Brasil, faça como os Búlgaros

Durante o segundo turno das eleições brasileiras de 2010, um tema que ganhou alguma notoriedade, embora com pouca importância nos debates, foi a origem búlgara da então candidata, hoje presidente eleita Dilma Roussef.

Circularam pela web até informações falsas sobre seu passado, e isso me despertou alguma curiosidade. Aí eu procurei no Google por jornais búlgaros, inclusive os que supostamente a acusavam de ter nascido na Bulgária, logo seria inelegível para um cargo reservado a brasileiros natos. Eu até brinquei com o tradutor do Google e postei no Twitter que Дилма Русеф - със силен мандат, но я смятат за "автопилота на Лула" http://www.dnevnik.bg/985814/ via @Dnevnik, na segunda feira após a vitória de Dilma, ou Dilmano Rousseff - com um mandato forte, mas como "piloto automático Lula" http://www.dnevnik.bg/985814. Até aí, bricadeira pura, mas serviu ao menos para me mostrar que o Google Translate está melhorando, embora possa melhorar muito mais.*

Aí fui ver a edição em inglês do jornal Bulgaria Gazette e achei uma postagem de 2009 que comentava a melhoria da qualidade dos serviços de internet banda larga lá, chegando perto da Coréia do Sul e ganhando de Lituânia, Suécia e Romênia. Aí eu postei um comentário no site, pedindo mais informações sobre o relatório que gerou a notícia e as respectivas fontes. Claro que dei uma tuitada sugerindo à presidente eleita que procurasse se informar do tema, até antes de tomar posse, pois, numa dessas, até poderíamos tentar aprimorar nossa banda larga tupiniquim, que deixa muita gente irritada com a qualidade e de bolsos vazios pagando as faturas.


Feita a provocação, segui cuidando da vida até que recebi uma resposta do administrador, no mesmo dia, dizendo o seguinte (vai mesmo em inglês):


admin said:
Hello,
Obviously, this article is somewhat old. However, there is a more recent information about the subject, which came out just a couple of weeks ago, in the third annual broadband study by CISCO systems and the Oxford university. A link to the article:
http://newsroom.cisco.com/dlls/2010/prod_101710.html
The basic conclusion is that Bulgaria, while not topping the charts in terms of absolute numbers, is one of the countries with the most improvement in broadband quality compared to previous years, especially among it’s direct competitors in the group of the developing economies or as mentioned in the article: “topping the list of the Efficiency-driven economies”.
I personally cannot complain at all about the Internet quality since a couple of years already. I live in one of the major bulgarian cities and have a cable Internet, but DSL Internet is available almost anywhere, even in small villages.

Indo ao link da pesquisa da Cisco/Universidade de Oxford acima, vemos que houve um aumento da qualidade global da banda larga de 24% este ano, comparado com 2009. E que são hoje 14 países prontos para as "aplicações da internet de amanhã", tais como TV de alta definição via web e serviços de videocomunicações de alta qualidade (telepresença para o consumidor) devem estar em alta dentro de poucos anos. E são esses os países, em ordem decrescente de avanço: Coréia do Sul, Japão, Letônia, Suécia, Bulgária, Finlândia, Romênia, Lituânia, Holanda, Hong Kong, Alemanha, Portugal, Dinamarca e Islândia. Esse ranking compara com apenas 9 países em 2009 e só o Japão 2008. O estudo deixa claro, todavia, que Letônia, Bulgária, Romênia e Lituânia têm taxas de penetração de banda larga bem menores que os demais. Vale a pena dar uma fuçadinha nesse bem estruturado estudo...

Aos que querem justificar nossa não presença na lista, não faltam argumentos: Nenhum país dos Bric (Brasil, Russia, Índia e China) estão lá e eles têm em comum o alto crescimento, enormes extensões geográficas e populações imensas. O mesmo se aplicaria aos Estados Unidos e Canadá, exceto pelo recente falta de crescimento das economias de ambos e a população pequena do Canadá, se não contarmos ursos polares e focas.

Mas, pensando 10, 20 anos para frente, eu temo que nossas discussões acadêmicas e políticas, e as iniciativas quixotescas de ampliar quantidade de acessos de banda larga, sem se preocupar com qualidade e velocidade disponíveis em escalas cada vez maiores sejam tão somente os panos de fundo para um potencial freio nessa fase boa de crescimento que vive o Brasil.

Numa sociedade do conhecimento, ter acesso de banda larga de qualidade e a preços acessíveis é uma das premissas básicas para caminhar ao sucesso.

Um dos problemas que temos é que sempre nos colocamos em comparação com as chamadas nações desenvolvidas, de primeiro mundo.

Numa dessas, com a era Dilma Rousseff se aproximando em janeiro, poderemos aprender com o simpático país do leste europeu, que até por laços familiares de nossa futura presidente, poderemos chamar de país irmão e, humildemente, aprender o bom caminho.

Vou seguir estudando o assunto da banda larga na Bulgária... O que era uma curiosidade meramente intelectual despertou em mim a vontade de entender com mais profundidade o que ocorre por lá.


* Um teste que fiz foi pegar o texto original em búlgaro, vertê-lo para o inglês e depois passar ao português para finalmente voltar ao búlgaro. Resultado: entrada = saída, coisa impensável há um ano atrás.

domingo, 7 de novembro de 2010

Usabilidade: Um Evento para aprender ou rever conceitos

O nome é complicado, mas o tema, importantíssimo: 4º Simpósio Internacional de Usabilidade e Experiência com o Usuário. Daí eu não só estou fazendo a divulgação do evento como também estou decidido a participar. Semana que vem, 16 e 17 de novembro, em São Paulo.

 Explicando melhor: a imensa maioria dos produtos e serviços ofertados no mundo digital falham fragorosamente não por ter limitações técnicas ou por deixarem de entregar aquilo que propõem. É que a coisa gerada é difícil de usar, complicada de entender, ou leva muito tempo para se chegar onde é necessário, ou ainda distrai o usuário com informações, imagens, menus, links desnecessários.

Uma coisa que aprendi nos últimos anos foi a mágica da Apple. Nada a ver com um marketing brilhante ou com a superioridade intelectual do Steve Jobs. apenas a proposta dos produtos e serviços da Apple são centrados no desafio de melhorar, por vezes reinventar a experiência do usuário. Basta ir em www.apple.com e buscar pela expressão user experience e ela vem por exatas 491 ocorrências, cobrindo todo o leque de ofertas da empresa.

O que poucos se dão conta é que a Apple também dá tiros n'água. Alguns de seus produtos precisam ser revistos em várias gerações até pegarem com o mercado. Outros simplesmente somem da lista de ofertas e silenciosamente acabam no ostracismo. Mas é essa obsessão com a experiência do usuário, impregnada na cultura da companhia da maçã que faz a diferença.

Isso tem a ver com usabilidade.

Com a disseminação da internet, já com 2 bilhões de seres humanos acessando regularmente, e a rápida universalização dos celulares, também nessa ordem de usuários, muita coisa mudou. As ofertas precisam ser encantadoras, simples, de entendimento trivial, sem exóticos e complexos manuais do usuário que ninguém lê, muito menos entende.

Esse simpósio deveria ser de participação compulsória de profissionais de TI. Ao menos um sumário dele deveria ser postado na internet seguido da criação de um ENEU (Exame Nacional de Ensino de Usabilidade), ou melhor, um EIEU, o I de internacional.

Todo profissional do setor deveria ter os conceitos básicos de usabilidade permeados em seu DNA profissional. Afinal, o mundo mudou muito desde os primeiros computadores pessoais que tinham muitas limitações, eram caros e usavam sistemas operacionais baseados em caracteres, como o CP/M e o MS/DOS.

Aí uma empresa inovadora chamada Microsoft popularizou uma interface baseada em janelas (sim, o Windows), que não foi inventada nem lançada no mercado por ela, mas o encantament do usuário veio de sua bem sucedida estratégia de produto.

Na área de telefonia celular, tudo era maravilha para a Nokia e Motorola, e a regra eram aparelhos cada vez menores que tivessem a bateria com carga mais durável. Isso até que os canadenses da Research In Motion inventassem o conceito do Blackberry para o mundo empresarial.

Um dia  a Apple foi ao mercado com um novo produto, o iPhone, com sua tela sensível ao toque e uma interface gráfica belíssima, mas totalmente derivada de outro produto, o iPod, já um sucesso entre os players de música portáteis.

Para mim, o iPhone é uma referência em termos de usabilidade. Discuto apenas a validade de seu nome. Como usuário de um, só não consegui ainda entender a razão do nome. Para mim, o iPhone é muito pouco phone, menos de 5% do que eu uso. Mas isso não tem a ver com experiência do usuário, e sim com estratégia de marketing. Ou a Apple ainda crê que o iPhone é um telefone celular...

Voltando ao simpósio, duas provocações aos leitores deste blog:


1- Como usuário de produtos digitais, ou nem tanto, quantos deles você já descartou por absoluta falta de usabiliadade?
2- Se você é profissional que desenvolve produtos e serviços para o mercado de TI ou para qualquer outra oferta no mundo digital, respire fundo e pense: se você estivesse do outro lado da mesa, como comprador ou futuro usuário, que nota você daria para a usabilidade?


Então, vá ao Simpósio!

P.S.: Não gosto do termo usability. Fico com user experience. Usability não tem muito a ver com usabilidade para os bilhões de usuários de produtos e serviços digitais.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

SMARTPHONE: Nome meio certo, meio errado


Cena típica da era analógica: duas adolescentes conversando ao telefone, queimando tempo e energia para descrever a roupa de uma amiga e o que ela fazia ao se encontrar com um menino popular na tribo. Tempo médio da observação: 5 minutos; Tempo médio das descrições: 15 minutos; Precisão das informações: < 20%
Cena típica da era digital, com adolescentes na mesma situação, mas em 2010: uma foto ou um vídeo capturado pelo celular e mandado por e-mail de uma para outra, ou, mais provável ainda: sua postagem no YouTube ou no Facebook, ou no Orkut, com uma chamada pelo Twitter. Tempo médio da observação: 5 minutos; Tempo médio da transmissão: 1 minuto; Precisão das informações: 100%
Agora, às estatísticas brasileiras:
1-    As receitas das operadoras de celular já registram faturamento de serviços de internet representando 53% das receitas, contra 47% para SMS (torpedos) e MMS (videotorpedos)
2-    Os Serviços de Valor Adicionado (SVA) representam algo entre 15% e 20% das receitas totais. Por SVA entendemos os serviços de informação diversos, musica, jogos, vídeo, TV, localização georeferenciada e muitos outros.
3-    No mundo corporativo, quase 10% das linhas de celular já são exclusivamente de dados
4-    Em abril deste ano, a teledensidade (ou numero de linhas por 100 habitantes), segundo a Anatel, atingiu 112 no Centro Oeste (puxada por Brasília), 105 no Sudeste, 99 no Sul, e 75v no Norte e Nordeste do Brasil. Ou seja, tirando o Norte e Nordeste, regiões de potencial forte crescimento, o resto do país já está “universalizado”, quando falamos em telefonia móvel
5-    Embora a participação de smartphones no bolo ainda seja pequena,  34% dos consumidores pretendem ter um, em sua próxima compra. No mundo corporativo, já são 50% de usuários que possuem um telefoninho esperto.
6-    Os usuários de smartphones com mais recursos e planos mais caros chegam a gastar menos de 10% do tempo de uso com voz via operadora.
Peraí... Telefone? Vejamos algumas das principais funcionalidades dos melhores smartphones no mercado brasileiro:
  • Câmera fotográfica
  • Câmera de vídeo
  • Player de musica
  • Player de vídeo
  • GPS
  • Bluetooth
  • WiFi
  • Mapas
  • e-Mail
  • Internet
  • TV Digital
  • 1.000.000+ de aplicativos, só contando as lojas da Apple e do Google, embora muita coisa ainda não esteja disponível entre nós
  • Ah!!! – e telefone, claro, as boas e velhas chamadas de voz...

Então, dá para seguir chamando essas engenhocas de telefones?
Eu entendo que não! Precisa apenas definir um novo nome ou uma nova sigla. Smartphone não é ruim, pelo Smart. Mas ele definitivamente não tem o phone como seu atributo principal. Um iPhone ou um Blackberry, para ficar em dois ícones da mobilidade esperta, são pouco usados para falar, do modo que nossos avós faziam, ou tentavam fazer quando e se dava linha...
Aberta a sugestão de busca de um novo nome, pois esses aparelhinhos ficarão cada vez mais smart e cada vez menos phone. Então, alguém se habilita?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições Digitais 2010


Embora possa correr o risco de cometer injustiças, prefiro soltar aqui minhas impressões sobre o uso e desfrute da internet e das redes sociais nessas eleições 2010, à luz de observações e do resultado dentre os principais candidatos eleitos e os que foram ao segundo turno.

A palavra que me vem à cabeça de forma recorrente é decepcionante. Esse é o adjetivo que se aplica ao todo. Eu esperava que, no primeiro turno, muitos candidatos com chances relevantes usassem as facilidades criadas pela legislação e suportadas pela tecnologia para (a) captar recursos financeiros, (b) mobilizar a militância e (c) usar as redes sociais para disseminar idéias, planos e plataformas, além de propagar as mensagens e interagir com as bases.

A realidade de um ou outro candidato, desta ou daquela região do país pode me desmentir, mas, se essas eleições fossem algo como um ENEM para classificar candidatos aptos a aproveitar o mundo digital para ganhar eleições e fazer boa política, provavelmente sobrariam vagas e as excessões confirmariam a regra.

Em 2006, a referência veio do Rio Grande do Sul, onde a jovem e então desconhecida Manuela D'Ávila elegeu-se deputada federal centrada em uma inteligente campanha feita pelo Orkut. Pois bem, em 2010, Manuela reelegeu-se com folga, quase testando a marca de 500.000 votos.  Até o momento em que escrevo essa coluna não consigo identificar casos semelhantes Brasil afora.

E os/as demais?

Marina Silva fez bonito na votação e na captação de recursos de pessoas físicas pela internet. Terão sido esses os motores principais de seus quase 20 milhões de votos? Pouco provável, mas Marina demonstrou de forma pontual como participar do pleito com apoio da tecnologia digital. Talvez ela não tivesse tantos votos, não fosse uma captação de dinheiro miudo de modo tão pulverizado e uma razoável repercussão de suas mensagens nas redes sociais e que apareceram de forma expressive em algumas medicos de tráfego.

OK, a maioria dos candidatos a cargos eletivos criou ou deu um upgrade no Twitter, tentou animar comunidades no Orkut e no Facebook, postou videos no YouTube, mas poucos, muito poucos mesmo, conseguiram estar entre os mais populares.

Tirando as postagens dos comerciais do Tiririca, talvez mais divulgados pelo inusitado do candidato e da facilidade de distribuição na web, eu não consigo fazer uma associação direta entre candidatos bem votados e uma inteligente estratégia digital de campanha.

Ah! Ia esquecendo dos chatos que entupiram caixas postais de entrada ou de spam com e-mails que replicavam os santinhos de papel e as mensagens forjadas de difamações a candidatos com alguma liderança nas pesquisas. Mas essa comunicação via e-mail eu desconsidero, por ineficaz e antiga

Já o segundo turno da campanha presidencial começou quente com a polêmica levantada sobre o aborto, gerando tráfego relevante em todas as redes sociais e quase sempre originada por não militantes partidários e muito menos dos comitês de campanhas, e isso pode ser um indicativo de rumo para o  futuro, com estratégias pautadas pelas características  específicas das autoestradas do mundo digital

Com o desenrolar do pós-campanha, com certeza surgir novos casos de sucesso. Mas não nos esqueçamos das disputas havidas entre os comitês das campanhas mais abonadas para conquistar –a peso de ouro- o concurso de colaboradores ou consultores que trabalharam nas eleições americanas de 2008, eu esperava mais. E o que vimos ficou muito longe do que deles se esperava.

Especialmente em se tratando do Brasil que sempre inova nessa area de tecnologia digital.

Qual o motivo? Vou arriscar um palpite: os marqueteiros tradicionais conseguiram impor mais do mesmo, aproveitando-se das regras do jogo, que passam pelo tal do horário eleitoral gratuito.

Eu esperava um pouco mais de presença das mídias digitais nas eleições 2010, em função do que vem ocorrendo no mundo inteiro e da quantidade de brasileiros conectados regularmente a internet, hoje já a maioria da população

Pode ser -ou é- assim que se elegem nossos representantes, com estratégias calcadas nessa legislação antiga e nas realidades do século XX.

Será melhor assim? Pode até ser, mas eu achei muito chato.


Windows segundo Darwin

The Darwinian Evolution of Windows

Infographic: The Darwinian Evolution of Windows by Tech King

sábado, 2 de outubro de 2010

Urnas Eletrônicas e Fraudes

Sou um ardoroso defensor do modelo brasileiro de urnas eletrônicas e, por vezes, tenho o blog atacado por cassandras do caos que buscam chifres em cabeças nunca dantes corneadas.

Mas o tema de fraudes em urnas eletrônicas ressurge que nem surto de gripe e dengue, e, sintomaticamente isso ocorre após a apuração dos votos e sempre pela boca de candidatos derrotados ou de suas marionetes.

Pois bem, apenas para registro: hoje, 2/10/2010, essas vozes estão caladas, embora todo o processo de preparação das urnas tenha podido ser auditado por todos os partidos. Ou seja, usando o velho ditado do "quem cala consente", tudo de estar OK.

Será que a partir de amanhã alguns dos que não conseguirem emplacar um mandato vão voltar com a velha e surrada cantilena?

A conferir...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Tecnologa e a Lei

Antes de mais nada, uma declaração: sou a favor do cumprimento da lei, embora não concorde com muita coisa que anda por aí. Leis que pegam, leis que não pegam, pouco importa.


Sou especialmente contra leis que nos obrigam a exercer direitos, como é o caso de votar, ou que buscam nos inibir de estar informados por várias fontes, como, por exemplo, a Voz do Brasil e o Horário Político Obrigatório.


Acho uma delícia quando a tecnologia nos habilita a recuperar esses direitos naturais, sem que estejamos ferindo a lei, ao menos até que algum luminar do obscurantismo busque bloqueá-los com uma nova regra oriunda da primeira metade do século XX, quando regimes ditatoriais de direita e esquerda eram a regra em boa parte do mundo.

Dito isso, conto o que ocorreu comigo hoje, pouco antes do meio dia. Estava no carro, com rádio ligado na CBN e a matéria me interessava. Sabia que logo chamariam o Reporter CBN e que, logo depois, por força da lei, teríamos o horário eleitoral gratuito, que de grátis não tem nada, mas isso são outros quinhentos, como se dizia antigamente.

Aí o âncora da CBN nacional avisou que a programação seguia normal pela internet. Eu, que já estava pronto para mudar para a música armazenada no meu iPhone, lembrei que tinha instalado o app* da CBN e resolvi testar... Eureka! Lá estava o som cristalino da CBN, sem horário político e sem infringir a lei!!!!

Eu, que tinha esse app instalado mas com pouquíssimo uso, fiquei feliz da vida com o bom uso da tecnologia, pois não estava nem um pouco a fim de ouvir os programas eleitorais, uma vez que já tenho meus votos definidos e não pretendo mais mudar.

Senti o poder libertador da tecnologia, com seu uso adequado, e com a visão da rádio em ter mais de um canal que não apenas as concedidas ondas hertzianas para comunicar com seu público alvo.

Costumo dizer que a tecnologia digital é uma ferramenta neutra, que tanto pode ser usada para o bem como para o mal.  Nesse caso, foi usada para o bem.

Tomara que o novo Congresso venha renovado não só pela eliminação de trambiqueiros, mas também por parlamentares imbuidos da missão de não obrigar aquilo que não deve ser obrigatório, especialmente em tempos de internet.

Acabemos com a Voz do Brasil, ou no mínimo que ela possa ser transmitida em horário flexível. E com essa horrorosa propaganda eleitoral obrigatória que, além de trazer poucas informações úteis, custa uma fortuna ao contribuinte em termos de renúncias fiscais.

Viva o uso adequado da tecnologia!

*um app, para os não iniciados, significa um programa baixado da loja de aplicativos da Apple para iPhone, iPod e iPad. Programas semelhantes estão disponíveis em outras plataformas de Smartphones.