quinta-feira, 13 de maio de 2010

iPad 3G: Boa Novidade no Mercado Digital - Parte 1

Pois é. Acabei comprando um iPad 3G no dia do lançamento, na loja da Apple, em Aventura, FL. Entrei na fila, vi o show de marketing preparado com esmero e levei-o para o hotel. Brinquei um pouco com ele, durante o resto da viagem, mas sem muito empenho. Na volta, passei na alfândega e declarei a compra, pagando pouco mais de R$ 200 de impostos.

Mas foi assim: Fila para entrar na loja, fila para habilitar o iPad, fila para marcar um workshop para iniciantes. Tudo muito bem pensado para criar agito.  Olhem só a fila da habilitação, eu no canto direito, com uns seis à minha frente, só nessa bancada:



A campanha de lançamento do produto foi um show de bola! Recomendo ver as apresentações do iPad e os comerciais. Destaco esse: http://www.apple.com/ipad/gallery/#ad . E o sucesso parece estar garantido. O início das vendas teve uma curva de crescimento 4 vezes maior do que a do iPhone, outra grande sacada da Apple.

De volta ao Brasil, fiz um teste de stress no produto, e cheguei a conclusões interessantes, que partilho aqui com meus amigos leitores.

Para começar:  quem pensar num iPad como substituto do smartphone ou do laptop vai se frustrar. Ele não está em nenhuma dessas categorias. O iPad é muito bom para ver videos, fotos, livros, acessar a internet e muito prático para carregar. E a bateria dura bastante, entre cargas.  Uso pesado e intenso não chega a drená-la em  um dia.

Como ele não tem portas USB, Firewire ou HDMI, a forma de conexão principal com outros dispositivos é a internet ou então o iTunes. Quem tem outros produtos Apple vai ter muita facilidade de desfrutar o iPad.

Aos detalhes:

Ergonomia, aspecto e facilidade de uso: Pontos altos!  É tudo muito intuitivo.  Pude selar essa impressão ao dividir o iPad com meus netos pequenos. Zero de aprendizado, é pegar e sair usando. A tela sensível ao toque é espetacular. Pena que o reflexo seja elevado e com um pouquinho de uso, ela retenha a gordura dos dedos, mesmo com um tratamento repelente especial. Nitidez, contraste e brilho são os conhecidos dos produtos Apple.


3G: Embora o iPad seja vendido desbloqueado, ele tem um micro SimCard que não é usado pelas operadoras brasileiras, no momento desta postagem. Assim, aqueles pioneiros compradores do iPad 3G não vão poder utilizá-lo no Brasil para conexão via rede celular. Existem algumas gambiarras que prometem resolver o assunto, mas eu acredito que a operadora que sair na frente com a homologação de um Micro SimCard para o iPad vai pegar um nicho do mercado muito interessante.

Equilíbrio técnico: A Apple lançou um processador  específico para o iPad, o A4, que trabalha com voltagens baixas e é econômico no uso de energia. Daí a durabilidade da caga da bateria, mas a velocidade do processador não é lá essas coisas,  ainda mais em aplicativos mais pesados ou quando a memória flash está muito carregada. Aliás, o máximo  e memória Flash, sem possibilidades de expansão, é 64Gb, o que pode ser um limitador para quem está acostumado a guardar muita coisa em seus dispositivos digitais. Mas,  ed um modo geral, o iPad é muito equilibrado tecnicamente. Ele parce ter sido projetado para ser mmuito fácil de usar, com poucas opções de configuração (basicamente, WiFi ou WiFi+3G e três tamanhos de memória Flash: 16, 3 e 64 Gb.

O dilema da briga com a Adobe: a imensa maioria dos sites da internet que usam de animação usam a tecnologia Flash da Adobe (nada a ver com a memória Flash), e não houve acordo, ou interesse das partes em licenciar a tecnologia para rodar nos produtos Apple. Isso não é privilégio do iPad, mas não se surpreenda, ao acessar a internet, se alguns de seus sites favoritos não exibirem imagens que você está acostumado. A Apple aposta no declínio do Flash, e a Adobe insiste.  Nessa queda de braços, eu aposto no padrão HTML5, que torna o Flash irrelevante.  Mas, durante um bom tempo, os Mac, iPhone, iPod e iPad conviverão com essa limitação.

Teclado virtual: muito bom, com excelente sensibilidade, fácil de usar. Mas não é algo para uso intensivo. Colocando em termos relativos:  se um bom teclado de computador merece um 10 e um bom teclado de smartphone vale um 3, o teclado virtual do iPad poderia ganhar um 6.

Áudio: surpreendente a qualidade do áudio nativo do iPad. Nem parece ter micro altofalantes. E o microfone embutido capta sinais de áudio com extrema competência. Dá para ouvir músicas do iTunes sem fones de ouvido com relativo prazer. Mas, para ficar melhor, use um bom fone de ouvido ou ligue-o a um bom dispositivo  externo.

Vídeo: A tela de 9,7" do iPad exibe imagens de execelente qualidade, e  sua resolução Full HD permite exibir filmes de alta definição.  Para quem tem banda larga e pode acessar videos HD, dá para conectar o iPad na TV grande e exibir filmes no padrão da TV digital.  Mas falta a webcam, para poder usar um Skype com vídeo, por exemplo. Acho que, com a versão 4 do sistema operacional, que virá no final deste ano, deve vir uma nova versão do iPad com câmera de vídeo embutida.

iBookStore e iBook: Comparativamente à Amazon (Kindle) e Barnes&&Noble, a Apple entra nesse mercado de livros digitais com cerca de 10% da quantidade de títulos dos concorrentes. E, na média, os títulos são mais caros. E, em qualquer opção, a maioria dos títulos está em inglês. Mas o iPad tem a vantagem das cores, coisa útil para livros infantis, jornais e revistas, por exemplo. Meio que compensa o excesso de reflexo da tela do iPad. E no iPad, o livro digital é mais uma de suas múltiplas funcionalidades, enquanto que o Kindle e o Nook são unifunção.



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Mais iPad 3G nas próximas postagens.

3 comentários:

  1. Comprando iPad com cara de sério?

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  2. Não seria mais uma coisinha inútil do Steve Jobs?

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  3. Não creio que seja coisa inútil. O mesmo pensam os 2.000.000 de compradores do iPad em 60 dias.

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