terça-feira, 4 de março de 2008

A Ausência de um Formato Padrão para Música Digital

Quero comentar sobre os padrões de gravação de música digital, pelos ouvidos e bolsos dos usuários. Embora haja um acordo sobre o padrão mp3 de compressão e registro, a verdade é que o "padrão" de fato varia entre os 3 principais atores do ramo -nenhuma gravadora ou empresa do mundo antigo da música!

Hoje quem domina a maior parte do mundo dos downloads legais e pagos da música pela internet, um negócio de dezenas de bilhões de dólares ao ano, são 3 conhecidas do mundo digital: Apple, Nokia e Microsoft, nessa ordem. E, embora os programinha de tocar música ou de sincronização com dispositivos portáteis reconheçam o padrão mp3, cada uma dessas empresas tem seu padrão próprio, alegando melhoria de performance e de qualidade.

O fato é que as três competem entre si para dominarem esse mercado. Nos Estados Unidos, parte da Europa e alguns países da Ásia, a Apple é campeã disparada, e mesmo onde ela não vende através da Apple Store e do iTunes, quem tem o iPod acaba usando o padrão da Apple; já quem ouve música pelo celular, tem chances de ter um Nokia, e de usar seu padrão; e, no caso da Microsoft, bem é a Microsoft com seu Windows Media Player presente na maioria absoluta dos computadores e numa fatia interessante de telefones celulares, e seu padrão acaba sendo o escolhido por inércia ou até por desconhecimento dos usuários.

Na minha opinião, esse é um erro estratégico dessas grandes empresas, pois no mundo de hoje não há espaço mais para padrões proprietários. Existem programas de conversão de um padrão para outro (os CODECs), mas sempre há perda de qualidade. O mercado é grande, já, mas poderia ser imenso se houvesse um padrão global aceito por todas as empresas, como é a porta USB como conectividade de aparelhos digitais.

Enquanto persistirem padrões concorrentes, uma ou outra empresa podem se beneficiar. No caso atual, parece até que há uma divisão de mercado, à las gangues mafiosas, com a Microsoft ficando com os computadores, a Apple com os players de música e a Nokia com os celulares. Mas, como elas competem entre si nesses 3 ramos, esperamos ver uma sangrenta batalha, onde o vencedor, certamante, não será o público consumidor.

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