quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nook: A Barnes & Noble Esquenta a Guerra dos eBooks

O Kindle mal chegou aqui no Brasil, lançado entre nós nesta última segunda, 19, quando o mercado estremece com o lançamento do Nook, da Barnes & Noble. Embora só chegue ao mercado norteamericano em novembro, a tempo de esquentar as vendas de Natal, ele sinaliza as armas que serão utilizadas nos próximos lances desse novo mercado de eBooks. E a guerra promete ser feroz...

Para começar, a B&N é, para o mundo das livrarias de tijolo, o que a Amazon representa no mundo virtual, a lider de mercado.

E ela posiciona o Nook para competir direto com o Kindle, da Amazon. O tamanho é parecido, a tecnologia de tinta eletrônica também, o que assegura a legibilidade em qualquer ambiente.

O preço é idêntico ao do Kindle 2, ou US$ 259 lá. Mas ele vem com um acervo de mais de 1 milhão de títulos, ou seja, o conteudo do Nook é pelo menos o triplo do disponível no Kindle.

O Nook tem ainda uma telinha inferior colorida, sensível ao toque, que permite ao seu dono navegar com os dedos sobre as capas dos títulos, similar ao que existe hoje -também lá fora- para o iPhone e iPod, com as músicas. Uma bela sacada!

O download de livros também é feito pela rede celular 3G, nada inovador, mas já provado e testado, e que sinaliza uma tendência que veio para ficar.

Uma das características mais criticadas do Kindle é o "mico" dos títulos adquiridos, que não podem ser emprestados ou revendidos, salvo se o Kindle for junto. Pois bem, a B&N inovou, criando a figura do "loan", onde você pode, a exemplo do que acontece no mundo dos livros de papel, emprestar o conteúdo do seu Nook a outra pessoa que tenha não só o Nook como também notebooks e players de video. Ponto para a B&N, o Nook pode ser um bom exemplo da "evolução da espécie", emprestando o termo do genial Charles Darwin.

Para nós, brasileiros, pouco muda, por enquanto. Quem quiser ter uma oferta local de eBook vai ter de optar pelo Kindle ou outro menos cotado, que tende a desaparecer do mercado.

Mas dá para antever o aquecimento da disputa pelo mercado dos eBooks, justamente entre as que mais distribuem conteudo no mundo, a Barbes & Noble e a Amazon. E, claro, outros atores vão entrar em cena.

Bom para os devoradores de livro..
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8 comentários:

  1. Tem previsão pra lancar no Brasil ?

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  2. Ainda não, e acho pouco provável, no curto prazo, pois a B&N faz negócios periféricos no Brasil.

    Se o Kindle for bem sucedido, aí a coisa muda de figura...

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  3. será que poderei usar o nook no Brasil?

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  4. Em termos...

    Nada impede que você compre o Nook nos Estados Unidos e o traga ao Brasil.

    No entanto, a garantia do produto não é oferecida em território brasileiro. Além disso, as vendas de livros para download exigem que você tenha um cartão de crédito com endereço de cobrança nos Estados Unidos, o que é bem raro entre nós.

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  5. Tem certeza que o cartão tem de ser com endereço nos EUA? Me cadastrei na B&N com um cartão emitido no Brasil. Claro que não comprei nenhum ebook, mas se aceitarem compras com cartão daqui estou pensasndo seriamente em trazer um Nook.

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  6. Rafael, talvez eu tenha cometido uma imprecisão. Eu fiz a analogia com o iTunes da Apple, que, para músicas e videos, você precisa ter um cartão com um domicílio dos poucos países que estão liberados para vendas, e essa era apolítica da B&N por ocasião da postagem original.

    No caso da Amazon, você pode comprar o Kindle com cartão brasileiro, desde que com validade internacional. O mesmo se aplica aos títulos dos livros que você faz download pela rede celular.

    No caso da B&N, uma altenativa é trazer um Nook por um portador e pagar as taxas aduaneiras, se exceder a quota de US$ 500 no total.

    É bom ver como está a política de vendas deles para o exterior, essas coisas mudam constantemente. Se eles venderem ao Brasil, ótimo, um problema a menos!

    Resta saber como você faz o download, se pode ser direto da internet, só pagando o preço deles. Se for isso, melhor ainda, pois você não paga o sobrepreço que a Amazon cobra por usar uma rede celular local com o preço do tráfego embutido no valor total do livro.

    O Nook tem o acesso WiFi no padrão 802.11 b/g, ou seja, você pode acessar a loja da B&N sem a intermediação de uma operadora celular, mas precisa estar próximo de um ponto de acesso para download, pois o acesso pela rede 3G é limitada à AT&T lá.

    O problema maior que vejo é a falta de assistência técnica local. Mas, se pesados os prós e os contras, você ainda acha que vale a pena, então vá fundo!

    E conte para nós aqui no blog como está sendo o Nook.

    Eu vou esperar. Quero ver o que vai sair no MacWorld em fevereiro. Se vier um bom Mac-tablet, ou haja sinalização de um eBook com tinta eletrônica, eu irei ver.

    Estou avaliando também os lançamentos de eBook Readers havidos na Consumer Electroncs Show de Las Vegas, na semana passada. Tem um monte de coisas boas, que sinalizam para a maturidade desse mercado de eBooks.

    Abraço!

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  7. Apesar de aceitarem um cartão brasileiro na conta, o "billing address" brasileiro impede a compra (testei comprar um ebook de US$1.99). A questão é se pelo menos aceitam um "gift card" comprado nos EUA. Alguém sabe? O site diz que mesmo usando um gift card precisa ter um cartão cadastrado, mas não diz se esse seria um critério de recusa também.

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  8. Essa é a mesma lógica da Apple Store, de não liberar compras por cartões que não tenham billing address dos países 'autorizados'. Tem a ver com preconceitos e acordos internacionais anti-pirataria.

    Eu espero que em 2010 essas barreiras caiam, até pelo potencial de nosso mercado.

    Sobre o eBook reader, eu vou esperar o iPad. Me pareceu o melhor de todos, embora não use a tecnologia da tinta eletrônica, mas pelo protótipo que examinei, é bem melhor do que os concorrentes.

    O que decidirá minha opção será o conteudo, no final das contas, mas, no mínimo, o iPad vai forçar os preços do readers par abaixo e, por que não, dos títulos de livros idem.

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