segunda-feira, 6 de setembro de 2010

IFA 2010: Ode ao consumidor digital

IFA 2010 é a maior feira de eletrônica de consumo da Europa e está rolando em Belim até quarta, 8 de setembro e representa o contraponto da CES de Las Vegas, que abre o ano mostrando novas tendências. Ao contrário do mercado americano, os europeus são mais exigentes, conservadores e de mão no bolso antes de comprar qualquer gadget. Este ano, eles estão sendo submetidos a uma pressão enorme dado o lançamento de muitos novos produtos e, especialmente, pela consolidação de fornecedores que até poucos anos atrás, estavam só no mercado empresarial e profissional, as empresas de TI.
 


Para variar, a Apple não está lá com stand próprio, mas os fornecedores de acessórios para iPad, iPhone, iPod e os concorrentes desses produtos não deixam a empresa da maçã mordida ausente do trecho. Ao contrário, mostram que o mercado de música, vídeo e livros digitais está em sua fase adulta, quando devemos esperar não só maior variedade de ofertas mas especialmente uma queda forte de preços, por conra da briga por market share.

A novidade marcante este ano está na disputa dos tablets, que muita gente tentou mas que só virou febre depois do lançamento do iPad. Muitos produtos novos e promessas de futuros lançamentos parece sinalizar para a consolidação desse tipo de produto, com tela sensível ao toque entre 7" e 11" e sempre com muitas funcionalidades e enorme gama de conteudo.

A Amazon, por exemplo, já tem um sucessor (ou um upgrade, conforme a análise) do Kindle, que deixa de ser um mero leitor de livros digitais para incorporar novas funcionalidades, e, embora com tela monocromática mas sensível ao toque vem com três apelos fortes: preço lá no porão, peso um terço do iPad e durabilidade da carga da bateria medida em semans em vez de horas.

Em outro segmento, a TV digital parece sinalizar para valer a chegada da 3D, com muitos novos lançamentos e funcionalidades. Isso pode significar um ciclo de vida e de produção mais curto para os televisores de alta definição LED, LCD e plasma, mas 2D, ainda mais com a popularização de simuladores de 3D nos players BluRay mais recentes.

Num panorama mais amplo, podemos ver que o grande movimento de placas tectônicas que antes separavam o mundo pessoal do corporativo parece sinalizar para a mistureba total. Se antes Sony, Panasonic, Philips e outras iam em busca do mercado empresarial, a Apple puxa o carro e arrasta junto Microsoft, IBM, HP e outras tantas, sempre ávidas de novos mercados. Isso sem falar na turma de telecomunicações, hoje fortemente influenciada por chineses e coreanos mas anda com forças dominantes como Nokia e RIM.

Se devemos imaginar futras consolidação de empresas pela chegada da tal da convergência, o ponto maior em jogo é que o foco dessas empresas recaiu sobre a pessoa física, que cada vez mais será tentada e adulada.

É um jogo do ganha-ganha. Ou é isso que eu gostaria de ver...

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