segunda-feira, 8 de março de 2010

Soluções de mobilidade demoram para emplacar no Brasil

Está escrito em 10 de 10 previsões de analistas do setor de tecnologia: as soluções que envolvem recursos de dispositivos móveis, especialmente os smartphones, GPS e tablets são a grande avenida de crescimento do mundo digital.  O Brasil, no entanto, está em posições tímidas em qualquer ranking, quando o assunto é mobilidade.  Estranho?

Nem tanto...  Se levarmos em conta os custos absurdos que somos obrigados a encarar, tanto para compra de hardware como para uso de redes de acesso à internet, entendemos os motivos que nos colocam em posições medíocres, mesmo se comparados com nossos vizinhos latinoamericanos.

E o debate fica perigosamente desfocado quando vai para a reativação da Telebrás, supostamente para prover banda larga a qualquer cidadão em qualquer lugar do Brasil.

Assim, enquanto discutimos o sexo dos anjos, perdemos preciosas oportunidades de oferecer às nossas empresas e aos nossos cidadãos já incluidos digitalmente, as soluções decentes que usam intensamente os recursos da mobilidade digital.

Enquanto tivermos que pagar preços várias vezes maiores do que os praticados em outras plagas do planeta, não há milagre a operar. Vamos ficando para trás, em uma era onde estar presente em qualquer lugar -como permite a internet- não é mais fator crítico de sucesso, mas uma necessidade vital.

Alta carga tributária, um marco regulatório esquisito, que desestimula a concorrência, segurança jurídica no mínimo questionável ajudam a explicar esse descompasso.

Disposição de mudar parece inexistir entre os diversos atores, a começar por nós, usuários, que bovinamente assistimos essa aberração e ruminamos as altas contas que pagamos mensalmente como se fossem altamente nutrientes...

Engano puro! Esse quadro vai nos levar a uma perda de competitividade cada vez mais gritante.  E revertê-la, cada vez mais difícil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário