quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os limites da internet

Os limites de segurança, de liberdade e de privacidade da internet sempre são objeto de discussões, de iniciativas de imposição de limites, das diferenças entre a internet e outros canais de comunicação.

Dos fechadíssimos Irã, Coréia do Norte e Cuba às comunidades anárquicas que pregam o “pode tudo”, passando pelo controverso WikiLeaks, O fato é que, com 1/3 da humanidade conectada principalmente através das redes sociais, aplicativos como o Google Maps e o Instagram fazem a festa dos que negam controles, restrições, censura.

No plano internacional, uma postagem no Twitter de uma rádio no Afeganistão quebrou o forte sigilo que a segurança de Barack Obama fez durante sua viagem a Kabul, neste 1° de maio. Assim que o Air Force 1 pousou na base militar americana o Twitter anunciou a chegada de Obama.

Seguiram-se desmentidos oficiais, logo tendo que ser des-desmentidos pelas autoridades. Mas a viagem secreta de Obama vazou…

No plano local, o ex governador Anthony Garotinho deitou e rolou com fotos e vídeos comprometedores de festas em restaurantes e cassinos caríssimos tendo como personagem principal seu ex-aliado e adversário preferido, o governador Sérgio Cabral.

Sem internet, nenhum desses eventos teria repercussão. Com ela, os eventos repercutidos dependem cada vez menos de seus criadores e muito mais das conexões da rede.

O quê fazer, se um caso pode impactar com a segurança do lider maior da potência maior e o outro pode mostrar a inconveniência maior de atitudes menores em detrimento de bens comuns, como a decência e o dinheiro público?

Para os defensores de um big brother centralizador e, de outro lado, os pregadores da liberdade total, uma boa e uma má notícia:
  • A internet, como toda inovação que transforma as relações humanas e ganha adoção em massa, terá algum tipo de regulação.
  • Essa regulação não será nem tão forte que dará gozo aos Kim-Jong da vida nem será frouxa demais que deixaria o Julian Assange, criador do WikiLeaks bradar “eu estava certo!”
Dependendo de quem as lê, a notícia boa e a ruim podem ser uma ou outra, assim fica livre à interpretação de cada um.

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