Será que a Apple descobriu o mapa da mina inesgotável? Será que o charme de seus produtos não encontra concorrentes?
Direto aos pontos: Não, o sucesso não é eterno nem garantido e a concorrência está atenta e viva.
Independente disso, alguns fatores não foram bem abordados pela concorrência. A eles:
1- Tudo que a Apple desenvolve e produz deve responder a uma pergunta fundamental: Isso aí vai melhorar a experiência do usário? Se a resposta é não, deleta-se o projeto e começa-se tudo de novo.
2- A apresentação de cada produto ou serviço é sempre um show de marketing, eventos com luz própria, nunca em feiras gigantes. Isso garante exclusividade na atenção ao que está sendo anunciado
3- A mídia espontânea -mas nem tanto- gerada por formadores de opinião que recebem dicas antecipadas mas parciais porém relevantes do que se passa nos laboratórios da Apple. No caso do iPad, isso foi avaliado em mais de US$ 700 milhões, verba de marketing que nenhuma empresa no mundo dispõe para lançar um produto.
4- A ênfase nos detalhes de cada produto são cuidadosamente estudados para agradar compradores compulsivos, fashionistas, engenheiros, tecnófobos e outras tribos com igual atenção.
5- A expectativa dos próximos lançamentos gera animação constante e vendas adicionais dos produtos já existentes.
6- A Apple, por vocação ou junção dos fatores acima, sempre teve o foco na pessoa física, com raras incursões na pessoa jurídica. Assim, não precisou fazer compromissos com grandes contas nem com grandes e sofisticados aplicativos das corporações.
A Apple também se posiciona com muita competência com suas arquiteturas proprietárias, e aparentemente seus clientes não se importam muito com isso. Lá pela década de 1990 a companhia da maçã, patinando por sua sobrevivência, tentou licenciar a plataforma Macintosh para terceiros, visando aumentar sua base instalada. Foi um fracasso total, obrigando-a a uma retirada nada estratégica de volta ao velho caminho do exclusivo.
Esse posicionamento histórico tem seus riscos, mas eles são menores do que desejaria a concorrência.
Por exemplo, analistas são unânimes em apontar que nos próximos anos (3 a 5, dependendo da análise), a plataforma iOS será apenas a terceira mais usada em smartphones e tablets, atrás do Android, do Google e do Windows Phone, da Microsoft.
É provável que isso aconteça, mas é bom lembrar que o Android tem e terá centenas de versões e de fabricantes nas mais variadas partes do mundo. O Windows Phone será um pouco mais controlado, mas assim mesmo distribuido por múltiplos fabricantes globais.
Já a Apple seguirá sendo única. Em qualquer caso, seus smartphones e tablets tenderão a permanecer no topo da lista dos mais vendidos, contra todos os outros, isoladamente.
Parece claro ainda que na área de música e vídeo, a liderança fica com a Apple por um bom tempo. Nos notebooks, esse não é o caso, mas o topo do mercado, exatamente o mais lucrativo, percebe cada vez mais a atratividade dos Mac. Basta ver sua crescente popularidade em aeroportos, cafés e restaurantes.
Do setor de serviços, agora com o iCloud, vem mais uma tentativa de ser dominante. Sucesso que precisa de uma reinvenção, pois o MobileMe, sua base de lançamento, foi um fracasso total.
Talvez a maior ameaça para a Apple está exatamente no seu imenso sucesso, na medida em que tem mais e diversificados produtos e se propõe a ganhar mais e diversificados mercados.
Crescer e manter qualidade, segurança e especialmente controle desses mercados não são tarefas fáceis.
No conjunto da obra, é mais provável que os grandes adversários da Apple estejam mais para uma Amazon do que para uma HP, mais para um Facebook do que para uma Microsoft.
Isso sem falar na NBT, ou Next Big Thing, acrônimo que acabo de inventar para fins de argumentação. A cada década, o mundo da tecnologia nos brinda com uma nova onda. Nos anos 90, o Google, nos 00 o Facebook, agora, nos 10, ainda não tivemos algo que chacoalhasse o mercado.
Não tivemos? E essa onda da mobilidade, puxada pelo iPhone e pelo iPad? Quem inovará para valer?
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segunda-feira, 4 de julho de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Confissões de uma Criatura Digital por Opção
Sou um profissional e empresário do setor de tecnologia da informação por opção pessoal e também por formação acadêmica no tempo que computadores eram coisa esquisita, rara e cara. Pioneiro, dirão uns, dinossauro, dirão outros. Cada vez mais entusiasta com o setor, digo eu. Pergunto se faz sentido isso, e em conversa com meus botões (soft-buttons de meus dispositivos com tela touch-screen, para estar contemporâneo nesse ano de 2011, pois!) eu por vezes penso que nao deveria ser tão fanático por tecnologia digital, em especial com a que dispomos hoje, que, por sinal, estará obsoleta em pouco tempo...
Pois bem, por dever de ofício, até um par de anos atrás, eu me dedicava em horas vagas a pesquisar os rumos de tecnologia, suas tendências e novas adoções, até para propor internamente na empresa que dirigi até assumir apenas o Conselho de Administração.
Foi então que tive mais tempo para fuçar, descobrir, cotejar e... ficar mais animado com as perspectivas.
Foi por aí que passei a vestir a camisa da Apple, por pura sedução, de um lado, e por um quinto-sentido-e-meio que me dizia ser essa empresa a principal puxadora de novas, práticas e belas tendências nos anos seguintes.
Não estava errado, e passei a ser usuário de produtos Apple, desde o iPod, passando pelo iPhone, pelo MacBook e, mais recentemente, pelo iPad.
Como não estava na linha de frente das operações da empresa, fui aos poucos me desligando também do mundo Windows, que esteve presente em minha vida pessoal e profissional desde os primórdios da criação da Microsoft.
Quando a Apple resolveu, com o Snow Leopard, um problema de compatibilidade prática de seu nativos Mail, iCal e Contacts com as funções básicas do Outlook e do servidor Exchange, pude finalmente liberar uma partição de meu MacBook que tinha uma máquina virtual VMWare com o Windows lá instalado. Mudei do Office para PC para o Office for Mac, também da Microsoft mas com a elegância dos produtos que rodam no Mac.
E pensei: agora estou livre, como usuário, do mundo Windows!
Mas... nem tanto! Sobrava em casa um PC parrudo com boa capacidade de memória em disco que usava esporadicamente para editar algumas fotos em um programa que havia comprado e pra ser meu arquivo mestre de fotos, vídeos, músicas e mesmo de meus escritos, apresentações, planilhas...
Em seguida, mudei o roteador de casa para um Time Capsule, também da Apple, que, além de uma velocidade nunca antes nessa casa experimentada, trazia uma bela capacidade de armazenamento em seu HD.
Pronto, pensei eu. agora sim, estou livre dos virus, dos travamentos, dos paus de programas que tanto infernizaram minha vida, ano após ano.
Mas restava aquele PC que vivia dando problema, inclusive quando um dia o Windows deixava de ser reconhecido como oficial, assim como minha assinatura da Symantec de anti-tudo. Um pouco de trabalho árduo depois e tudo estava resolvido, o PC até que andou direitinho por um par de meses como que a me pedir desculpas, e eu achando que, quando chegasse a hora, eu o sucatearia e mudaria para um belo iMac.
Mas havia algo lá no fundo de minha cabeça que dizia não ser essa mudança geral adequada. Não só pelo investimento, mas pela perda de contato, como usuário, com aquela plataforma mais popular do mundo, a famosa Wintel, que ainda era dominante no mercado.
E eu, como profissional e analista de mercado, não deveria perder esse contato.
Mas, afinal, o que realmenet me incomodava com a Microsoft? Algumas reflexões com meu travesseiro e conversa com colegas e amigos trouxe-me a freudiana resposta: Meu problema era o tal de Windows Vista, provavelmente o equivalente ao Edsel da Ford, não o filho do cara, mas o famigerado e fracassado carro...
Esse meu PC estava com um Windows Vista Home Premium, que era obviamente o mordomo culpado de minha implicância com a Microsoft.
Então resolvi dar ao PC e à Microsoft o benefício da dúvida e comprei uma licença do Windows 7, e usá-lo no meu quase veterano PC. O resultado foi que voltei a sorrir com aquelas janelas coloridas do Windows. Longe de ser perfeito, o 7 é infinitamente melhor que o Vista! E eu sabia disso, ao avaliá-lo quando de seu lançamento e até ao fazer comentários favoráveis em minhas apresentações e consultorias.
Eu sabia mas não praticava!
Mas agora que voltei ao mundo real e eliminei injustos preconceitos com a Microsoft, vou deixar aqui um modesto conselho a Bill e Melinda Gates: consigam que o total das receitas de licença do Windows Vista seja destinado pela Microsoft aos projetos da fundação que vocês dirigem, com os cumprimentos de seus sofridos usuários.
O mundo ficaria bem melhor com essa justa transferência de renda em projetos aos mais necessitados!
Pois bem, por dever de ofício, até um par de anos atrás, eu me dedicava em horas vagas a pesquisar os rumos de tecnologia, suas tendências e novas adoções, até para propor internamente na empresa que dirigi até assumir apenas o Conselho de Administração.
Foi então que tive mais tempo para fuçar, descobrir, cotejar e... ficar mais animado com as perspectivas.
Foi por aí que passei a vestir a camisa da Apple, por pura sedução, de um lado, e por um quinto-sentido-e-meio que me dizia ser essa empresa a principal puxadora de novas, práticas e belas tendências nos anos seguintes.
Não estava errado, e passei a ser usuário de produtos Apple, desde o iPod, passando pelo iPhone, pelo MacBook e, mais recentemente, pelo iPad.
Como não estava na linha de frente das operações da empresa, fui aos poucos me desligando também do mundo Windows, que esteve presente em minha vida pessoal e profissional desde os primórdios da criação da Microsoft.
Quando a Apple resolveu, com o Snow Leopard, um problema de compatibilidade prática de seu nativos Mail, iCal e Contacts com as funções básicas do Outlook e do servidor Exchange, pude finalmente liberar uma partição de meu MacBook que tinha uma máquina virtual VMWare com o Windows lá instalado. Mudei do Office para PC para o Office for Mac, também da Microsoft mas com a elegância dos produtos que rodam no Mac.
E pensei: agora estou livre, como usuário, do mundo Windows!
Mas... nem tanto! Sobrava em casa um PC parrudo com boa capacidade de memória em disco que usava esporadicamente para editar algumas fotos em um programa que havia comprado e pra ser meu arquivo mestre de fotos, vídeos, músicas e mesmo de meus escritos, apresentações, planilhas...
Em seguida, mudei o roteador de casa para um Time Capsule, também da Apple, que, além de uma velocidade nunca antes nessa casa experimentada, trazia uma bela capacidade de armazenamento em seu HD.
Pronto, pensei eu. agora sim, estou livre dos virus, dos travamentos, dos paus de programas que tanto infernizaram minha vida, ano após ano.
Mas restava aquele PC que vivia dando problema, inclusive quando um dia o Windows deixava de ser reconhecido como oficial, assim como minha assinatura da Symantec de anti-tudo. Um pouco de trabalho árduo depois e tudo estava resolvido, o PC até que andou direitinho por um par de meses como que a me pedir desculpas, e eu achando que, quando chegasse a hora, eu o sucatearia e mudaria para um belo iMac.
Mas havia algo lá no fundo de minha cabeça que dizia não ser essa mudança geral adequada. Não só pelo investimento, mas pela perda de contato, como usuário, com aquela plataforma mais popular do mundo, a famosa Wintel, que ainda era dominante no mercado.
E eu, como profissional e analista de mercado, não deveria perder esse contato.
Mas, afinal, o que realmenet me incomodava com a Microsoft? Algumas reflexões com meu travesseiro e conversa com colegas e amigos trouxe-me a freudiana resposta: Meu problema era o tal de Windows Vista, provavelmente o equivalente ao Edsel da Ford, não o filho do cara, mas o famigerado e fracassado carro...
Esse meu PC estava com um Windows Vista Home Premium, que era obviamente o mordomo culpado de minha implicância com a Microsoft.
Então resolvi dar ao PC e à Microsoft o benefício da dúvida e comprei uma licença do Windows 7, e usá-lo no meu quase veterano PC. O resultado foi que voltei a sorrir com aquelas janelas coloridas do Windows. Longe de ser perfeito, o 7 é infinitamente melhor que o Vista! E eu sabia disso, ao avaliá-lo quando de seu lançamento e até ao fazer comentários favoráveis em minhas apresentações e consultorias.
Eu sabia mas não praticava!
Mas agora que voltei ao mundo real e eliminei injustos preconceitos com a Microsoft, vou deixar aqui um modesto conselho a Bill e Melinda Gates: consigam que o total das receitas de licença do Windows Vista seja destinado pela Microsoft aos projetos da fundação que vocês dirigem, com os cumprimentos de seus sofridos usuários.
O mundo ficaria bem melhor com essa justa transferência de renda em projetos aos mais necessitados!
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Seus presentes de Natal podem ter incompatibilidade de gênios!
Se você foi bonzinho(a) durante o ano e Papai Noel atendeu sua lista de presentes, é provável que você tenha ganho um iPod, um iPhone ou um iPad, de um lado e, de outro, um belo par de óculos de sol de qualidade, levinho, charmoso, com lentes protegidas de irradiação UVA e UVB e... polarizados!
Pois é... as telas desses produtos da Apple são polarizadas. Assim, se você está visualizando algo que requeira a mudaã de orientação da tela, aproveitando o acelerômetro dessas engenhocas, prepare–se para ter que tirar os óculos de sol ou virar a cabeça junto com a tela, pois em uma posição combinada tela/lentes a polarização de ambas faz com que a imagem "desapareça"...
Assim, se você tem ou vai ter esses eletrônicos de desejo dessa virada de década e tem planos de comprar aqueles óculos de sol, cuide para que suas lentes não sejam polarizadas, mas sempre com a proteção aos raios infravermelhos, para eliminar esse problema causado pela polarização da tela e das lentes.
Pois é... as telas desses produtos da Apple são polarizadas. Assim, se você está visualizando algo que requeira a mudaã de orientação da tela, aproveitando o acelerômetro dessas engenhocas, prepare–se para ter que tirar os óculos de sol ou virar a cabeça junto com a tela, pois em uma posição combinada tela/lentes a polarização de ambas faz com que a imagem "desapareça"...
Assim, se você tem ou vai ter esses eletrônicos de desejo dessa virada de década e tem planos de comprar aqueles óculos de sol, cuide para que suas lentes não sejam polarizadas, mas sempre com a proteção aos raios infravermelhos, para eliminar esse problema causado pela polarização da tela e das lentes.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Evitando surpresas com a bateria do iPhone
Recebo do Vinicius Sgarbe, da CBN, uma consulta de um ouvinte, via Twitter: sgarbe Vinícius Sgarbe
Finalmente, tenho uma docking station na minha mesinha de cabeceira, onde deixo o iPhone carregando e pronto para me despertar no dia seguite com uma música específica para calibrar meu humor do dia.
Pergunte ao @guymanuel. Ele dá tips and tricks. RT @diegozavaschi: cmo fas para a bateria do iphone durar mais?
Aí vão as dicas.
Aí vão as dicas.
Eu sou um usuário antigo do iPhone, e, no começo me frustrei bastante. Depois eu vi que os demais smartphones têm o mesmo problema e, por fim, conclui que um dos fatores de descarga rápida da bateria deve-se ao uso bem mais intensivo da engenhoca. No meu caso, diga-se de passagem, raramente para falar ao telefone.
Comparando com um carro, o iPhone seria um Hummer, um Bentley ou uma Ferrari, onde o consumo não deve ser uma preocupação do dono. Então eu me adaptei ao consumo alto do meu iPhone, da minha Ferrari digital...
No Settings, eu deixo como padrão o WiFi em Off (desligado). Igualmente com o Bluetooth (em General>Bluetooth>Off). No Settings>General>Auto-Lock eu deixo o tempo de desligar a tela em 1 minuto. Ainda nos Settings, eu vou a Brightness (brilho) e ajusto o cursor na intensidade menor possível que não atrapalhe a visualização, pois o brilho da tela é um ogre de consumo.
Essas providências ajudam, mas o consumo de bateria de meu iPhone ainda fica longe daquela de um celular basicão de telinha pequena. Comparando de novo, minha Ferrari nunca vai ser tão econômica quanto o de um carro de entrada com motor 1.0, quem mandou querer ser upscale no mundo da mobilidade?
Então eu minimizo o inconveniente, com um Mophie Juice Pack Air, que é uma bateria adicional fininha que serve como uma capa protetora do iPhone e, em essência, dobra o tempo entre cargas. Mas isso eu só uso quando vou ficar muito tempo longe de uma tomada ou de meu laptop, que também pode recarregar o iPhone.
Além disso, eu tenho um carregador veicular no meu carro, que mantém a carga da bateria no máximo, e eu aproveito o iPhone para colocar minhas músicas preferidas e também para ligar o GPS do iPhone para me orientar em rotas que não estou muito seguro. Aí já estão duas aplicações do iPhone que me aplacam a dor de consciência de gastar muita energia...
Finalmente, tenho uma docking station na minha mesinha de cabeceira, onde deixo o iPhone carregando e pronto para me despertar no dia seguite com uma música específica para calibrar meu humor do dia.
Ou seja, eu superei o problema do consumo excessivo reduzindo aonde dá, mas essencialmente colocando no caminho de meu iPhone diversas fontes de reabastecimento e, de quebra, criei novas demandas que não existiam antes dele.
Mas é exatamente esse o objetivo da Apple e do Steve Jobs, enriquecer a experiência do usuário e ao mesmo tempo enriquecer os bolsos deles.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
SMARTPHONE: Nome meio certo, meio errado
Cena típica da era analógica: duas adolescentes conversando ao telefone, queimando tempo e energia para descrever a roupa de uma amiga e o que ela fazia ao se encontrar com um menino popular na tribo. Tempo médio da observação: 5 minutos; Tempo médio das descrições: 15 minutos; Precisão das informações: < 20%
Cena típica da era digital, com adolescentes na mesma situação, mas em 2010: uma foto ou um vídeo capturado pelo celular e mandado por e-mail de uma para outra, ou, mais provável ainda: sua postagem no YouTube ou no Facebook, ou no Orkut, com uma chamada pelo Twitter. Tempo médio da observação: 5 minutos; Tempo médio da transmissão: 1 minuto; Precisão das informações: 100%
Agora, às estatísticas brasileiras:
1- As receitas das operadoras de celular já registram faturamento de serviços de internet representando 53% das receitas, contra 47% para SMS (torpedos) e MMS (videotorpedos)
2- Os Serviços de Valor Adicionado (SVA) representam algo entre 15% e 20% das receitas totais. Por SVA entendemos os serviços de informação diversos, musica, jogos, vídeo, TV, localização georeferenciada e muitos outros.
3- No mundo corporativo, quase 10% das linhas de celular já são exclusivamente de dados
4- Em abril deste ano, a teledensidade (ou numero de linhas por 100 habitantes), segundo a Anatel, atingiu 112 no Centro Oeste (puxada por Brasília), 105 no Sudeste, 99 no Sul, e 75v no Norte e Nordeste do Brasil. Ou seja, tirando o Norte e Nordeste, regiões de potencial forte crescimento, o resto do país já está “universalizado”, quando falamos em telefonia móvel
5- Embora a participação de smartphones no bolo ainda seja pequena, 34% dos consumidores pretendem ter um, em sua próxima compra. No mundo corporativo, já são 50% de usuários que possuem um telefoninho esperto.
6- Os usuários de smartphones com mais recursos e planos mais caros chegam a gastar menos de 10% do tempo de uso com voz via operadora.
Peraí... Telefone? Vejamos algumas das principais funcionalidades dos melhores smartphones no mercado brasileiro:
- Câmera fotográfica
- Câmera de vídeo
- Player de musica
- Player de vídeo
- GPS
- Bluetooth
- WiFi
- Mapas
- Internet
- TV Digital
- 1.000.000+ de aplicativos, só contando as lojas da Apple e do Google, embora muita coisa ainda não esteja disponível entre nós
- Ah!!! – e telefone, claro, as boas e velhas chamadas de voz...
Então, dá para seguir chamando essas engenhocas de telefones?
Eu entendo que não! Precisa apenas definir um novo nome ou uma nova sigla. Smartphone não é ruim, pelo Smart. Mas ele definitivamente não tem o phone como seu atributo principal. Um iPhone ou um Blackberry, para ficar em dois ícones da mobilidade esperta, são pouco usados para falar, do modo que nossos avós faziam, ou tentavam fazer quando e se dava linha...
Aberta a sugestão de busca de um novo nome, pois esses aparelhinhos ficarão cada vez mais smart e cada vez menos phone. Então, alguém se habilita?
quinta-feira, 6 de maio de 2010
iPad 3G: Promissor, mas a concorrência vem de onde menos se espera
Finalmente chegou ao mercado -norteamericano, por enquanto- o iPad 3G, que permite seu uso em qualquer lugar onde haja conexão à internet pela operadora de celular. Na loja da Apple em Aventura, Florida, mais de 400 pessoas estavam na fila, antes das 17horas (foto), para serem os primeiros a comprar (máximo de 2 iPads por pessoa)
Até então limitada com o iPhone a planos de fidelização com as operadoras -aqui nos Estados Unidos só com a AT&T- a Apple oferece o iPad 3G desbloqueado, ou quase. Basta fazer um contrato com qualquer operadora e colocar um Micro SimCard no aparelho que você sai navegando de um jeito bem bacana e fácil.
Realmente o tablet da Apple é extremamente atraente para navegação na internet, vídeos e fotos. A tela touch-screen é excelente, embora, como todas da Apple, com ium pouco de reflexo demais, o que desfavorece a função de leitura de livros digitais, quando comparado com os produtos da Amazon (Kindle) e Nook (da Barnes&Noble). Claro que vantagem das cores pode compensar o reflexo, mas, além disso, na data do lançamento, somente 40.000 títulos estavam à venda, algo como 10% dos concorrentes.
E no Brasil?
Hoje, o iPad 3G vai funcionar igualzinho ao iPad Wifi, pois as operadoras brasileiras dizem não ter suporte para o Micro Sim Card. Cada uma dá uma versão diferente, tipo "não está em nossos planos", ou "no momento, estamos apenas estudando".
É óbvio que as operadoras não vão divulgar suas estratégias para o iPad, mas parece razoável que elas esperem um pouco para ver como posicionar o produto no mercado brasileiro para tomar uma decisão. Quem sair na frente, no entanto, é capaz de abiscoitar uma importante parcela de mercado que, embora não gigantesca, representa usuários que pagam mais pelo uso, ou seja, dão margens maiores.
Mas aqui nos Estados Unidos, a concorrência vem de onde menos se imaginava, das próprias operadoras. A Sprint lança no mercado sua rede 4G, que promete ser até 10m vezes mais rápida que a 3G, exatamente a que dá o sobrenome ao mais novo produto da Apple.
Com isso, o mercado para dispositivos móveis com acesso a internet de alta velocidade vai decolar, e exigir adaptações de produtos. Como está no forno o iPhone 4G, é razoável especular que o iPad 3G seja um mero trampolim para um futuro e não tão distante iPad 4G, usando uma versão mais avançada do sistema operacional a ser lançado ainda este ano, o OS4.
Mas ele não será o tão sonhado Snow Leopard, que faz a alegria dos aficcionados no Mac, até por limitações do processador, que a Apple decidiu apostar em tecnologia própria no iPad, contrastando fortemente com o bem sucedido abandono do PowerPC em favor dos chips Intel, que ajudaram a alavancar os Mac para novos patamares de sucesso.
Parece confuso? E é mesmo! Decididamente, o que tanto diferenciou a Apple em lançamentos anteriores -o Fator Surpresa- está um tanto tímido, no caso do iPad. A concorrência vem feroz, o que é bom para nós, usuários.
Mas chegar ao extremo de dizer que o iPad nada mais é do que um iPhonão é simplificar uma análise séria. E dá para antecipar que uma nova versão do iPad chegue em menos de um ano ao mercado com webcam, por exemplo, por conta das funcionalidades multitarefas do OS4.
Na fila das compras da loja da Apple do dia 30, encontrei um empresário brasileiro do ramo de móveis já comprando seus iPad para fazer um teste com o produto para seus vendedores.
Assim, dá para imaginar que o iPad possa conquistar também importantes nichos de mercado no mundo corporativo, inclusive nas pequenas e médias empresas.
A conferir.
Até então limitada com o iPhone a planos de fidelização com as operadoras -aqui nos Estados Unidos só com a AT&T- a Apple oferece o iPad 3G desbloqueado, ou quase. Basta fazer um contrato com qualquer operadora e colocar um Micro SimCard no aparelho que você sai navegando de um jeito bem bacana e fácil.
Realmente o tablet da Apple é extremamente atraente para navegação na internet, vídeos e fotos. A tela touch-screen é excelente, embora, como todas da Apple, com ium pouco de reflexo demais, o que desfavorece a função de leitura de livros digitais, quando comparado com os produtos da Amazon (Kindle) e Nook (da Barnes&Noble). Claro que vantagem das cores pode compensar o reflexo, mas, além disso, na data do lançamento, somente 40.000 títulos estavam à venda, algo como 10% dos concorrentes.
E no Brasil?
Hoje, o iPad 3G vai funcionar igualzinho ao iPad Wifi, pois as operadoras brasileiras dizem não ter suporte para o Micro Sim Card. Cada uma dá uma versão diferente, tipo "não está em nossos planos", ou "no momento, estamos apenas estudando".
É óbvio que as operadoras não vão divulgar suas estratégias para o iPad, mas parece razoável que elas esperem um pouco para ver como posicionar o produto no mercado brasileiro para tomar uma decisão. Quem sair na frente, no entanto, é capaz de abiscoitar uma importante parcela de mercado que, embora não gigantesca, representa usuários que pagam mais pelo uso, ou seja, dão margens maiores.
Mas aqui nos Estados Unidos, a concorrência vem de onde menos se imaginava, das próprias operadoras. A Sprint lança no mercado sua rede 4G, que promete ser até 10m vezes mais rápida que a 3G, exatamente a que dá o sobrenome ao mais novo produto da Apple.
Com isso, o mercado para dispositivos móveis com acesso a internet de alta velocidade vai decolar, e exigir adaptações de produtos. Como está no forno o iPhone 4G, é razoável especular que o iPad 3G seja um mero trampolim para um futuro e não tão distante iPad 4G, usando uma versão mais avançada do sistema operacional a ser lançado ainda este ano, o OS4.
Mas ele não será o tão sonhado Snow Leopard, que faz a alegria dos aficcionados no Mac, até por limitações do processador, que a Apple decidiu apostar em tecnologia própria no iPad, contrastando fortemente com o bem sucedido abandono do PowerPC em favor dos chips Intel, que ajudaram a alavancar os Mac para novos patamares de sucesso.
Parece confuso? E é mesmo! Decididamente, o que tanto diferenciou a Apple em lançamentos anteriores -o Fator Surpresa- está um tanto tímido, no caso do iPad. A concorrência vem feroz, o que é bom para nós, usuários.
Mas chegar ao extremo de dizer que o iPad nada mais é do que um iPhonão é simplificar uma análise séria. E dá para antecipar que uma nova versão do iPad chegue em menos de um ano ao mercado com webcam, por exemplo, por conta das funcionalidades multitarefas do OS4.
Na fila das compras da loja da Apple do dia 30, encontrei um empresário brasileiro do ramo de móveis já comprando seus iPad para fazer um teste com o produto para seus vendedores.
Assim, dá para imaginar que o iPad possa conquistar também importantes nichos de mercado no mundo corporativo, inclusive nas pequenas e médias empresas.
A conferir.
sábado, 3 de abril de 2010
Chegou o iPad
O iPad, o slate computer da Apple, finalmente está nas lojas nos Estados Unidos a partir de hoje, em sua versão WiFi. A versão WiFi + 3G chega no final do mês. No Brasil, a expectativa de disponibilidade é lá para o final de maio. Mas, afinal, vale a pena?
John Sutter, blogueiro da CNN que teve acesso ao iPad antes do lançamento, escreve um interessante tutorial sobre as 12 coisas que você deve saber antes de comprar um iPad (em inglês).
Como eu esperava, o produto vai ter sua prova de fogo no segmento dos livros digitais, onde concorre com o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes&Noble, ambos mais baratos. Já está lançada a briga dos prós (tela colorida, acelerômetro, 140.000 aplicativos do iPhone) e contras (a tecnologia eInk é superior à do iPad, a bateria não pode ser trocada), só para começar...
Mas inegavelmente o iPad chega com forte apelo aos estudantes, pois o mercado de livros digitais está em alta e os aplicativos do iPhone/iPod vão funcionar direto no iPad, além de exibir fotos e vídeos e tocar músicas com a qualidade que a Apple criou para liderar o mercado.
Um ponto que continua a dar razão aos críticos ferozes e sustos aos desavisados usuários é que o iPad também não vai rodar o Flash, da Adobe, disparado o mais popular e melhor exibidor de vídeos na internet. Os otimistas acreditam que o mercado vai rapidamente migrar para o padrão HTML5, que dispensa um player proprietário, com o Flash, mas eu vejo que esse dia ainda vai demorar um bom par de anos, embora seja inevitável.
Enquanto isso, o jeito é conviver com essa limitação, razoável para quem acessa a internet.
Aqui no Brasil, alguns sites de comércio eletrônico já reservam o iPad básico por R$ 1.800, ou um pouco mais de US$ 1.000, mais do dobro do preço americano. Aos afobados, um alerta: essas ofertas são de importadores independentes, e pode ser que não haja garantia e manutenção aqui. Para sair na frente economizando uns trocados, melhor trazer quando for aos Estados Unidos (cabe no limite de isenção de taxas alfandegárias). Para estar seguro, o jeito é aguardar o lançamento entre nós.
Vamos acompanhar de perto como se sai o iPad. Controverso por essas e outras razões, ele tanto pode ser mais um sucesso ou um novo fracasso da Apple. Com certeza ele não fica no meio termo.
Eu sigo apostando que o iPad vai ser um sucesso. A conferir...
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital? - II
Seguindo a postagem anterior, com uma pitada de nostalgia apenas para ilustrar o ponto. Eu sou do tempo que:
Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento. Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!
Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.
Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?
Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar. Ao menos à luz de premissas saudosistas...
- O telefone servia para telefonar (quando dava linha);
- O computador fazia processamento de dados
- O arquivo estava em disco ou fita magnética
- A câmera fotográfica só tirava fotos
- O televisor pegava uns poucos canais de TV aberta
- O som estéreo ficava na sala principal da casa
- Torpedo era coisa mandada por submarino
- O telefone serve mais para ouvir música, jogar joguinho, mandar torpedo
- O computador serve para falar ao vivo com outras pessoas, com imagem de vídeo
- O arquivo que eu mais preciso eu guardo na 'nuvem'
- Filmes do dia-a-dia podem ser feitos com câmera fotográfica ou com o telefone
- O televisor mostra as fotos que tirei, acessa o YouTube e raramente passa o Fantástico
- O som de qualidade está em qualquer lugar, em múltiplos dispositivos, menos na sala
- O Submarino é loja virtual, ao menos até o Brasil construir os seus nucleares
Para quem já tem vários aparelhos digitais, então o Natal pode ser um bom momento de consolidar esse investimento. Pode ser uma boa hora de construir uma rede doméstica, não aquela de pendurar nas paredes ou nas árvores, mas uma rede de computadores que vai servir a muitos aparelhos digitais, inclusive a computadores!
Além dos aparelhos que vou conectar através de cabos da rede, se precisar ligar aparelhos através de um roteador sem fio, a dica é aproveitar a queda de preços do padrão 802.11n, que, além de mais rápidos, normalmente oferecem maior alcance e guardam compatibilidade com os padrões anteriores, o b e o g. Um roteador wireless n hoje custa um pouquinho mais que um equivalente g.
Não é uma boa dica para presente a quem tem tudo, e numa faixa de R$ 300?
Mas esse mundo digital está cada vez mais interessante, fácil de usar e difícil de explicar. Ao menos à luz de premissas saudosistas...
Afinal, o que devo comprar neste Natal Digital?
A cada ano que passa, a tecnologia avança, os preços se reduzem, as opções aumentam, a decisão então...
Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da "Lei de Moore Expandida".
Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore "chutou" aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).
Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!
Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.
O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um "smartphone". Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são "dumbphones", ou "telefones burros".
No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.
Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:
Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.
Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.
Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do "backup" raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.
Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas, um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.
A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.
Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.
Então, pense nisso: Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater. Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.
Revendo algumas recomendações que fiz para Natais anteriores, vejo que até que não errei muito. Minhas previsões foram muito baseadas no que chamaria da "Lei de Moore Expandida".
Gordon Moore, um dos fundadores da Intel certa vez falou a um público seleto que a lógica dos processadores de computador era de a cada 18 meses sua capacidade dobrar e o preço cair pela metade. Moore "chutou" aquilo, mas a coisa pegou e os processadores veem seguindo essa lógica empírica (como ele mesmo reconheceu mais tarde).
Só que hoje todos os produtos digitais são microprocessados, do computador ao celular, do televisor à filmadora, passando por dispositivos de rede, de armazenamento, enfim, tudo!
Assim, a Lei de Moore começou a ter aplicabilidade a um leque enorme de produtos e de serviços digitais, ainda mais com a disseminação universal da internet.
O que está ficando confuso, hoje em dia, é definir o que é um segmento de mercado. Vamos ver o exemplo de um iPhone. Em tese, é um celular -telefone!- com algumas ou muitas funcionalidades adicionais, que acabou categorizado como um "smartphone". Se isso é verdade, e não apenas um rótulo de marketing, adicionem-se todos os demais smartphones e chegamos a um mercado que hoje passa de 10% mas não chega a 20% das unidades de celulares comercializadas, dependendo do país ou da região. Assim, por exclusão, 80% -no mínimo- dos celulares vendidos no mundo não são smartphones; logo, são "dumbphones", ou "telefones burros".
No Brasil, 40% dos acessos à internet feitos por dispositivos móveis são originados de iPhone, que tem míseros 2% de market share. Ou seja, quem tem iPhone definitivamente usa relativamente pouco a função de telefonia por voz.
Vamos agora ao mundo do entretenimento doméstico, hoje centrado nos televisores digitais de alta definição, um home-theater e boas opções de conteúdo. É só olhar as ofertas que vamos ver algumas tendências:
- Os televisores e os receivers estão recheados de portas HDMI, USB e acesso à internet;
- 1 em cada 3 ofertas de player BluRay também acessam a internet e navegam direto no YouTube
- Câmeras fotográficas e filmadoras de ponta trabalham com imagens 1080p, algumas também podem postar conteúdo na internet
- Quem tem essas geringonças todas usa muito pouco de suas funcionalidades e tem um monte de cabos e fios que fazem verdadeiros ninhos de rato nos lares
Devemos, enfim, pensar antes nas funcionalidades que pretendemos, e de que forma podemos otimizá-las, não só em termos de custo, como -e especialmente- de praticidade.
Dá para afirmar que, se temos um orçamento capaz de comprar e manter essa diversidade de dispositivos digitais, vale a pena planejar o futuro, antes de fazer as compras do presente.
Explico melhor: com toda essa modernidade, será que estamos melhor equipados? Por exemplo, quando precisamos recuperar uma sequência de fotos da década passada e não as achamos ou não temos como lê-las. O tal do "backup" raramente funciona a longo prazo, e quase tudo aquilo que nos gera a decisão de compra é esquecido após o início do uso dos digitais.
Ora, se uma TV tem acesso à internet, um celular pode fazer fotos maravilhosas, um computador é um apoio importante a um escritor ou a um músico, e os livros digitais estão chegando, mas outros dispositivos também são bons, eu acho que um iPhone não é só um telefone, um player BluRay não é só um toca video HD, um computador de mesa pode ser uma central multimídia, ou o servidor de uma rede doméstica, e por aí vai.
A compatibilidade entre os equipamentos é algo a ser cuidado, e merece mais detalhamento. Mas, no Natal de 2009, pense naquilo que você pretende comprar e como você vai conectá-lo em seus outros equipamentos digitais.
Para começar, ele deve ter portas USB e/ou HDMI, estas últimas o novo padrão para transmitir imagens de alta definição e, na maioria dos casos, o som aberto e multicanal que acompanha.
Então, pense nisso: Duas interfaces que facilitam a conexão entre dispositivos digitais, USB e HDMI. Há um ano atrás, poderiam ser opcionais em um televisor de alta definição ou em um Home Theater. Em 2009, já são a regra. E, supondo que você poderá ter muitas conexões, quanto mais portas desse tipo você tiver nos aparelhos que ficam em casa, melhor.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Vendas recordes de PCs este ano no Brasil. Isso é bom?
Notícia do Computerworld mostra otimismo da indústria de computadores no Brasil, com vendas recordes no final do ano. Isso é necessariamente bom?
Chama atenção que "A consultoria IT Data está projetando vendas de 3,34 milhões de PCs entre outubro e dezembro de 2009, número 26% superior ao mesmo período do ano passado. No ano completo, no entanto, a empresa estima uma queda de 3%".
Ora, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e só 3% menos que todo 2008 no acumulado certamente é motivo de comemoração. Afinal, mostra que o Brasil entrou depois e saiu antes da crise, que nossa economia está arrumada e tudo mais.
Pegando o número de uma pesquisa recente, vemos que, em fevereiro deste ano, existiam 63 milhões de internautas no Brasil, de tudo que é tipo, incluindo aí os que acessam eventualmente do celular, de lan houses, de bibliotecas, da casa de amigos ou parentes. Isso dá cerca de 1/3 da população. Pouco, muito pouco...
Aí comparamos preços daqui e dos Estados Unidos. Um netbook médio entre nós sai por R$ 1.500. O equivalente lá, vem por US$ 290, ou R$ 510, ao câmbio de R$ 1,76 por dolar. Um iPhone está a bagatela de R$ 3.000 no pré-pago, ou com sorte, se a operadora vai com sua cara, por R$ 990,00, enquanto que o plano padrão da AT&T, o iPhone sai por US$ 199(3GS), ou R$ 350. O "velho" 3G sai por US$ 99, ou R$ 174...
E olhem que estamos ainda sob a tal "Lei do Bem", uma evolução da "MP do Bem", que isentou ou reduziu tributos e contribuições para computadores até um certo porte. Em 31/12 deste ano isso acaba, embora a indústria esteja negociando a sua manutenção por mais tempo, com razoáveis chances de sucesso.
Ainda assim é caro comprar um treco digital no Brasil. Muito caro!
Suspeito que, mesmo com a redução tributária a carga ainda é alta, e, quem sabe, as margens da cadeia produtiva e do varejo também.
Suponhamos, por um momento, que nossos preços aqui no mercado fossem "só" uns 40% mais do que lá fora. Então, esse mesmo netbook de US$ 250 ou R$ 440 sairia aqui por R$ 616,00, ou menos da metade do preço atualmente praticado, com impostos baixos e tudo. E um iPhone seria ofertado por R$ 490,00, ou metade da melhor oferta atul.
Façam as contas com qualquer outra linha de produtos digitais. Tentem câmeras fotográficas, filmadoras, outros modelos de celular, pendrives, players de música, HDs externos, enfim... achem algo que aqui no Brasil, comprado em loja real ou virtual, tenhamos preços decentes.
MP do Bem? Lei do Bem?
Viva o povo brasileiro que compra tudo mais caro e ainda acha bom. Eu incluido nesse meio.
Chama atenção que "A consultoria IT Data está projetando vendas de 3,34 milhões de PCs entre outubro e dezembro de 2009, número 26% superior ao mesmo período do ano passado. No ano completo, no entanto, a empresa estima uma queda de 3%".
Ora, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e só 3% menos que todo 2008 no acumulado certamente é motivo de comemoração. Afinal, mostra que o Brasil entrou depois e saiu antes da crise, que nossa economia está arrumada e tudo mais.
Pegando o número de uma pesquisa recente, vemos que, em fevereiro deste ano, existiam 63 milhões de internautas no Brasil, de tudo que é tipo, incluindo aí os que acessam eventualmente do celular, de lan houses, de bibliotecas, da casa de amigos ou parentes. Isso dá cerca de 1/3 da população. Pouco, muito pouco...
Aí comparamos preços daqui e dos Estados Unidos. Um netbook médio entre nós sai por R$ 1.500. O equivalente lá, vem por US$ 290, ou R$ 510, ao câmbio de R$ 1,76 por dolar. Um iPhone está a bagatela de R$ 3.000 no pré-pago, ou com sorte, se a operadora vai com sua cara, por R$ 990,00, enquanto que o plano padrão da AT&T, o iPhone sai por US$ 199(3GS), ou R$ 350. O "velho" 3G sai por US$ 99, ou R$ 174...
E olhem que estamos ainda sob a tal "Lei do Bem", uma evolução da "MP do Bem", que isentou ou reduziu tributos e contribuições para computadores até um certo porte. Em 31/12 deste ano isso acaba, embora a indústria esteja negociando a sua manutenção por mais tempo, com razoáveis chances de sucesso.
Ainda assim é caro comprar um treco digital no Brasil. Muito caro!
Suspeito que, mesmo com a redução tributária a carga ainda é alta, e, quem sabe, as margens da cadeia produtiva e do varejo também.
Suponhamos, por um momento, que nossos preços aqui no mercado fossem "só" uns 40% mais do que lá fora. Então, esse mesmo netbook de US$ 250 ou R$ 440 sairia aqui por R$ 616,00, ou menos da metade do preço atualmente praticado, com impostos baixos e tudo. E um iPhone seria ofertado por R$ 490,00, ou metade da melhor oferta atul.
Façam as contas com qualquer outra linha de produtos digitais. Tentem câmeras fotográficas, filmadoras, outros modelos de celular, pendrives, players de música, HDs externos, enfim... achem algo que aqui no Brasil, comprado em loja real ou virtual, tenhamos preços decentes.
MP do Bem? Lei do Bem?
Viva o povo brasileiro que compra tudo mais caro e ainda acha bom. Eu incluido nesse meio.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Bateria do iPhone: Meia Boca
Antes de mais nada, declaro ser um fã de carteirinha da Apple e do Steve Jobs. Já fui até rotulado de "Comentarista Sectário", por só falar bem dos produtos e da tecnologia da Apple.
Pode ser, mas é fato que a Apple torna seus produtos e serviços únicos no mundo, por ter um apelo de beleza, praticidade, funcionalidade e, sobretudo, charme, muito charme.
Na safra recente dos Mac, iPod e iPhones, é uma boa surpresa atrás da outra - ou quase - mas o iPhone 3G, o mais vendido de todos os smartphones nos ultimos 12 meses, tem um ponto fraco: a duração da bateria.
Em uso normal, ela precisa ser recarregada diariamente, lembrando os nada saudosos tempos do celular analógico. Não por acaso, os acessórios que mais fazem sucesso, depois das capas de silicone são os carregadores de bateria para carro e as "piggyback batteries" uma delas no formato de uma capa, um pouco mais grossa e pesada, mas que dá mais algumas dezenas de minutos de autonomia.
Já ouvi o argumento que, afinal, o iPhone não é apenas um celular ou mesmo um smartphone. Na verdade, é uma nova e completa plataforma digital, um verdadeiro canivete suiço da era da internet. Tudo isso é verdade, mas nos concorrentes que emulam o iPhone, a bateria é mais durável.
Já li que o sistema operacional 3.0 do iPhone deveria ser mais econômico no consumo de energia (versão da Apple), mas os usuários, de modo geral, seguem se queixando, do mesmo jeito.
No meu caso, vou trocar a bateria do meu antes mesmo de um ano de uso. E o "saco" é ter de levar na autorizada para fazer essa operação simples em qualquer outro aparelho, pois, no caso do iPhone, leigos não podem abrí-lo nem mesmo para instalar uma simples bateria.
Provavelmente terei uma surpresa quanto ao preço... Mas será menos ruim do que a que ouvi de um vendedor em uma loja da Apple, que me recomendou usar o iPhone mais como telefone e a desabilitar as funções 3G e WiFi, que a bateria duraria mais.
Pode ser, mas assim eu não preciso do iPhone. E a Apple não pode se dar ao luxo de ter vendedores que pedem para você não usar o aparelho para aquelas funções que fazem do iPhone um produto diferenciado nesse tão competitivo mercado.
Pode ser, mas é fato que a Apple torna seus produtos e serviços únicos no mundo, por ter um apelo de beleza, praticidade, funcionalidade e, sobretudo, charme, muito charme.
Na safra recente dos Mac, iPod e iPhones, é uma boa surpresa atrás da outra - ou quase - mas o iPhone 3G, o mais vendido de todos os smartphones nos ultimos 12 meses, tem um ponto fraco: a duração da bateria.
Em uso normal, ela precisa ser recarregada diariamente, lembrando os nada saudosos tempos do celular analógico. Não por acaso, os acessórios que mais fazem sucesso, depois das capas de silicone são os carregadores de bateria para carro e as "piggyback batteries" uma delas no formato de uma capa, um pouco mais grossa e pesada, mas que dá mais algumas dezenas de minutos de autonomia.
Já ouvi o argumento que, afinal, o iPhone não é apenas um celular ou mesmo um smartphone. Na verdade, é uma nova e completa plataforma digital, um verdadeiro canivete suiço da era da internet. Tudo isso é verdade, mas nos concorrentes que emulam o iPhone, a bateria é mais durável.
Já li que o sistema operacional 3.0 do iPhone deveria ser mais econômico no consumo de energia (versão da Apple), mas os usuários, de modo geral, seguem se queixando, do mesmo jeito.
No meu caso, vou trocar a bateria do meu antes mesmo de um ano de uso. E o "saco" é ter de levar na autorizada para fazer essa operação simples em qualquer outro aparelho, pois, no caso do iPhone, leigos não podem abrí-lo nem mesmo para instalar uma simples bateria.
Provavelmente terei uma surpresa quanto ao preço... Mas será menos ruim do que a que ouvi de um vendedor em uma loja da Apple, que me recomendou usar o iPhone mais como telefone e a desabilitar as funções 3G e WiFi, que a bateria duraria mais.
Pode ser, mas assim eu não preciso do iPhone. E a Apple não pode se dar ao luxo de ter vendedores que pedem para você não usar o aparelho para aquelas funções que fazem do iPhone um produto diferenciado nesse tão competitivo mercado.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Da Inutilidade das "Exclusividades" no Mundo Digital
Deu no G1: Hacker de 19 anos desbloqueia o novo iPhone 3G S da Apple
Jovem anuncia quebra duas semanas após lançamento do smartphone.
George Hotz já havia sido primeiro a quebrar código do iPhone em 2007
Ou seja, com toda a tecnologia do mundo, a Apple não conseguiu deixar fechado o novíssimo iPhone 3GS, apenas duas semanas depois de seu lançamento nos Estados Unidos. Repete-se a cena do iPhone original e do 3G. Só que esse do 3GS levou menos tempo. E o menino agora já tem 19 anos, em vez dos 17 anos dos tempos do iPhone original.
O aparato para burlar essas restrições visando -no caso- privilegiar acordos comerciais com uma ou várias operadoras é modesto: um computador com acesso à internet, uma bancadinha com alguns aparelhos eletrônicos para ler e gravar chips e um pouco de disposição.
Vale, no caso, mais os 15 minutos de fama do jovem Hotz e sua satisfação de ter quebrado a segurança da poderosa Apple do que eventuais retornos financeiros. Afinal, o iPhone desbloqueado não vai ter vantagens nem subsídios com outras operadoras. logo não é um 'deal' interessante para o usuário. Este vai se motivar para mostrar que pode também independer de amarras.
Mas o modelo proprietário da Apple segue vitorioso. Por exemplo, aqui nas nossas bandas, é proibido comprar músicas e vídeos no iTunes, salvo se você tiver uma conta e um endereço postal nos países que são escolhidos pela empresa como 'sérios'.
Mas o moço já deve ter seu futuro assegurado, se quiser. Provavelmente ele está sendo assediado pela própria Apple ou por concorrentes para trabalhar em troca de um polpudo salário e, quem sabe, até o caro custeio de uma universidade de primeira linha.
É assim que a tecnologia digital também avança. Através de hackers como George Hotz.
Jovem anuncia quebra duas semanas após lançamento do smartphone.
George Hotz já havia sido primeiro a quebrar código do iPhone em 2007
Ou seja, com toda a tecnologia do mundo, a Apple não conseguiu deixar fechado o novíssimo iPhone 3GS, apenas duas semanas depois de seu lançamento nos Estados Unidos. Repete-se a cena do iPhone original e do 3G. Só que esse do 3GS levou menos tempo. E o menino agora já tem 19 anos, em vez dos 17 anos dos tempos do iPhone original.
O aparato para burlar essas restrições visando -no caso- privilegiar acordos comerciais com uma ou várias operadoras é modesto: um computador com acesso à internet, uma bancadinha com alguns aparelhos eletrônicos para ler e gravar chips e um pouco de disposição.
Vale, no caso, mais os 15 minutos de fama do jovem Hotz e sua satisfação de ter quebrado a segurança da poderosa Apple do que eventuais retornos financeiros. Afinal, o iPhone desbloqueado não vai ter vantagens nem subsídios com outras operadoras. logo não é um 'deal' interessante para o usuário. Este vai se motivar para mostrar que pode também independer de amarras.
Mas o modelo proprietário da Apple segue vitorioso. Por exemplo, aqui nas nossas bandas, é proibido comprar músicas e vídeos no iTunes, salvo se você tiver uma conta e um endereço postal nos países que são escolhidos pela empresa como 'sérios'.
Mas o moço já deve ter seu futuro assegurado, se quiser. Provavelmente ele está sendo assediado pela própria Apple ou por concorrentes para trabalhar em troca de um polpudo salário e, quem sabe, até o caro custeio de uma universidade de primeira linha.
É assim que a tecnologia digital também avança. Através de hackers como George Hotz.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Tem mensagem para Steve Jobs: "Te cuida, iPhone!"
Deu no Computerword da internet:
iPhone Killer? Nokia lança telefone com tela sensível ao toque
Primeiro toutch screen da Nokia virá com um ano de downloads grátis da loja online Nokia Music Store que chega ao Brasil em 2009.
Vale a pena ler a matéria. O novo produto da Nokia chega às lojas em lançamento simultâneo no mundo todo, para bater de frente com a Apple e com o iPhone.
As características são parecidas, mas as especificações do 5800 XpressMusic parecem mais completas, e promete acesso ao Nokia Music Store, por enquanto um tímido concorrente da Apple Store e do iTunes.
Mas a Nokia não poderia ficar passiva ao ataque avassalador da Apple no seu território de celulares, onde ela reina há vários anos. E ela começa atacando exatamente os pontos fortes do iPhone e pretende ir além, ofertando músicas grátis por um ano e aprimorando alguns pontos fracos do iPhone, como câmera e flash.
Minha primeira reação foi: "Viva a concorrência!" A Apple, afinal, está muito orgulhosa de seu sucesso com o iPhone, indiscutivelmente uma nova referência em dispositivos móveis.
Aparentemente, Steve Jobs de novo deixa passar a oportunidade de consolidar um padrão de mercado, ao manter todo o projeto fechado, sob mais de 200 patentes, limitando parcerias e esnobando mercados importantes como o nosso, fazendo com que aqui o iPhone chegue manco, pois não temos todas as ofertas que os americanos, por exemplo, já desfrutam, como o acesso ao download de músicas e de vídeos.
Essa história de sucesso do iPhone, pela primeira vez me faz relembrar o sucesso do Macintosh, lá atrás, na década de 80, quando o tal do Bill Gates e a tal da Microsoft eram figuras secundárias no mundo da tecnologia. Aí veio o Windows e a história saiu diferente do script da Apple, para o bem e para o mal...
Vamos ver agora, com a Nokia se mexendo nesse mercado, que pode ser algo parecido com o elefante na loja de cristais...
Eu particularmente, torço pela concorrência acirrada. E que vença o melhor! No mínimo, vamos poder ter a opção da escolha.
Será que a luta pela supremacia da preferência dos consumidores de smartphones vai ser disputada entre a Nokia, a Apple e a RIM, com seu onipresente Blackberry no mundo corporativo?
Alguém para apostas??
iPhone Killer? Nokia lança telefone com tela sensível ao toque
Primeiro toutch screen da Nokia virá com um ano de downloads grátis da loja online Nokia Music Store que chega ao Brasil em 2009.
Vale a pena ler a matéria. O novo produto da Nokia chega às lojas em lançamento simultâneo no mundo todo, para bater de frente com a Apple e com o iPhone.
As características são parecidas, mas as especificações do 5800 XpressMusic parecem mais completas, e promete acesso ao Nokia Music Store, por enquanto um tímido concorrente da Apple Store e do iTunes.
Mas a Nokia não poderia ficar passiva ao ataque avassalador da Apple no seu território de celulares, onde ela reina há vários anos. E ela começa atacando exatamente os pontos fortes do iPhone e pretende ir além, ofertando músicas grátis por um ano e aprimorando alguns pontos fracos do iPhone, como câmera e flash.
Minha primeira reação foi: "Viva a concorrência!" A Apple, afinal, está muito orgulhosa de seu sucesso com o iPhone, indiscutivelmente uma nova referência em dispositivos móveis.
Aparentemente, Steve Jobs de novo deixa passar a oportunidade de consolidar um padrão de mercado, ao manter todo o projeto fechado, sob mais de 200 patentes, limitando parcerias e esnobando mercados importantes como o nosso, fazendo com que aqui o iPhone chegue manco, pois não temos todas as ofertas que os americanos, por exemplo, já desfrutam, como o acesso ao download de músicas e de vídeos.
Essa história de sucesso do iPhone, pela primeira vez me faz relembrar o sucesso do Macintosh, lá atrás, na década de 80, quando o tal do Bill Gates e a tal da Microsoft eram figuras secundárias no mundo da tecnologia. Aí veio o Windows e a história saiu diferente do script da Apple, para o bem e para o mal...
Vamos ver agora, com a Nokia se mexendo nesse mercado, que pode ser algo parecido com o elefante na loja de cristais...
Eu particularmente, torço pela concorrência acirrada. E que vença o melhor! No mínimo, vamos poder ter a opção da escolha.
Será que a luta pela supremacia da preferência dos consumidores de smartphones vai ser disputada entre a Nokia, a Apple e a RIM, com seu onipresente Blackberry no mundo corporativo?
Alguém para apostas??
domingo, 15 de junho de 2008
Vem aí o iPhone 3G: vai balançar o mercado de celulares
Agora é oficial: A Apple anuncia em seu site o lançamento de seu iPhone 3G no próximo dia 11 de julho. A apresentação foi feita por Steve Jobs no forum de desenvolvedores da Apple, no Moscone Center de San Francisco, no último dia 11 de junho.
Embora mundial, ele não terá efeitos imediatos no Brasil, onde os iPhones chegam por importação direta e sem garantia de fábrica. Então, o que muda?
O fato é que a Apple entrou há 16 meses no mercado de celulares com um modelo apenas -o iPhone- e com uma operadora, a AT&T, nos Estados Unidos. Recentemente começou a vendê-los em alguns países da Europa e da Ásia. Nesses países, a 3a geração de celulares já é realidade, com conexões de altíssima velocidade e preços de uso muito baixo.
E o iPhone atual é de tecnologia da geração 2.5 (GSM), que roda com limitações de velocidade na comunicação de dados, pela rede EDGE, coisa como uma rede discada em termos de velocidade. O iPhone é hoje voltado ao mercado do consumidor final, sem foco no usuário corporativo, por não ter velocidade de comunicação de dados nem os aplicativos mais importantes que as empresas utilizam, como conectividade com correio eletrônico corporativo e aplicações como o Office, da Microsoft, dentre outras.
Mesmo assim, o iPhone virou uma febre, um verdadeiro "cult", e mesmo executivos de todos os naipes andam por lá (e por aqui) com seu iPhone como segundo ou terceiro aparelho, quando não como o principal.
Com todas essas limitações, a Apple chegou a 22% do mercado de smartphones, esses celulares com multifunções, chegando perto dos líderes BlackBerry (RIM) e Nokia. Isso com um modelo apenas, em 16 meses, com mercado limitado por decisão própria do fabricante.
Agora a bomba: o iPhone 3G vai chegar mais leve, mais fino, com o dobro da capacidade, pronto para as redes 3G de alta velocidade e vai custar a metade do preço do iPhone atual. Ou seja, a configuração inicial custará US$ 199 nos Estados Unidos, junto com o plano da operadora. E virá com GPS, aplicativos de mapas, acesso WiFi à internet e muito mais.
Isso vai dar uma destroncada na estratégia dos demais fabricantes de celulares e das operadoras, que terão que rever seus planos urgentemente. O mercado de celulares não será o mesmo após 11/07/2008, tomem nota!
E o Brasil? Bem, aqui a Claro e a Vivo já anunciaram que trarão o iPhone. Isso vai obrigar as demais operadoras a repensar suas estratégias. Os fabricantes idem, já que eles têm incentivos fiscais generosos para produzir seus aparelhos no Brasil e a Apple não tem planos para fazê-los aqui, assim como não fabrica seus computadores Macintosh e o famoso iPod.
Embora muitos fabricantes tenham anunciado produtos com características que podem concorrer com o iPhone, parece que, desta vez, a Apple entrou com a clara intenção de liderar o mercado de comunicação móvel. Qualquer que seja o desfecho desta briga, quem vai ganhar é o usuário, você, eu, mesmo com aparelhos e planos de concorrentes. E, talvez, a Apple...
Embora mundial, ele não terá efeitos imediatos no Brasil, onde os iPhones chegam por importação direta e sem garantia de fábrica. Então, o que muda?
O fato é que a Apple entrou há 16 meses no mercado de celulares com um modelo apenas -o iPhone- e com uma operadora, a AT&T, nos Estados Unidos. Recentemente começou a vendê-los em alguns países da Europa e da Ásia. Nesses países, a 3a geração de celulares já é realidade, com conexões de altíssima velocidade e preços de uso muito baixo.
E o iPhone atual é de tecnologia da geração 2.5 (GSM), que roda com limitações de velocidade na comunicação de dados, pela rede EDGE, coisa como uma rede discada em termos de velocidade. O iPhone é hoje voltado ao mercado do consumidor final, sem foco no usuário corporativo, por não ter velocidade de comunicação de dados nem os aplicativos mais importantes que as empresas utilizam, como conectividade com correio eletrônico corporativo e aplicações como o Office, da Microsoft, dentre outras.
Mesmo assim, o iPhone virou uma febre, um verdadeiro "cult", e mesmo executivos de todos os naipes andam por lá (e por aqui) com seu iPhone como segundo ou terceiro aparelho, quando não como o principal.
Com todas essas limitações, a Apple chegou a 22% do mercado de smartphones, esses celulares com multifunções, chegando perto dos líderes BlackBerry (RIM) e Nokia. Isso com um modelo apenas, em 16 meses, com mercado limitado por decisão própria do fabricante.
Agora a bomba: o iPhone 3G vai chegar mais leve, mais fino, com o dobro da capacidade, pronto para as redes 3G de alta velocidade e vai custar a metade do preço do iPhone atual. Ou seja, a configuração inicial custará US$ 199 nos Estados Unidos, junto com o plano da operadora. E virá com GPS, aplicativos de mapas, acesso WiFi à internet e muito mais.
Isso vai dar uma destroncada na estratégia dos demais fabricantes de celulares e das operadoras, que terão que rever seus planos urgentemente. O mercado de celulares não será o mesmo após 11/07/2008, tomem nota!
E o Brasil? Bem, aqui a Claro e a Vivo já anunciaram que trarão o iPhone. Isso vai obrigar as demais operadoras a repensar suas estratégias. Os fabricantes idem, já que eles têm incentivos fiscais generosos para produzir seus aparelhos no Brasil e a Apple não tem planos para fazê-los aqui, assim como não fabrica seus computadores Macintosh e o famoso iPod.
Embora muitos fabricantes tenham anunciado produtos com características que podem concorrer com o iPhone, parece que, desta vez, a Apple entrou com a clara intenção de liderar o mercado de comunicação móvel. Qualquer que seja o desfecho desta briga, quem vai ganhar é o usuário, você, eu, mesmo com aparelhos e planos de concorrentes. E, talvez, a Apple...
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